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sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Fux infla especulações

Se Flávio Bolsonaro nem era investigado, por que tanto medo das investigações?

A liminar do ministro Luiz Fux suspendendo as investigações do Ministério Público do Rio sobre as contas do ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro é daquelas que parecem coisa de amigo, mas só podem ser de inimigo. O filho do presidente nem sequer era investigado, mas se jogou no olho do furacão. E, na sofreguidão de agradar ao presidente da República, Fux acabou dando mais um empurrão.

Em vez de “hay gobierno, soy contra”, Fux é adepto do “hay gobierno, soy a favor”. A liminar de ontem, porém, pode ter um efeito prático oposto ao pretendido pela família Bolsonaro. Em vez de suspender, ampliar e apressar as investigações.  Desde o início, as reações à história levantada pelo Coaf e divulgada pelo Estado têm sido erradas do ponto de vista jurídico, político e midiático. Não é admissível que o policial militar e ex-assessor Fabrício Queiroz, sua mulher e suas filhas não apareçam para depor. É um desrespeito inaceitável com as instituições republicanas. Para piorar, Fabrício alegou questões de saúde para não depor, enquanto aparecia bem serelepe em entrevista à TV. Sem falar na dancinha do hospital…[a ilustre repórter certamente sabe o que é um câncer - desejamos de coração que ela nunca tenha tido um, nem venha a ter - mas, por ser culta e também devido sua profissão, tem conhecimento sobre o assunto e sabe que uma pessoa acometida daquela sinistra doença, em estágio avançado, de tal forma  que foi operada (o que implica no mínimo em retirar um pedaço do intestino grosso) não tem condições de ficar comparecendo a repartições públicas para depor e seus médicos não permitirão que ela receba interrogadores em seu quarto.

Sendo Fabricio a peça chave do 'imbróglio', normal que fica complicado o inquérito prosseguir sem seu depoimento - o aqui dito, explica com sobras as razões,  de Queiroz não comparecer - tem amparo legal - visto que a atipicidade das movimentações, poro si,  não configura ilegalidade;

- quanto as filhas do 'movimentador' e sua mulher não comparecerem, o estado de saúde do pai e marido, mais que justifica, faltar uma oitiva que será adiada;

Dirão os antibolsonaristas (enfiam a faca no Queiroz, mas, imaginam que ela esteja estripando o presidente) que Queiroz não está tão doente por, visto que dançou.
Circulou um vídeo mostrando o ex-assessor dando alguns passos de danças no quarto do hospital e em clima, digamos, festivo - quem em um dia 31 de dezembro tendo oportunidade não ensaia alguns movimentos demonstrando alegria, felicidade? 
especialmente se no dia seguinte, primeiro dia do Ano Novo, vai ser submetido a delicado procedimento cirúrgico?
Gestos, risos, danças, movimentos, sempre são bons augúrios e comuns às vésperas da virada e no primeiro dia do ano.

Até mesmo entre familiares e amigos da família Bolsonaro - cujo crime cometido até agora (os outros que alguns insinuam ter havido e outros até acusam - sem provas - são meras suspeitas, fofocas, inconformismo dos derrotados) foi:
-  o pai, chefe do Clã, JAIR BOLSONARO ter sido eleito presidente da República com mais de 58.000.000 de votos; 
- os três filhos terem sido eleitos com ampla maioria de votos, sendo que um  teve mais de 1.800.000 votos - a maior votação para o Senado da República, desde que foi proclamada (aí tem uma agravante = formação de quadrilha, logo os três irmãos Bolsonaro serão acusados de formarem bando ou quadrilha para ganhar eleições, hábito que Jair Bolsonaro mantém desde 1988.] -

Em vez de esclarecer, os Bolsonaro trataram de complicar e quem cobrou publicamente explicações não foram o PT, a imprensa, a oposição, foram os generais, à frente o vice-presidente Hamilton Mourão. Se nem assim as explicações vieram, é porque provavelmente os envolvidos não as têm.  Depois de também não atender ao chamado do MP-RJ (no caso dele um mero convite), Flávio Bolsonaro agora parte para uma estratégia de altíssimo risco. Ele havia dito que não tem nada a ver com isso e que o assessor do seu gabinete é quem deveria se explicar. Se não tem nada a ver com isso, por que entrar com pedido de suspensão de investigações junto ao Supremo?

No caso de Luiz Fux, a situação é mais do que apenas constrangedora, como admitem seus colegas no Supremo. Ferrenho defensor do fim do foro privilegiado, ele usou justamente o foro para privilegiar o filho do presidente. E com argumentações questionáveis, segundo seus próprios pares, que passaram o dia ontem trocando telefonemas, informações e impressões. [enquanto uma emenda constitucional extinguindo o foro privilegiado não for promulgada, o Foro existe, os supremos ministros tem poder de interpretar a Carta Magna, mas, uma interpretação suprimindo parte dela é ilegal e imoral.]
 
Em sua decisão, Fux – que responde pelo STF nessa segunda fase do recesso do Judiciário – alegou que Flávio Bolsonaro foi eleito senador e assumirá o mandato e ganhará foro privilegiado em primeiro de fevereiro e, segundo o ministro, cabe ao plenário decidir o que deve ou não se encaixar no foro.  Só que… a decisão do plenário foi clara:
o foro no STF para senadores e deputados vale para crimes cometidos durante o mandato e em função do mandato. No caso de Flávio Bolsonaro: 1) até agora, não há crime; 2) se houve algum foi quando ele era deputado estadual no Rio; 3) nada disso tem a ver com o seu futuro mandato no Senado. [clara, claríssima; só que não revogou o texto constitucional que concede foro no STF, o que só pode ser feito - dentro da legalidade e do estado democrático de direito - pelo Congresso Nacional.
Uma interpretação não pode extinguir o que interpreta.]
Logo, tudo isso demonstra um certo desespero e joga ainda mais suspeitas, intrigas e especulações sobre os envolvidos. Uma delas, que circulava ontem em Brasília, é de que as investigações estariam evoluindo rapidamente e deixando não apenas Flávio como o próprio pai, agora presidente, numa situação delicada. A conta de Fabrício não seria abastecida só pelos funcionários? E seria um “caixa comum” da família? [pensar estultice qualquer um pode; especular também; provar,  já complica.]
 
O fato é que o tema viralizou na internet – um front em que as tropas bolsonaristas 
venceram a guerra das eleições e vinham ganhando as batalhas de governo. Isso pode mudar e os generais não estão mais sozinhos ao pedir explicações. Seus soldados nas redes também querem entender o que acontecia no gabinete de Flávio, que dinheiro era aquele, de onde vinha e para onde ia. Os Bolsonaro ganharam as eleições, não um habeas corpus para fazerem o que bem entendem. Ninguém está mais acima da lei, lembram? ]fechando com chave de ouro o magnifico texto da ilustre jornalistas:
JAIR BOLSONARO é presidente da República Federativa do Brasil até o dia 31 de dezembro de 2022.
Este fecho é que mata muito lulopetista enrustido ou descarado.]

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo

 
Gostem ou não.]

O Estado de S.Paulo
https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,fux-infla-especulacoes,70002684156