Quem
não a conheça que a compre
Dilma despojou-se, ontem, de sua arrogância para reconhecer que “talvez”
tenha errado. Foi um exercício de dar
pena testemunhado por alguns jornalistas. Primeiro ela
admitiu que “talvez” ela e a
equipe econômica do governo tenham cometido o erro no final do ano passado de
demorar a perceber o tamanho da crise.
Segundo reconheceu
que “talvez” tivesse sido o
caso de ter adotado medidas corretivas antes das eleições. Digno de registro: ela se referiu à crise como crise mesmo e não
como “marolinha”, uma invenção de
Lula. [o estrupício do Lula inventou a
marolinha na mesma oportunidade em que decretou que o Oceano Atlântico separa
os EUA do Brasil.]
De tanto
ouvir sem ligar o conselho de que deveria confessar erros para ver se recupera
um pouco da popularidade perdida, ela resolveu ligar: - Errei em ter demorado tanto para perceber que a situação era mais
grave do que imaginávamos. Talvez, tivéssemos que ter começado a fazer uma
inflexão antes. Não dava para saber ainda em agosto. Não tinha indício de uma
coisa dessa envergadura. Talvez setembro, outubro, novembro.
Reparem
na humildade de Dilma. Ela afirma: “Errei em ter demorado...” etc e tal. Para em seguida comentar: “Não dava para saber ainda em agosto. Não tinha indício de uma coisa
dessa envergadura”. O comentário enfraquece a
confissão do erro. A frase “talvez setembro, outubro, novembro” enfraquece muito mais. E por que Dilma procede assim?
Não apenas por
arrogância.
Mas para que não se diga que ela admitiu que poderia ter percebido a gravidade da situação
antes de se reeleger. Até reeleger-se, apesar de
advertida pelos candidatos que concorreram com ela à presidência, Dilma
insistiu em repetir que não havia crise à vista. Estávamos no melhor dos
mundos.
Dilma gastou além do que podia
para se reeleger. Mentiu sem se
envergonhar para se reeleger. E como a falsa humilde, continua mentindo.
Quem não a conheça que
a compre.
Fonte: Blog do Noblat – Ricardo Noblat