Crimes
ocorridos ontem na cidade mais populosa do Distrito Federal aumentam
sensação de insegurança dos moradores e reacendem a discussão sobre a
recomendação emitida pelo governo norte-americano para seus cidadãos
evitarem localidades daqui
[a recomendação é pertinente, sendo a única falha ter reduzido as áreas de violência a apenas quatro locais do DF, quando TODA e QUALQUER REGIÃO do DF é PERIGOSA.
A situação de violência no Plano Piloto, - área que antes dos Agnelos e Rollembergs da vida era nobre no DF - é pior, mais danosa, do que em Ceilândia.
Em Ceilândia e outras cidades que constam da recomendação todos já estão acostumados com a situação e prontos a agirem de acordo;
já no Plano Piloto, muitos incautos, desavisados, - número que diminui a cada dia e a cada nova violência no Plano Piloto e em outras cidades não relacionadas naquela recomendação - confiam em algo que não existe no DF (SEGURANÇA PÚBLICA) e se tornam vítimas mais fáceis da violência;
um exemplo, foi aquele duplo homicídio, ocorrido no meados dezembro 2017 em um Condomínio próximo ao Lago Sul, quando um agente de segurança do MPF, assassinou dois vizinhos, que confiando na suposta PAZ da região não estavam prontos para uma reação. DETALHE: o assassino só foi preso, devido ter ido comemorar em um bar próximo ao local do crime - tivesse optado pela fuga ainda hoje estaria em liberdade.
Ainda hoje, publicaremos um POST atualizando as áreas da recomendação, incluindo a citação de casos de violência ocorridos nos locais.
A causa principal da INsegurança Pública é a falta de policiamento; o efetivo da PMDF é pouco mais da metade do disponível no final dos anos 90 - de 90 para hoje a população do DF praticamente dobrou;
o efetivo da Polícia Civil é inferior à metade do ideal - isso tomando como referência também o que existia nos anos 90.]
Na mesma semana em que o Departamento de Estado dos Estados Unidos
(EUA) emitiu nota recomendando seus cidadãos a não frequentarem diversas
áreas pelo mundo, incluindo a Ceilândia (leia memória), moradores da
maior cidade do Distrito Federal se viram diante de dois crimes atrozes.
O primeiro ocorreu na noite de sexta, em um posto de gasolina no
Pró-DF, altura da via P2, no P-Sul. No ato, um homem ainda não
identificado disparou diversas vezes, atingindo seis pessoas e dois
veículos, um deles um Vectra branco.
No
segundo caso, também no P-Sul, um veículo não identificado de cor
vermelha atravessou o caminho de um Hyundai Santa Fé preto, na tarde de
ontem, em um cruzamento próximo à QNP 38/40, atirou diversas vezes
contra o carro e fugiu. O motorista, um jovem de 19 anos, foi atingido
na cabeça e morreu no Hospital Regional da Ceilândia (HRC). O carona, um
rapaz de 18 anos, também foi alvejado na perna, e foi encontrado por
policiais em uma via pública. Até o fechamento desta edição, ainda não
havia informação da ligação dele com qualquer crime, nem a identidade
dos atingidos ou dos suspeitos.
Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o crime do
posto de gasolina seria motivado por acerto de contas e o alvo do
atirador era Rosivaldo de Jesus, conhecido com Buiu, 29. Uma perícia foi
feita no local para determinar quantos disparos e qual tipo de arma foi
utilizada. Na área foram encontrados cartuchos de 9mm. Entre os
atingidos, Rosivaldo foi o único socorrido pelo Corpo de Bombeiros
Militar do Distrito Federal (CBMDF).
Ameaça à comunidade
Trabalhadores
e moradores da região informaram que não é de hoje que a região do
posto de gasolina é uma ameaça à comunidade. A principal reclamação dos
frentistas é a altura do mato ao redor da área. Rafael Gomes, 25 anos,
conta que não se sente seguro. “Com o mato alto, os bandidos se escondem
e nós nem percebemos. Sem contar que não tem iluminação em todos os
lugares. Isso acaba facilitando a ação dos criminosos. A situação aqui é
complicada, principalmente, à noite. É um lugar que fica deserto e
muito perigoso, tanto que pouca gente transita por aqui nesse horário”,
relata.
Ele
foi encaminhado ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) em estado
grave, inconsciente e instável. De acordo com o delegado da 23ª
Delegacia de Polícia (Ceilândia), responsável pela investigação, a
vítima corre risco de morte. Os demais atingidos foram conduzidos, com
ajuda de populares, para o Hospital Regional de Ceilândia (HRC), onde
receberam os primeiros socorros. Desses, nenhum está em estado grave
Os cidadãos que passam frequentemente pelo local também dizem que é
preciso se prevenir para evitar transtornos. A comerciante Marley dos
Santos, 28 anos, diz que não é aconselhável sair de casa muito tarde.
“Tenho medo de vir aqui à noite. Geralmente, abasteço mais cedo ou se o
movimento estive maior”. Além disso, ela adota outras medidas de
segurança. “Quando eu preciso sair à noite, sempre vou acompanhada do
meu marido. Assim que entramos no carro, o nosso costume é não demorar
para dar a partida. Tem pessoas que ficam dentro do veículo parado e,
infelizmente, são atacadas”, conclui.
Os
dois casos parecem corroborar com a recomendação do governo dos EUA.
Com os tiroteios de sexta e sábado, segundo a população, o alerta ganha
ainda mais força. “Para uma pessoa que não conhece o lugar, acredito que
o recomendado é vir acompanhada por alguém mais experiente. Vir sem
orientação não é uma boa opção”, comenta o frentista Rafael Gomes.
Crime organizado assusta
Na última quarta, o
Departamento de Estado dos Estados Unidos da América divulgou relatório
anual sobre áreas de risco que seus cidadãos deveriam evitar. Entre
zonas de guerras no Oriente Médio, áreas de risco de atentados
terroristas na Europa e favelas do Rio de Janeiro, os EUA incluíram
cidades do Distrito Federal, mais precisamente Ceilândia, Paranoá, Santa
Maria e São Sebastião. Segundo o comunicado, essas regiões devem ser
evitadas à noite, entre 18h e 6h devido a “crimes violentos, como
assassinatos e assaltos à mão armada”. [o assassinato de ontem, no P Sul, aconteceu no inicio da tarde, já o duplo assassinato dos dois vizinhos, ocorreu pouco antes da meia noite de uma sexta-feira.]
A nota ainda
ressalta que as atividades do crime organizado são generalizadas no
país. As quatro cidades brasilienses foram enquadradas em risco nível
dois, em uma escala de um a quatro. A recomendação é a mesma para locais
que possam sofrer atentados terroristas. Além do alerta, o governo
norte-americano divulgou dicas básicas de segurança. Entre elas estão o
cuidado de dirigir e caminhar à noite, de não reagir a assaltos e não
pedir ajuda a desconhecidos, de não exibir sinais de riqueza e o cuidado
ao utilizar transporte público também no período noturno.
Correio Braziliense