Fala-se,
agora, numa arrumação amarrada com barbante para “dividir” a
administração da economia em dois pedaços, cada um querendo coisas
diferentes – um pedaço de esquerda, com as mesmas soluções que dão
errado há 100 anos, e um pedaço descrito como mais “liberal”. Tem tudo
para dar errado, é claro, como sempre acontece com a fabricação de
miragens – mesmo porque quem vai mandar de verdade é um dos lados,
enquanto o outro vai ficar fingindo o desempenho de um papel de
“moderação” que resultará em três vezes zero.
No caso da gambiarra que
vem sendo cogitada para a “equipe econômica”, tanto faz quem vai ficar
no papel de “liberal” – se não vai resolver nada mesmo, podem colocar
qualquer um.
Já o nome do outro ministro, aquele que decidirá de fato as
coisas porque vai estar lá para executar as ordens de Lula, pode fazer
diferença, e muita, no seu grau de ruindade.
Foi um ministro da Educação ruim;
foi um prefeito de São Paulo pior
ainda.
É um desses casos de fracasso testado e comprovado.
Vive de
intenções, não de resultados. Tem desejos e não um programa de governo.
Não quer fazer, objetivamente, nada de bom para o Brasil; só quer
experimentar ideias e essas ideias são um curso completo na arte de
fazer a coisa errada.
É um clássico, em matéria de PT – esse tipo de
governante que quer acabar com a pobreza mantendo vivos, na folha de
pagamento do Estado, os Correios, o Dataprev e outros bichos da mesma
espécie, ou então socando mais gente na máquina estatal, ou criando
empresa estatal.
São os que acham que a estabilidade financeira torna
impossível o progresso social.
O resto do que querem é parecido. Não há
nenhum risco de dar certo.
J. R.Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo