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quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Sobrou para o médico do STF - Blog do Noblat

Ricardo Noblat, jornalista 

Presidente do STJ assume responsabilidade que Fux nega

Nem o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, nem o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, tinham nada que pedir à Fundação Oswaldo Cruz reserva de vacinas contra a Covid-19 para aplicação nos seus colegas e demais servidores das duas cortes.

Mas enquanto Fux nega que soubesse do pedido encaminhado por meio de ofício, Martins admite que aprovou o seu.  
Segundo Martins, o objetivo do pedido era promover uma campanha de imunização entre os ministros, servidores e colaboradores do tribunal e do Conselho da Justiça Federal.

O ofício do Supremo foi assinado pelo diretor-geral Edmundo Veras. Fux preferiu demitir o médico Marco Polo Freitas, subordinado a Veras, responsável pela área de saúde do tribunal, que disse nunca ter feito nada em 11 anos no cargo sem prévio conhecimento e autorização dos seus superiores.

Os dois pedidos revelaram tentativas de furar a fila dos que deverão ser vacinados quando houver vacinas. A Fundação Oswaldo Cruz negou-se a fazer as reservas. Fux e Martins ficaram muito mal no episódio, mas Fux ficou pior. [Martins teve a dignidade de assumir seu erro. Assumir o erro não elimina a culpa, mas atenua. Apesar do ministro ser, pela natureza do cargo, impunível - o erro apenas comprometeu a imagem do STJ mas não causou danos aos cofres públicos = pela recusa da Fiocruz.  

O ministro Fux foi, para dizer o mínimo, injusto = a punição deveria ser aplicada a maior autoridade que participou da mancada,o diretor-geral.  

De qualquer forma, o ainda diretor-geral pode optar por isentar o médico de culpa e pedir para sair. 

E Fux, anular a injustiça que cometeu, readmitindo o médico.]

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