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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Mau texto do filho de Teori. E delegado que fala demais

Fim da picada! Um dos principais delegados da força-tarefa sugere que morte de Teori Zavascki é parte de um complô contra a Lava Jato

Olhem aqui: movidas pela justa indignação, por um medo compreensível ou, ainda, pela estupidez circundante, boas pessoas podem escrever coisas impensadas. E há aqueles que, mesmo sendo autoridades, mesmo tendo a obrigação de manter a serenidade e a compostura, se comportam como adolescentes da mão ligeira.

Francisco Prehen Zavascki, filho do ministro Teori Zavascki, ilustra o primeiro caso. Em maio de 2016, escreveu o seguinte no Facebook:
Duvido que seu pai tenha apoiado a desabafo. É bem provável que Teori e família tenham recebido ameaças, como acontece rotineiramente com autoridades, jornalistas, artistas ou, simplesmente, pessoas públicas. Daí o texto irrefletido. Em primeiro lugar, resta evidente que ele diz não confiar no próprio sistema de que seu pai era o principal fiador. Até aí, ok. Isso é com ele. Mas é claro que os membros da família Zavascki não estavam blindados contra todos os males do mundo — exceção feita aos investigados… — só porque o patriarca era relator do mensalão.

As redes exibem essa mensagem como se ali estivesse “a prova” do atentado; como se o fato de Francisco ser filho do ministro eliminasse a fragilidade essencial da afirmação. Não! Ter a relatoria do petrolão não protege ninguém em caso de queda de avião. Também não impede que este caia.  Mas, reitero, compreendo o desabafo de um membro de uma família que estava sob constante pressão.

Delegado
O que é lamentável, aí sim, sob todos os aspectos, é a manifestação do delegado federal Marcio Adriano Anselmo, uma das estrelas da Lava Jato.
Recorreu ao Facebook para cobrar uma investigação “a fundo” [da morte do ministro Teori], “na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht”.  Eis aí a associação irresponsável, vinda da pena de uma das principais autoridades da operação. Ele foi além: “Esse ‘acidente’ deve ser investigado a fundo”. Sim, “acidente” está entre aspas, inferindo que se trata, é evidente, de atentado.

Segundo o delegado, a morte de Teori é “o prenúncio do fim de uma era”. Para ele, o ministro “lavou a alma do STF à frente da Lava Jato”.  [o delegado conseguiu ter seus quinze minutos de fama - poucos sabiam o seu nome  e agora, falando demais, conseguiu se tornar conhecido.]
 
Inaceitável
Policiais investigam, não fazem conjecturas conspiratórias. O delegado não tem ainda nenhum elemento que justifique a sua hipótese, nada! Quando alguém com a sua influência e importância chama um acidente  (e, por enquanto, é apenas isso) de “acidente”, está, é claro!, sugerindo uma conspiração, que ele liga, é inevitável constatar, aos descontentes com a delação da Odebrecht.

Anselmo está tão convencido da conspiração que chama a morte de “prenúncio do fim de uma era”. É mesmo? Prenúncio, segundo o Houaiss, é “aquilo que precede e anuncia, por indícios, um acontecimento”.
De que acontecimento tem ciência o doutor que nós, os mortais comuns, ignoramos? Estaria ele anunciando, sei lá, o desmantelamento da operação?

Tem de se desculpar
Delegados da Polícia Federal investigam, não especulam.
É justo que se pergunte se Anselmo é do tipo que só busca na realidade aquilo que ele julga já saber ou se ainda é do tipo que se deixa surpreender pelos fatos.

Ele deveria retirar o seu post e se desculpar. Comentando o texto, destacou que se trata de uma análise pessoal. Bem, toda análise é, em certa medida, “pessoal”. Ocorre que certas “pessoalidades” podem comprometer seriamente a vida de terceiros. De resto, sejamos claros e objetivos: em temas de natureza pública, uma autoridade nunca emite uma “opinião pessoal”.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo 
 

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Morre Teori Zavascki, ministro do STF, aos 68 anos

Teori estava em avião que caiu em Paraty, no estado do Rio de Janeiro

Aeronave de pequeno porte como o ministro do STF, relator da Lava-Jato, caiu com quatro ocupantes 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki era um dos quatro ocupantes da aeronave que caiu no mar na tarde desta quinta-feira (19) na região da Costa Verde, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, segundo familiares. O avião modelo Hawker Beechcraft King Air C90, de propriedade do grupo Emiliano, ia de São Paulo para Paraty.

"Ele estava no avião", disse a ÉPOCA o filho de Teori, o advogado Francisco Zavascki, que publicou uma mensagem no Facebook às 17h20 pedindo por um milagre. 


Teori Zavascki é o relator da Operação Lava-Jato no Supremo.

Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave de matrícula PR-SOM, de modelo King Air C-90,  caiu no mar entre São Paulo e Rio por volta de 14h. De acordo com a assessoria da FAB, quatro pessoas estavam à bordo da aeronave que partiu às 13h do Campo de Marte, da zona Norte de São Paulo.

Teori Zavascki está no STF desde 2012, quando indicado pela então presidente Dilma Rousseff para a vaga do ministro Cezar Peluso. Em março de 2015, Teori autorizou a abertura de inquérito para investigar 47 políticos suspeitos de envolvimento com o esquema de corrupção na Petrobras deflagrado pela Operação Lava Jato. Nessa investigação, sua atuação já foi alvo de críticas e elogios. Em maio de 2016, Teori negou um recurso da AGU que buscava anular o impeachment de Dilma. 

Fonte: Revista Época