Corte analisou reunião do então presidente com embaixadores
O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, encerrou a apuração de um inquérito que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, por supostos ataques ao sistema eleitoral durante uma reunião com embaixadores. O caso vai ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Em pouco mais de três meses, foram realizadas cinco audiências e requisitados todos os documentos, inclusive procedimentos sigilosos, relacionados aos fatos relevantes para deslinde do feito”, observou o ministro Gonçalves, na decisão. “Saliente-se que foi deferida a oitiva de nove testemunhas da defesa e, em razão da desistência dos investigados, ouvidas seis delas.”
No total, há 16 Ações de Investigação Judicial Eleitoral no TSE que miram Bolsonaro. Uma delas é a minuta com supostas propostas de reversão do resultado eleitoral de 2022. O documento teria sido encontrado na casa do então ministro da Justiça, Anderson Torres, preso por causa do 8 de Janeiro.
Durante um evento em Orlando, Bolsonaro lembrou que, depois de concluídas, as investigações podem levar à sua inelegibilidade. O ex-presidente chegou ao Brasil na quinta-feira 30, depois de passar três meses nos Estados Unidos. Sem o foro por prerrogativa de função, Bolsonaro enfrenta outras ações, na primeira instância e, ainda, investigações no Tribunal de Contas da União sobre o caso das joias sauditas.
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Redação - Revista Oeste