Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O presidente Lula fala de Jair Bolsonaro quase toda vez que está em apuros.
Não foi diferente nesta terça-feira, 31.
Acuado após a repercussão negativa de sua própria fala em relação à meta fiscal de 2024, o presidente resolveu mirar em seu antecessor para tentar tirar o foco da nova crise em seu governo.
Havia, inclusive, uma expectativa em relação à sua live semanal para o presidente explicar melhor a sua frase que derrubou os mercados: a de que a meta de déficit zero dificilmente será atingida no ano que vem. O presidente, contudo, nem tocou no assunto.
Aproveitou o momento e afirmou que o líder da extrema-direita“estava preparando um golpe” que deveria ocorrer no dia da sua diplomação como vencedor das eleições.
É uma afirmação grave. São muitos os indícios de uma preparação de golpe no governo anterior. Olhando para o 8 de janeiro, sabe-se que houve sim a conspiração. Mas o fato é que Lula, antes de dizer isso, precisa informar que provas colhidas pelas investigações tem em mãos. Até porque, isso interessa à Justiça que investiga os atos do ex-presidente.
Voltando ao governo atual, o que ainda repercute é a fala em que Lula desautorizou a principal promessa do ministro da Fazenda,Fernando Haddad – a de zerar o déficit da dívida pública no ano que vem.
A repercussão tem sido muito ruim para o governo, seja no mercado, seja no Congresso Nacional. E hoje uma longa reunião da gestão petista com líderes da base e ministros tratou da questão fiscal.
Mas a dúvida continua:se nem o presidente faz questão de manter a meta do ministro da Fazenda, por que os outros atores nacionais devem acreditar na mais importante promessa econômica do governo?
A crise muda de patamar quando bancadas do boi, da bala e da bíblia anunciam emenda constitucional para anular decisões do Supremo Tribunal Federal
Sede do Congresso em Brasília — (iStockphoto/Getty Images)
Sob o olhar complacente dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, as bancadas de parlamentares autoproclamados conservadores incitam o Congresso a uma crise com o Judiciário. Atritos e pressões fazem parte do jogo institucional, mas a crise muda de patamar quando na confluência de interesses peculiares as bancadas do boi, da bala e da bíblia anunciam projeto para alterar a Constituição com objetivo de anular decisões do Supremo Tribunal Federal.[em nossa opinião, as bancadas estão concordando por os interesses serem comuns às bancadas - não tinha sentido seria convergir, divergindo no que apoiam.]
Reivindicam um poder que o Legislativo não tem: o de revogar sentenças judiciais sempre que a decisão do tribunal não for “unânime” ou passível de ser interpretada pelos parlamentares como uma extrapolação dos “limites” constitucionais.
Propostas de emenda constitucional do gênero já tem a adesão pública de líderes do PP de Lira e do PL de Valdemar Costa Neto e Bolsonaro, e de frações do PSD de Pacheco, do Republicanos e até do PSDB.
O interesse comum, como tem repetido o deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, é “fazer um movimento”para demonstrar insatisfações com o Judiciário em temas comomarco temporal na demarcação de terras indígenas, aborto, drogas, lei eleitoral, inelegibilidade de Jair Bolsonaro e punições aos envolvidos na insurreição de 8 de janeiro.
Seria mero blefe, comum na rotina parlamentar, se a iniciativa estivesse restrita aos discursos. Porém, a sedução autoritária da imposição de limites a outro Poder ganhou forma de projetos de emenda constitucional e ímpeto para avançar na Câmara e no Senado — embora todos os envolvidos saibam que, por princípio, é inconstitucional. [certamente o colunista foi pautado para, a exemplo daquele jornalista da TV Globo, decretar, no caso, 'inconstitucionalidade' de conduta parlamentar.]
É notável que a crise fomentada no Congresso tenha como fundamento a alegação de invasão da atribuição legislativa pelo Supremo. O exemplo mais citado é a decisão do tribunal sobre demarcação de terras indígenas.
Na vida real, o STF foi provocado por um partido, o Psol, [que por ser um partido nanico, sem votos e sem representatividade, quer ganhar no tapetão do Poder Judiciário o que não se sustenta no voto.] a decidir sobre um assunto marcado pela histórica omissão do Congresso: a proposta legislativa sobre demarcação de áreas indígenas completou 17 anos de tramitação antes da sentença do Supremo, na semana passada.
Pasta aguarda retorno da Polícia Federal com informações repassadas por Walter Delgatti Neto
O Ministério da Defesa está aguardando que a Polícia Federal forneça os nomes de militares revelados pelo hacker Walter Delgatti Neto na acusação em que ele garante ter se reunido com técnicos da pasta para tratar sobre a confiabilidade do sistema eleitoral.
- aguardará julgamento de recursos em liberdade e negociará o que sabe?
- qual a credibilidade do Delgatti após ser condenado a pena tão pesada?]
Segundo a versão do controverso hacker, os encontros aconteceram cinco vezes no ano passado e basearam o vergonhoso relatório do ministério da Defesa, na gestão Jair Bolsonaro, sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
A ideia é primeiro descobrir quem são os militares ou servidores que se encontraram com o hacker. Depois, sede fato houve algo comprometedor nessas reuniões, como acusa Walter Delgatti Neto.
“Estamos aguardando as informações da Polícia Federal para tomarmos as providências cabíveis”, afirmouo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, à coluna.
Todo governo enfrenta oposição, pois sempre haverá alguém excluído do
poder. Mesmo quando a oposição é garroteada na superestrutura, o vetor
oposicionista encontra caminhos alternativos para infiltrar-se no
edifício institucional. Mais: quando os espaços oposicionistas estão
bloqueados, ou quase, na esfera formal, a tendência é o oposicionismo
surgir de dentro do bloco do poder, ainda que aparente ser um
oposicionismo oficialista, melhorista.
A equação de governabilidade de Luiz Inácio Lula da Silva anda bem
desenhada e já transita do papel para a vida material.
O presidente
reconcentra poder num duplo movimento:
1) o presidencialismo de coalizão
com o Judiciário; e
2) um acordo operacional com a Câmara dos Deputados
por meio da execução orçamentária.
Nesse segundo pilar, os arrufos
recentes devem ser entendidos apenas como o que são: parte da dança do
acasalamento.
Mas o Congresso Nacional é majoritariamente de direita, especialmente a
Câmara, e o governo Lula precisa satisfazer a sua base progressista com
alguma mercadoria da agenda social-liberal, entendido esse “liberal” na
acepção norte-americana da palavra.
O caminho natural é dividir a
operação política em dois:
1) uma maioria congressual para evitar
sobressaltos e aprovar a pauta econômica; e
2) passar a boiada da agenda
progressista por meio do STF.
No primeiro item, a dupla Lula-Fernando Haddad encontra uma avenida
aberta, pois o consenso entre os assim chamados formadores de opinião
aproxima-se do visto no Plano Real e nas duas administrações de Fernando
Henrique Cardoso, quando, aliás, a esquerda reclamava da interdição de
qualquer debate.
Um sintoma agora foi a resistência virulenta contra a
nomeação do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística.
Algum desavisado que notasse a temperatura da refrega poderia imaginar
que se estava decidindo quem seria o ministro da Fazenda ou o presidente
do Banco Central.
A perturbação desta semana apareceu no segundo vetor. A ideia é o
governo surfar no legisferante Supremo Tribunal Federal e esperar que
seja aprovado ali o que seria surpresa se encontrasse guarida no
Legislativo conservador.
Mas nesta semana algo pareceu não ter sido
combinado com os russos, pois o presidente do Senado chiou contra o
início da deliberação do STF sobre a descriminalização do porte de
drogas para consumo.
Alguma hora algum graúdo no Congresso chiaria mesmo, também porque ali
os eventuais candidatos a presidir a instituição dependem do voto dos
pares.
Não há uma linha de sucessão natural, como no Supremo.
No
passado, havia o acordo tácito de a maior bancada indicar o presidente
da Casa, mas na Câmara isso acabou definitivamente quando Severino
Cavalcanti se elegeu em 2005.
No Senado, quando Davi Alcolumbre faturou a
parada em 2019.
Com Jair Bolsonaro na mira de Alexandre de Moraes e a chapa esquentando
sob os pés do grupo político do ex-presidente e de alguns proeminentes
na sua base social, a oposição está um tanto neutralizada, ao menos
momentaneamente.
Vamos observar para ver como navega o agora
transatlântico lotado da base institucional do governo.
Há espaço,
portanto, para o governo protagonizar os próximos capítulos.
O
debate sobre concentração de renda, uma praga tão ruim para o Brasil
quanto a saúva, saiu de moda agora no governo Lula –sempre sai, porque
enquanto Lula é presidente não existe concentração de renda, nem na
propaganda oficial e nem na mídia de consórcio.
Segundo a doutrina
oficial e os apresentadores da Rede Globo, a população do Brasil foi
riquíssima de 2003 a 2016,quando Dilma Rousseff foi posta para fora da
presidência da República. Essa mesma população, assim que o PT deixou o
governo, ficou paupérrima de uma hora para outra – culpa, segundo Lula e
a maioria da mídia, do “golpista” Michel Temer e, ainda muito mais, do
“genocida” Jair Bolsonaro. Chegamos, segundo Lula e o PT, a ter “33
milhões” de pessoas “passando fome”.
Os números do Banco Mundial,sempre
sagrados para a esquerda nacional, mostram o oposto:
- a pobreza extrema
no Brasil, aquela que realmente dá fome, caiu para 1,9% da população em
2020, o que daria umas 4 milhões de pessoas. Foi a maior redução da
miséria em toda a América Latina, mas e daí? Número que o PT não gosta
não existe.
Agora, com Lula de novo na presidência, pobreza e
concentração de renda sumiram de novo – o salário-mínimo assinado por
Lula é de 1.320 reais por mês, com o aumento de 18 reais (sim, 18 reais)
que ele deu, mas não se fala mais em pobres.
A dificuldade é que eles
continuam existindo na vida real,e tudo o que a autoridade pública faz é
para que aumentem cada vez mais.
Uma demonstração indiscutível dessa degeneração está numa reportagem que acaba de sair em O Estado de S.Paulo,
de autoria da jornalista Bianca Lima,mostrando que 25.000 magnatas do
funcionalismo público ganham acima do teto de 41.600 reais fixado para
os servidores –o que é ilegal, e coloca nos bolsos dessa casta, todo os
anos, 4 bilhões de reais tirados do pagador de impostos.
Alguns chegam a
ganhar 300.000 por mês, com o arsenal de truques legais que foram
montando ao longo dos anos, e que não param nunca de aumentar. É um
desvario integral, mesmo dentro do funcionalismo.
Os marajás representam
0,1% dos 25 milhões de funcionários públicos, federais, estaduais e
municipais que existem hoje no Brasil; seu salário médio é de 5.600
reais por mês, oito vezes menos que o teto, ou 50 vezes menos do que
ganham os gatos mais gordos – a turma dos 300.000 mensais. Ou seja: não
há apenas uma desigualdade demente em relação à renda da população
brasileira, mas em relação aos próprios funcionários públicos.
Essa mesma população, assim que o PT deixou o governo, ficou paupérrima
de uma hora para outra – culpa, segundo Lula e a maioria da mídia, do
“golpista” Michel Temer e, ainda muito mais, do “genocida” Jair
Bolsonaro
Não existe forma mais
primitiva de concentração de renda do que este sistema de remuneração
para os barões do aparelho estatal. Lembram-se do “capitalismo
selvagem”, e da sua crueldade em relação aos pobres?
Pois eis ele aí à
toda, mais selvagem do que nunca, e disfarçado de “políticas públicas de
valorização do Estado”. O pobre que era oprimido pelos“ricos”agora é
oprimido cada vez mais pelos salários alucinados do serviço público.
Que
maneira mais eficaz de concentrar renda, para o Estado, do que tirar
dinheiro de todos - a começar pelos mais pobres, que pagam imposto a
cada real gasto na sua sobrevivência –e dar para uns pouquíssimos
privilegiados a serviço do próprio Estado?
É claro que os marajás não
são apenas os 25.000 que ganham de 40.000 reais por mês para cima.
Há
todos os que vêm imediatamente abaixo, e embolsam importâncias jamais
sonhadas pelos brasileiros que pagam os salários de cada um deles. Ainda
assim, continuam sendo a minoria da minoria da minoria. É o estatismo
selvagem.
A
esquerda, quando falava do assunto, dizia que a concentração de renda
era causada pelo “capitalismo” e pelos que “ganham muito” nas suas
atividades ou empresas.
E que diabo o capitalismo tem a ver com os
salários da casta suprema da máquina pública?
A remuneração dessa gente é
fabricada por eles próprios, sobretudo pelos militantes financeiros do
Poder Judiciário. Juízes, procuradores, desembargadores e ministros
pressionam o tempo todo o Legislativo para que aprovem leis aumentando
os ganhos do judiciário.
É um bazar: os deputados trocam seus votos pela
proteção do Ministério Público e da magistratura, sobretudo a mais
alta, nos rolos que tiverem na justiça.
Para completar: os próprios
juízes, depois, julgam as causas que envolvem a sua remuneração.
Nunca,
jamais, em tempo algum, deram uma sentença contra os interesses
materiais da “classe”.
Concentração sistêmica de renda é exatamente
isso.
O Estado brasileiro, hoje, é a maior fábrica de pobres deste país.
As votações da pauta econômica expuseram com nitidez o ambiente de
acomodação das forças políticas, com a notável exceção do ex-presidente
Jair Bolsonaro e seus seguidores mais incondicionais. Faz algum sentido,
pois são o único grupo e o único líder desprovidos de poder formal. Os
demais precisam cuidar de seus espaços conectados a obrigações
administrativas. A eleição passou, vida que segue, exigindo cuidado
especial dos políticos cuja reprodução de poder em 2026 dependerá de
mostrar serviço na vida dos governados.
Mas, se a acomodação geral era tendência já detectada, há outro sintoma
no ecossistema: o congelamento radical da “nova política”. Na
indiferença geral que hoje cerca as pautas antes capazes de desencadear
ondas de choque “éticas”, é igualmente notável a naturalização dos
mecanismos clássicos de arregimentação de votos no Congresso Nacional. A
maciça execução orçamentária e a antevisão de uma reforma ministerial
receberam dos mecanismos ditos formadores de opinião pública uma atenção
quase técnica.
É outro tempo, em que a inércia cultural vai reabsorvendo e digerindo o
que resta de elementos de ruptura herdados do passado recente.
Dificilmente haveria um ambiente mais confortável para os parlamentares,
que pouco tempo atrás, sempre é bom recordar, preferiam quando em
público retirar da roupa o broche funcional, com receio do tratamento
que poderiam receber do eleitor. Até por alguns terem de fato sofrido
ataques em aviões, restaurantes etc.
Como já previa a literatura, tudo que um dia foi sólido desmanchou no ar.
O que poderia desestabilizar a tendência inercial de o sistema derivar
para um equilíbrio estável? A aproximação das eleições gerais em 2026,
naturalmente, é o primeiro fator. Mas elas ainda estão muito longe,
faltam três anos para as convenções, e antes disso, já no próximo ano,
haverá eleições municipais. Período em que os parlamentares ficam ainda
mais sensíveis aos poderes atrativos do governo, em função das demandas
das bases por recursos capazes de trazer votos e apoios indispensáveis a
quem deseja ser competitivo.
Pois são essas bases que darão a palavra final em 2026 sobre quem vai
voltar e quem não vai voltar para a Câmara dos Deputados e para o Senado
Federal. E, se a taxa de descarte de parlamentares ficar em torno da
média histórica- e até no auge do prestígio da “nova política” ela
mudou pouco -, um em dois deputados federais não voltarão em 2027. Se
brigar de verdade com o governo federal nunca é a primeira escolha de
suas excelências, menos ainda na véspera de disputa municipal.
Não se engane o eleitor: em Brasília, bem dizia Ulysses Guimarães, até a raiva é combinada.
O segundo fator é a economia. O teatro parlamentar será capaz de
monopolizar a atenção complacente por um tempo, mas os três números a
acompanhar estrategicamente são os de sempre: inflação, crescimento e
emprego. A primeira está mergulhando, e fica para a política o bate-boca
sobre o mérito. No segundo, as previsões vão sendo ajustadas algo para
cima. Mas, para blindar-se de eventos desagradáveis nas pesquisas e no
Legislativo, o governo precisará mostrar serviço no terceiro índice.
Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.
A então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse, em outubro de 2016, que o "cala boca já morreu", referindo-se ao direito da imprensa de repassar informações aos cidadãos. A afirmação foi feita em resposta a uma jornalista a respeito das restrições que às vezes são impostas sob o argumento de necessidade de sigilo.
Ela disse que, no âmbito do STF, a Corte dará cumprimento, como tem feito reiteradas vezes, ao exercício de uma imprensa livre e "não como poder, mas como uma exigência constitucional para se garantir a liberdade de informar e do cidadão ser informado para exercer livremente a sua cidadania".
Anos depois, durante as eleições do ano passado, a ministra disse que "não se pode permitir a volta de censura sob qualquer argumento no Brasil".
A declaração foi dada durante julgamento sobre a desmonetização de canais com conteúdo conservador.
O caso também envolveu a suspensão, até 31 de outubro, da exibição do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro?”, produzido pelo site Brasil Paralelo.
Apesar de sua declaração, Cármen Lúcia votou favoravelmente às restrições – inclusive de veiculação do documentário. Disse ser uma situação “excepcionalíssima” e que as determinações serviriam para assegurar a segurança do pleito. "Este é um caso específico e que estamos na iminência de termos o 2º turno das eleições. A proposta é a inibição até o dia 31 de outubro, exatamente o dia subsequente ao do 2º turno, para que não haja o comprometimento da lisura, da higidez, da segurança do processo eleitoral e dos direitos do eleitor", declarou.
Em sua, o cala a boca não morreu coisa alguma, mas ao menos Carmen Lúcia defendeu a "censura temporária".
Era só para prejudicar a reeleição de Bolsonaro mesmo, pelo visto.
Mas Bolsonaro não é mais o presidente, e a censura segue a todo vapor, como o caso Monark pode comprovar.
Sem foro privilegiado, sem ter cometido qualquer crime, o jovem libertário foi alvo de nova censura por parte do ministro Alexandre de Moraes.
Pela decisão, Monark está proibido de publicar e compartilhar desinformação (fake news). O ministro também fixou multa de R$ 10 mil em caso de descumprimento da decisão. Em postagens recentes, ele foi acusado pelo ministro de espalhar “notícias fraudulentas” sobre as eleições.
Por onde anda Carmen Lúcia? Até mesmo o esquerdista Glenn Greenwald questionou sobre a postura da ministra: "Segundo Carmen Lúcia, a lei das Fake News que Moraes está usando para mandar censurar quem quer que seja expirou no dia seguinte às eleições de 2022. Mas quando se venera líderes autoritários, ninguém se importa se eles têm base legal para suas ordens".
Aplaudir a censura durante a eleição era do interesse dos esquerdistas, que agora se mostram preocupados com o poder arbitrário do STF.
Mas mesmo quem pregou "censura temporária" tem o direito de perguntar: e agora, qual o pretexto? Moraes pode fazer o que quiser de sua cabeça? Pergunta retórica, claro. Sabemos a resposta.
Mesmo quando ele resolve soltar um inocente há pouco a comemorar, além da soltura em si. Foi o caso do humorista Bismark.
O ministro Alexandre de Moraes concedeu, nesta quarta-feira (14), liberdade provisória ao humorista Bismark Fugazza, do Canal Hipócritas, que estava preso desde 17 de março no Complexo Médico Penal do Paraná. Viva! Mas calma antes de festejar tanto assim...
O relatório final da Polícia Federal sobre o caso apontou, em 12 de maio, que "Não foi possível evidenciar, de maneira minimamente razoável, que Bismark tenha praticado ou promovido a prática dos atos atentatórios às instituições democráticas ocorrido no dia 08/01/2023". A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a manutenção da prisão, que durou 90 dias. E mesmo assim ele ficou preso esse tempo todo, sem nada de substancial contra ele?!
No mais, eis as condições da soltura: Moraes determinou uma série de medidas cautelares ao humorista, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar a cidade onde mora e proibição do uso de redes sociais. Fugazza também teve cancelados seu passaporte e seus registros de armas de fogo e deverá se apresentar semanalmente à Justiça por tempo indeterminado. Ou seja, Bismark segue tratado como um perigoso marginal, enquanto Lula é presidente e Sérgio Cabral virou influencer.
Nesse contexto, é impossível concluir duas coisas: que ainda existem Estado de Direito e democracia no Brasil;e que Alexandre de Moraes é o único responsável por sua destruição.
Todos os ministros supremos são cúmplices, fora muita gente da velha imprensa, dos demais poderes e de entidades como OAB.
Não dá para culpar só Alexandre pela censura.
Carmen Lúcia gosta de uma boa retórica, mas eis o fato: o cala a boca continua vivo, bem mais vivo do que durante o regime militar...
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira, 30, que as depredações dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro, serão esclarecidas via Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI). “O episódio do dia 8 será esclarecido via CPMI. Ela vai trazer a verdade e mostrar o que aconteceu”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa Morning Show, da rádio Jovem Pan.
O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou nesta quinta-feira, 30, ao Brasil | Foto: Divulgação
Bolsonaro desembarcou no Brasil hoje, 30, pouco antes das 7h.
O voo saiu ontem à noite de Orlando, nos Estados Unidos.
O ex-presidente foi recepcionado no aeroporto por diversos apoiadores.
Ele seguiu direto para a sede do Partido Eleitoral, onde foi recepcionado por parlamentares e aliados.
Recentemente, em entrevista ao jornal The Wall Street Journal, ele afirmou que sua missão no retorno ao Brasil será de liderar a direita.
“O movimento continuará vivo”, disse em 14 de fevereiro.
O ex-chefe do Executivo quer trabalhar principalmente com aliados no Congresso e com governadores. O objetivo, conforme Bolsonaro, é o de defender os “valores familiares”.
Milhares de radicais furaram bloqueios policiais no início da tarde deste domingo
Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizam uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, em Brasília - Evaristo Sa/AFP
Milhares demanifestantes bolsonaristas invadiram e atacaramna tarde deste domingo, 8, os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília.
Parte do grupo contrário à vitória deLula, que tomou posse há uma semana, saiu do acampamento montado há quase dois meses diante do quartel-general do Exército, na capital federal, rumo à Esplanada dos Ministérios e furou bloqueios policiais.
Pouco antes das 16h, policiais tentaram dispersar o grupo com o auxílio da cavalaria.
As ações estão sendo transmitidas ao vivo nas redes sociais e no YouTube. Os vídeos mostram a depredação de uma viatura da Polícia Legislativa. Os manifestantes não se intimidaram com bombas de efeito moral, lançadas por volta das 14h40. Agentes da Força Nacional, convocada neste sábado em resposta à mobilização para os atos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, tentaram conter o ataque.
Após tomar a rampa e cúpula externa do Congresso,o grupo migrou em direção ao Palácio do Planalto e para o STF, na Praça dos Três Poderes. Os manifestantes conseguiram entrar na área da sede do Executivo e tentam avançar na parte interna do prédio.
Em imagens que mostram a ação do grupo antidemocrático no Palácio do Planalto, é possível ver que objetos foram depredados. Mangueiras de incêndio foram desenroladas, mesas de vidro e cadeiras foram quebradas, vidraças foram danificadas e gavetas foram reviradas.
“Repudio veementemente esses atos antidemocráticos, que devem sofrer o rigor da lei com urgência”, afirmou nas redes sociais o presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco, que disse ter entrado em contato com o governador do Distrito Federal. [esse senador antes de repudiar os manifestantes deveria se convencer de que ELE É REPUDIADO em todo o Brasil, devido sua omissão no cumprimento do seu DEVER como presidente do Senado Federal.]
Da sede do Ministério da Justiça, Flávio Dino afirmou que “essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer”. “O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça”, escreveu.
Essa absurda tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. O Governo do Distrito Federal afirma que haverá reforços. E as forças de que dispomos estão agindo. Estou na sede do Ministério da Justiça.
Também pelas redes sociais, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que era ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro, repudiou as ações e o que chamou de “cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”. Determinei ao setor de operações da SSP-DF (Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal) providências imediatas para o restabelecimento da ordem no Centro de Brasília”, escreveu.
Os traidores da pátria ainda não entenderam que não
sairemos das ruas e dos canais que criaremos para mostrar ao mundo o que
eles tentaram fazer com o Brasil
As similaridades entres os cenários políticos no Brasil e nos Estados
Unidos nos últimos anos vão muito além das semelhanças dos governos de
Jair Bolsonaro e Donald Trump e suas pautas e políticas conservadoras e
liberais.
Os mesmos ataques sem limites da velha mídia demonstraram que
jornalistas se tornaram assessores de imprensa de partidos políticos, e
muitos veículos de (des)informação não fizeram nada além mentir,
difamar, distorcer e privar cidadãos de debates com o mínimo de
honestidade intelectual.
Manifestantes protestam contra o resultado da eleição
presidencial em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo - Foto: Shutterstock
Há outras similaridades entre Brasil e Estados Unidos, como o fato de que são duas Repúblicas Federativas Presidencialistas, ou seja, ambos possuem um presidente que é eleito democraticamente, embora os métodos para a escolha do Chefe do Executivo sejam bem diferentes. Os pontos em comum entre as duas nações não param por aí, mas as diferenças também são muitas, desde o nascimento dos países, passando por revoluções e guerras, até os dias de hoje.
Essas diferenças, no entanto, não nos impedem de olhar para pontos da história americana para buscarmos alguma fonte de inspiração, e até um certo alento, diante do complicado contexto político-social que enfrentamos no Brasil. Milhões de brasileiros estão nas ruas há exatos 31 dias,pedindo muito mais do que uma auditoria das urnas eletrônicas que já se mostraram incapazes de serem submetidas a uma auditoria séria e transparente para que nosso processo eleitoral — e seus eleitos — viaje no tempo sem suspeitas.
Há 31 dias, brasileiros — pais, mães, avós, crianças e adolescentes —estão nas ruas por todo o Brasil.
Nossa nação foi lesada e nossa democracia ferida fatalmente.
Desde 2018, temos assistido atônitos a abuso de autoridade, interferência em outros Poderes e aos desmandos inconstitucionais do Supremo Tribunal Federal — tudo com a anuência de um Congresso apático e a covardia de um Senado — e seu presidente, Rodrigo Pacheco — que escolheram não usar a ferramenta constitucional de freios e contrapesos que detém para estancar ilegalidades cometidas pela Suprema Corte.
Em 2022, as inconstitucionalidades do STF também se transformaram em rompantes narcisistas de alguns ministros com, como disse um deles certa vez, “pitadas de psicopatia”.
Uma manobra ativista no STF para soltar um condenado em três instânciasnão foi suficiente para a desmoralização da Corte, um corrupto também foi alçado a candidato favorito para concorrer ao cargo de presidente da nação.
Diante do completo deboche à nossa Constituição e do assalto à democracia, com direito a expressões de quem, de fato, rouba algo, o brasileiro resolveu botar a boca no trombone e carros, barracas, motos, caminhões e bandeiras — muitas bandeiras! — nas ruas.
Há exatos 31 dias, a coragem de defender o Brasil contra a tirania jurídica e a ditadura de toga, algo como a faísca que inspirou um punhado de colonos a defender sua liberdade e representatividade contra a tirania de um rei, tomou conta dos portões de centenas de quartéis e áreas militares pelo Brasil.
Há duas semanas, escrevi aqui em Oeste sobre as manifestações e, mesmo achando tudo profundamente inspirador, pensei: é lindo, pena que não vai durar muito. Shame on me.
Justo eu, uma ex-atleta profissional, acostumada a provas físicas e emocionais extenuantes diante de situações que demandaram mais do que eu achava que possuía, não enxerguei a costura que firmou essas manifestações para que elas permanecessem não apenas intactas, mas maiores e mais fortes. Trinta e um dias e ainda contando. Shame on me.
E vendo esses brasileiros espetaculares por todo o Brasil, nas grandes capitais e em cidades do interior, sem pensar em desistir, como se estivéssemos em uma trincheira que separa a vida e a morte, me lembrei de um discurso do 40º presidente norte-americano, Ronald Reagan. Creio que, em nossos encontros semanais, muitos de vocês já perceberam minha admiração por aquele que considero um dos melhores presidentes da história dos EUA e uma das figuras mais influentes da humanidade na defesa pela liberdade.
Já escrevi sobre alguns discursos famosos dele aqui em nossas páginas, como “A Time for Choosing”, de 1964 (surpreendentemente atual!) e o famoso “Mr. Gorbachev, tear down this wall”, de 1987, proferido na Alemanha, dois anos antes da queda do Muro de Berlim.
Mas foi na releitura de seu primeiro discurso como presidente dos Estados Unidos da América, aplicada para esses dias sombrios no Brasil, que percebi a conexão com nossos bravos cidadãos que estão usando nossa bandeira como uniforme de guerra contra a coroação da impunidade.
O recado para malandros de Brasília vem de milhões de manés pelo Brasil
Em 1981, diante de uma plateia hipnotizada por seu carisma e profunda entrega às palavras, já quase no final de seu discurso de posse em seu primeiro mandato, Reagan embala a audiência nas cadeias genéticas do povo norte-americano: lutar sem pensar em desistir diante de mais uma situação de conflito, diante de mais uma situação de entrega por seu país e por uma causa nobre como a liberdade.
Pela primeira vez na história dos EUA, a cerimônia de posse fora realizada no lado oeste do Capitólio. Ali, Reagan convidou as pessoas a contemplarem os monumentos à volta de todos e fazerem uma reflexão:
“De pé aqui, deparo-me com uma vista magnífica, abrindo-se para a beleza e história especiais desta cidade. No final desta vasta área estão os santuários para os gigantes em cujos ombros nos apoiamos. Bem à minha frente, o monumento a um homem monumental, George Washington, pai de nosso país. Um homem de humildade que chegou à grandeza com relutância. Ele levou a América da vitória revolucionária para o nascimento de uma nação. De um lado, o majestoso memorial a Thomas Jefferson. A Declaração de Independência inflama com sua eloquência. E então, além da Reflecting Pool, as dignas colunas do Lincoln Memorial. Quem quiser entender em seu coração o significado da América o encontrará na vida de Abraham Lincoln”.
E Reagan continua observando o significados do que está ao redor de todos:“Além desses monumentos ao heroísmo está o Rio Potomac e, na outra margem, as colinas inclinadas do Cemitério Nacional de Arlington (cemitério militar), com suas fileiras e mais fileiras de lápides brancas simples com cruzes ou estrelas de David. Eles somam apenas uma pequena fração do preço que foi pago por nossa liberdade. Cada uma dessas lápides é um monumento ao tipo de herói de que falei anteriormente. Suas vidas terminaram em lugares como Belleau Wood, The Argonne, Omaha Beach, Salerno e do outro lado do mundo em Guadalcanal, Tarawa, Pork Chop Hill, Chosin Reservoir e em centenas de arrozais e selvas de um lugar chamado Vietnã.
Sob uma dessas lápides está um jovem, Martin Treptow, que deixou seu emprego em uma barbearia de uma pequena cidade em 1917 para ir para a França com a famosa tropa Rainbow Division. Lá, na frente ocidental, ele foi morto tentando levar uma mensagem entre batalhões sob forte fogo de artilharia”.
Aqui, o experiente Ronald Reagan, depois de ter dedicado anos à carreira política, se emociona e segue com seu discurso tentando conter o nó na garganta: “A história nos é contada que em seu corpo foi encontrado um diário. Na contracapa, sob o título “Minha promessa”, ele havia escrito estas palavras: ‘A América deve vencer esta guerra. Portanto, vou trabalhar, vou salvar, vou sacrificar, vou suportar, vou lutar com alegria e fazer o meu melhor, como se o resultado de toda a luta dependesse apenas de mim’”.
Não farei justiça à profunda maneira como Reagan entregou esse discurso para a história, para os norte-americanos e, por que não, para nós brasileiros e todos aqueles que podem sentir com suas próprias mãos o valor de uma luta, de um sacrifício pela justiça e liberdade. Por favor, vá até o YouTube e veja — ou melhor, sinta — o valor desse discurso.
E Reagan finaliza:
“A crise que enfrentamos hoje não exige de nós o tipo de sacrifício que Martin Treptow e tantos milhares de outros foram chamados a fazer. Requer, no entanto, o nosso melhor esforço e a nossa vontade de acreditar em nós mesmos e acreditar na nossa capacidade de realizar grandes feitos, acreditar que juntamente com a ajuda de Deus podemos e iremos resolver os problemas que agora nos confrontam. E, afinal, por que não deveríamos acreditar nisso? Nós somos norte-americanos”.
Há preciosas páginas inspiradoras em nossa assembleia de vozes, como Reagan. No Brasil, as pacíficas e ordeiras manifestações que clamam pelo respeito ao império das leis vai se tornando histórica e já será lembrada como parte de nossa assembleia de vozes para as futuras gerações. Pessoas comuns que desafiaram a tirania de impostores disfarçados de juízes e homens do povo. Tudo para elevar nosso país ao posto de nação.
Reagan, neste discurso e assim como em quase todos os seus discursos que viajam através do tempo sem envelhecer, toca em um ponto que é pedra angular para os norte-americanos e nos presenteia com um contundente recado, mesmo em 2022: “Não é coincidência que nossos problemas atuais sejam paralelos e proporcionais à intervenção e à intrusão em nossas vidas que resultam do crescimento desnecessário e excessivo do governo. É hora de percebermos que somos uma nação grande demais para nos limitarmos a pequenos sonhos. Temos todo o direito de sonhar sonhos heroicos. Aqueles que dizem que estamos em uma época em que não há heróis, eles simplesmente não sabem onde procurar. Você pode ver heróis todos os dias entrando e saindo dos portões de fábricas. Outros, em bom número, produzem comida suficiente para alimentar todos nós e depois o mundo além. Você encontra heróis em um balcão, e eles estão em ambos os lados desse balcão. Existem empreendedores com fé em si mesmos e em uma ideia que criam novos empregos, novas riquezas e oportunidades. São indivíduos e famílias cujos impostos sustentam o governo e cujas doações voluntárias sustentam a igreja, a caridade, a cultura, a arte e a educação. Seu patriotismo é silencioso, mas profundo. Seus valores sustentam nossa vida nacional”.
Os traidores da pátria, de Rodrigo Pacheco a Alexandre de Moraes, ainda não entenderam que não sairemos das ruas, da internet, das redes sociais, dos canais que criaremos para falar e falar e falar e mostrar ao mundo o que eles tentaram fazer com o Brasil.
O recado vem de 31 dias ininterruptos de anos de indignação com tanta roubalheira, corrupção, ladroagem.
Desprezo por Calheiros, Maias, Barrosos e seus asseclas.
O recado para malandros de Brasília vem de milhões de manés pelo Brasil e está no discurso daquele que lutou bravamente contra o comunismo e os projetos de poder nefastos de gente como Luiz Inácio Lula da Silva: “Quanto aos inimigos da liberdade, aqueles que são adversários em potencial, eles serão lembrados de que a paz é a maior aspiração do povo. Vamos negociar por ela, nos sacrificar por ela; mas não vamos nos render por ela, nem agora nem nunca”.
Mr. Reagan, permita-me pegar emprestadas algumas palavras de um de seus mais inspiradores discursos, proferido não apenas para os norte-americanos, mas para o mundo: “O Brasil deve vencer esta guerra. Portanto, vou trabalhar, vou salvar, vou sacrificar, vou suportar, vou lutar com alegria e fazer o meu melhor, como se o resultado de toda a luta dependesse apenas de mim”.
Estudante revela dia a dia perturbador em universidade
federal, desde que foi descoberta de direita e eleitora de Jair
Bolsonaro
A estudante de História da Unirio Julia de Castro, durante
as manifestações em prol do 7 de Setembro, no Rio de Janeiro -
07/09/2022 | Foto: Reprodução/Julia de Castro/Instagram
Apaixonada por História desde pequena, a jovem Julia de Castro, de
20 anos, ficou muito feliz ao descobrir que havia sido aprovada no
vestibular da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio),
em 2019, para iniciar o curso no ano seguinte.
Nos primeiros meses,
Julia percebeu que o sonho virara pesadelo.
Os professores usavam a sala
de aula para fazer propaganda político-partidária contra o presidente
Jair Bolsonaro e distorciam fatos sobre o passado, além de discorrer
acerca de um futuro utópico socialista.“Foram momentos bem
angustiantes”, disse a jovem, em entrevista a Oeste.
Durante dois anos, Julia calou-se, para conseguir “sobreviver”.
“Fiquei na espiral do silêncio”, resumiu ela, em alusão à teoria segundo
a qual indivíduos omitem as próprias opiniões, quando conflitantes com o
pensamento da maioria ao seu redor, por causa do medo do isolamento e
da zombaria. As coisas pioraram no início de outubro deste ano, depois
de ela ter sido descoberta de direita e eleitora do presidente Jair
Bolsonaro. A estudante passou a ser perseguida, hostilizada e até
ameaçada por colegas,sob o olhar complacente dos professores. A Revista
Oeste conversou com Julia.
A seguir, os principais trechos da entrevista.
Como se iniciou a perseguição contra você na universidade? Um site de fofocas da faculdade, cujos autores são anônimos, publicou posts das minhas redes sociais em que eu apoiava o governo, sob a “manchete”: “Como essa ‘Julia Bolsonara’ pode estudar na Unirio e apoiar esse homem?”. Todos os alunos, praticamente, seguem esse “jornal”, e iniciaram uma “cruzada” para descobrir quem era a tal Julia. Um colega de uma amiga minha, que não estuda na Unirio, mas sabe quem sou, porque sempre me odiou, em virtude de meu posicionamento político, lê o blog e marcou o meu perfil nele com a mensagem “os seus dias estão contados”. Assim, a minha turma inteira ficou sabendo. Como não sigo esse site, fui informada por meio do meu noivo, que recebeu de um colega dele, ex-aluno da Unirio. Enquanto isso, meu Twitter ficou lotado de ameaçadas de morte e de agressão física. O sentimento que tive em meio àquilo tudo foi de desespero. Chorei compulsivamente naquele dia. A cada segundo, havia uma nova ameaça. Descobriram o número do meu celular, os colegas de classe tiraram-se do grupo da sala e passei a ser alvo de
ataques no WhatsApp. Minha família foi meu único refúgio.
O que você fez na sequência? Consultei uma amiga da família, que é advogada, para processar todos os que me ameaçaram. Ela recomendou que eu expusesse a situação nas redes sociais. O que fizeram foi um crime, e minha segurança estava comprometida dali em diante. Embora reticente no início, acabei cedendo às pressões da minha mãe para obedecer à advogada. Confesso que fiquei impressionada com a repercussão. Recebi muito apoio. Com medo da polêmica, os agressores fecharam as suas redes sociais e se esconderam. Na sequência, acionei uma delegacia, e os policiais me ajudaram a recuperar as mensagens com ameaças.
A direção e os professores saíram em sua defesa? Foram totalmente omissos. Querem que a situação se abafe.
Como está a sua vida acadêmica agora?
(...)
Essa perseguição também ocorria no ensino médio? Não. Havia doutrinação em sala, mesmo sendo um colégio particular, entretanto, de uma forma mais velada, que se intensificou em 2018, com a vitória de Bolsonaro, mesmo assim, longe de ser o que passei agora. Aos poucos, fui revelando o que pensava. A sorte é que eu já havia feito amigos, que me disseram: “Discordamos de você, mas agora é tarde para te odiar”. Durante a minha passagem pelo colégio, fiz uma escolha: ou os meus amigos de classe média alta, que bajulavam os professores porque queriam ser intelectuais, ou a minha família. É claro que optei pela segunda opção. E está tudo bem.
É um sinal de que a direita brasileira criada em função de Jair Bolsonaro está aí para ficar
O movimento dos caminhoneiros em apoio ao presidente Bolsonaro e contra o [futuro] governo Lula, que vem deixando tão aflitas as almas progressistas, os jornalistas e os outros agrupamentos que ganharam aeleição presidencial, é primeiro conflito que o novo governo tem para enfrentar. Veio rápido demais– poucas horas depois de anunciado o placar final do TSE e dois meses inteiros antes de Lula assumir.
É também um sinal, ou talvez se devesse dizer uma prova, de que a direita brasileira criada nos últimos anos em função de Jair Bolsonaro está aí para ficar. Não se trata, agora, de uma direita que faz discurso e age pouco, no estilo PSDB de fazer “oposição”.
Os caminhoneiros são outro animal: o Brasil se inquieta de verdade, porque as suas ações mexem diretamente com necessidades básicas e interesses materiais da população.
Estarão aí pelos próximos quatro anos; é bom começar a pensar como se vai lidar com isso. Os caminhoneiros não estão pedindo aumento no frete ou subsídio para odiesel – querem, agora, participar da política, e não vai dar para dizer a eles que, nesse caso, devem se contentar em concorrer a uma cadeira de deputado ou senador.
A esquerda,os seus associados no sistema STF-TSE e demais forças a seu serviço estão jogando a solução desta dificuldade na repressão. Nada de “diálogo” ou de “negociação, como recomendam em 101% dos casos de conflito que envolvem as “categorias populares”. Aqui é pau direto.
Bloqueio na Raposo Tavares, em Sorocaba; movimento dos caminhoneiros é sinal, ou talvez se devesse dizer uma prova, de que a direita brasileira criada nos últimos anos em função de Jair Bolsonaro está aí para ficar. Foto: José Maria Tomazela/Estadão
O que se quer não é algum tipo de entendimento como o adversário – é a sua eliminação. Manda a Polícia RodoviáriaManda aPM. Manda a Tropa de Choque.Manda bomba de gás lacrimogêneo. Dá multa– já foram dados 18 milhões reais em multas até o momento – processa, prende; é assim que querem resolver o problema dos caminhoneiros – e, possivelmente, quaisquer outros problemas que aparecerem.
É natural. Sob o seu novo líder político e espiritual, o ministroAlexandre de Moraes, os esquerdistas brasileiros se acostumaram a agir cada vez como policiais, e estão encantados com isso – imaginam hoje que é a polícia, em vez dos proletários, a vanguarda da revolução socialista no Brasil. Acham que o novo enfoque pode dar certo e acabar deixando Lula e o PT para sempre na presidência.
Contam, é claro, com a colaboração estreita da atual ditadura judiciária, que conseguiu anular as funções do Poder Executivo e do Congresso, e está governando o país com grupos da Polícia Federal; acabou, aliás, de ganhar a eleição presidencial que vai ficar conhecida como a “eleição do STF-TSE”.
Mas a direita é uma realidade nova. Ela vai muito além dos caminhoneiros.Dá para fazer com que desapareça através de ordens do ministro Moraes? [alguns constataram que enquanto a polícia tenta desmontar um bloqueio, consegue após algum tempo;
só que minutos depois um outro bloqueio é montado alguns quilômetros antes ou depois do recém desmontado - fácil perceber que os policiais não tem a mobilidade que permita se antecipar à montagem de outros bloqueios..]
Você pode tirar os caminhões das estradas; a PM não gosta de fazer isso, porque acha que deveria estar agindo contra criminosos, e não contra trabalhadores essenciais para o funcionamento do país, mas faz. [sem esquecer que o eleito não considera policial "gente" e que os petistas pretendem acabar com a polícia militar - via desmilitarização.] Mais difícil é tirar a nova direita do Brasil. Vão por onde? Campos de “reeducação”?
Há muito mais que caminhoneiro, aí; para começar, há uma parte considerável dos 58 milhões que votaram em Bolsonaro. Lula, [o eleito], fez discursos dizendo que quer governar para “todos os brasileiros”, e não apenas para os que votaram ele; falta combinar com as vastas nações petistas petistas que hoje operam na extrema esquerda, com Alexandre de Moraes e com o STF. Ninguém, aí, quer que Lula governe “para todos”; querem que os eleitores de Bolsonaro sejam destruídos, junto com os caminhoneiros e quem mais estiver criando problema.
O mandamento principal da sua Bíblia; “Não podemos, de jeito nenhum, admitir a possibilidade de que eles voltem um dia para o governo.”Se não admitem a alternância de poder,qual o destino que reservam para os brasileiros que não concordam com eles?
Fazer bloqueios de tráfego com caminhões impede todos os demais cidadãos, que não são caminhoneiros, de usarem estradas que são comuns; é uma violação do direito e ir e vir. Os caminhoneiros têm o direito de se manifestar e reivindicar como qualquer cidadão brasileiro, mas não podem tirar os carros e ônibus das estradas.Podem, por exemplo, fazer greves, deixando os caminhões nas garagens; seria interessante, aliás, saber o que os ministros do STF iriam fazer para resolver isso. No movimento atual, de qualquer forma, tem contra si a lei e a razão. Tudo bem:mas porque a esquerda, a mídia e as classes que aparecem na mídia dizem sistematicamente, sem variar as palavras, que estão praticando“atos antidemocráticos”, ou “ilegais”, que exigem punição, e não acham“atos antidemocráticos, nem “ilegais”, as invasões de terra peloMST? [aliás, o eleito já estava ameaçando usar os bandidos do MST e MTST para acabar com as manifestações; o sujeito petista ainda está como eleito, segundo degrau do cronograma do falecido Carlos Lacerda, e já quer colocar uma organização criminosa nas ruas para combater manifestantes desarmados.] Também não pode, pela lei. Mas aí é preciso “dialogar” – como o ministro Barroso acaba de decidir, ao exigir que todos os processos de reintegração de posse, inclusive os já encaminhados, têm agora de passar pelo exame prévio de “comissões”, com a participação de “todas as artes”, antes de seguir para juiz.
É perseguição direta e imediata ao produtor rural, a ser destruído porque votou em Bolsonaro e irritou o ministro Barroso. É este o “governo para todos os brasileiros”?
Democracia é executar o que a maioria quer. É o contrário do que faz o TSE
Os brasileiros escolhem neste domingo, 30,o próximo presidente do Brasil numa situação de desordem legal sem precedentes no País depois da volta das eleições diretas para a Presidência da República. Desde o primeiro dia da campanha, ou mesmo antes de ela começar, o TSE, braço eleitoral e executor das vontades do STF,violou seguidamente a Constituição Federal, a legislação brasileira em vigor e os direitos individuais dos cidadãos para influir no processo eleitoral e no resultado;- transformou a eleição num evento de propriedade privada dos ministros e de suas posições políticas.
O TSE não foi, como é sua obrigação, apenas um organizador neutro da campanha, da votação e da apuração.Deu a si próprio o direito inédito de mandar na eleição, e fez dela, basicamente, um inquérito policial em que o único indiciado foi um dos candidatos,o presidente da República.
Para o alto Judiciário, e as forças que o apoiam, ele é uma ameaça à democracia;vale tudo, então, para livrar o Brasil da sua presença. Foi isso, e só isso.
A eleição presidencial de 2022 se faz debaixo de censura à imprensa, com jornalistas impedidos de abrir a boca até o encerramento da votação, e veículos de comunicação proibidos de publicar o que o TSE [leia-se: o candidato do perda total = ele é quem está mandando.]não quis que fosse publicado.
Houve, o tempo todo, restrição à liberdade de expressão nas redes sociais – frequentemente, com a ameaça de multas alucinadas. Uma ministra do sistema STF-TSE disse em voto público que a censura é ilegal e “inadmissível”, mas que aceitava em caráter “excepcional” as decisões do tribunal.
O tratamento dado aos candidatos foi abertamente parcial, e os editoriais da imprensa brasileira e internacional condenaram os abusos do TSE na repressão às liberdades.
Enfim, há uma anomalia evidente e fundamental em todo o processo: a autoridade eleitoral máxima, e que se atribuiu poderes absolutos que não existem em nenhuma lei brasileira, é um inimigo declarado do presidente e da sua candidatura. Não pode ser normal.
Não se trata, de forma alguma, de determinar se Jair Bolsonaro é bom, ruim ou péssimo – nem se Lula é ou não é cada uma dessas coisas. Isso é o eleitor quem tem de decidir, e só ele. Eleição não é um teste de conhecimentos, nem uma disputa para saber quem tem razão e, muito menos, obriga o cidadão a tomar uma decisão “certa”. Tem de ser unicamente, segundo manda a lei, um momento em que os brasileiros expressam a sua vontade; ninguém tem o direito de obrigar que tal vontade seja essa ou aquela, ou decretar que “a democracia” vai ser salva pelo candidato “A” e eliminada pelo candidato “B”.
Democracia é executar o que a maioria quer. É o contrário do que faz o TSE.
A semana final da corrida pelo Palácio do Planalto aponta um
ligeiríssimo favoritismo de Luiz Inácio Lula da Silva, sujeito, porém, a
duas incertezas, que teoricamente equilibram a balança para Jair
Bolsonaro neste epílogo: 1) a maior e, principalmente, mais ativa
mobilização da direita;
e 2) a aparente maior fluidez da campanha do
incumbente na hora decisiva.
Bolsonaro enfrenta batalha morro acima, pois ficou atrás no primeiro
turno e ainda por cima viu os dois excluídos da decisão que tiveram voto
apoiarem o ponteiro da primeira etapa. [com as indispensáveis vênias, entendemos que a junção dos dois excluídos resulta em SOMA = ZERO - para ficar negativo se juntou o apoio da evangélica favorável ao aborto e ambientalista = que tem tem NADA votos.]
Mas é recomendável alguma
cautela, pois as pesquisas que menos se distanciaram do resultado três
semanas atrás, as espontâneas com o desconto de possíveis taxas de
abstenção, mostram todas um cenário de empate técnico.
A única razoável certeza sobre a eleição do próximo domingo é alguém
chegar na frente na apuração e reivindicar a vitória, e é também
razoável supor alguma resistência dos derrotados, ainda que somente no
terreno judicial.[aqui opinamos com base na nossa notória ignorância jurídica: a "Justiça Eleitoral", concluída a contagem dos votos, deve se abster de interferir - já interferiu por demais - e deixar que quem tiver mais votos, assuma = óbvio que já se sabe que os quase 100.000.000 de votos serão dados ao candidato e atual presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO .]
Mas quem ganhar deverá acabar sendo diplomado e tomará
posse na passagem do ano, quando se defrontará com o enigma tradicional
dos vitoriosos na urna: a governabilidade. [por ser o diplomado e empossado o atual e próximo presidente -JAIR MESSIAS BOLSONARO - não terá problemas de governabilidade, já que detém maioria nas duas casas do Congresso Nacional e respaldo de mais de 95.000.000 votos;
Se DEUS decidisse castigar o Brasil e os mais de duzentos milhões de brasileiros, e concedesse a vitória ao candidato do perda total = PT, a tragédia estaria montada e o Brasil ainda em 2023 seria uma 'Venezuela';
o petista teria que enfrentar além de imensa e notável incompetência, sua arrogância, sua desonestidade e dos seus asseclas e o fato de ser minoria em um Congresso conservador.
Aliás, fechamos lembrando uma famosa frase do político Carlos Lacerda" ... o senhor ... não deverá ser candidato, sendo candidato não será eleito, se eleito não será diplomado, se diplomado não será empossado e, se empossado não governará."
Por óbvio, atualizando a frase o senhor em questão é Lula que está candidato, não tendo superado as demais e sucessivas condições - especialmente a segunda = não foi, nem será eleito = assim, não estamos ao citar a frase praticando nenhum ato antidemocrático.]
Para Jair Bolsonaro ela estará mais à mão, dada a maioria expressiva
conseguida pela direita nas duas casas do Congresso. Se o Supremo
Tribunal Federal (STF) não encasquetar com a atual operação política das
emendas de relator ao orçamento, e com a provável recondução de Arthur
Lira à presidência da Câmara, teríamos a simples continuidade do modelo
em vigor.
No qual o Parlamento goza de grande autonomia para alavancar os
mecanismos de reprodução do poder dos seus integrantes e, em troca,
oferece, se não um alinhamento, uma cooperação ativa com o Executivo.
E se, como apontam as pesquisas, der Lula? A crer nos discursos (sempre
um risco na análise política),o petista quer retomar o controle
absoluto sobre a execução das emendas parlamentares para retirar poder
da cúpula do Congresso e “reenquadrar”o Legislativo. O que teoricamente
exigiria a contrapartida clássica: abrir espaço a que os partidos
governistas (e neo governistas) ocupem a Esplanada. [e ativar um novo MENSALÃO.]
O PT pode também tentar outra fórmula, mais arriscada, mas nem um pouco
improvável: aliar-se à maioria do STF, herança do período Lula-Dilma
Rousseff, para, numa formulação eufemística, reduzir a esfera de
autonomia do Legislativo. Isso seria facilitado se o Planalto lulista
conseguisse colocar aliados firmes no comando da Câmara dos Deputados e
do Senado Federal. [além de impossível impor um comando às duas Casas, temos que ter presente que o STF não é um partido político? ou é?]
Em caso de mudança de guarda, o mais provável será uma combinação dessas
duas operações, com o objetivo de retomar para o Executivo o poder
moderador.
A variável em aberto é quanto o STF, atual árbitro político
da República, admitirá a perda de espaço.
Um palpite é que a aliança
entre Planalto e Judiciário será mais fácil quão mais saliente for a
força do bolsonarismo batido nas urnas.
E se der Bolsonaro? Aí é provável que vejamos uma aliança estratégica (a
palavra da moda) do Executivo com o Legislativo para, em linguagem
popular, cortar as asinhas do Judiciário, ainda que “dentro das quatro
linhas”.