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quarta-feira, 24 de junho de 2015

“Grupamento do PT” – Atacando Dilma, Eduardo Cunha faz o bem, ajuda o Brasil e ganha simpatia; atacando servidores se queima


Eduardo Cunha diz que servidores da Câmara são "grupamento do PT"
Eduardo Cunha avalia possibilidade de cortar repasses da União para o plano de saúde dos servidores, o Pró-Saúde. Servidores realizaram novo protesto hoje
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse no começo da noite desta terça (23/6) que os servidores concursados da Câmara que protestam contra possíveis mudanças no plano de saúde são um “grupamento do PT”. No começo da tarde, os servidores fizeram uma assembleia e um novo protesto contra o possível fim dos repasses da União para o plano de saúde da Câmara, o Pró-Saúde. Os servidores voltarão a discutir o tema na sexta, em uma audiência pública. Eles também farão uma “vigília permanente” enquanto durar o mandato de Cunha à frente da Câmara.

“Eu não vou comentar fantasia. Isso é um grupamento político do PT, incrustado dentro dos servidores da Casa, fazendo a contestação do processo político contra mim. É óbvio que é isso. É quem perdeu a eleição aqui tentando ganhar de outro jeito”, disse ele, referindo-se às eleições para a presidência da Câmara, em fevereiro, quando ele derrotou Arlindo Chinaglia (PT-SP). Os servidores voltarão a discutir o tema na sexta, em uma audiência pública.

O plano de saúde dos servidores acumula hoje cerca de R$ 380 milhões de reais em reservas, construídas a partir de pagamentos dos próprios servidores e da União, acumulados desde 1993. No fim da semana passada, servidores protestaram depois de circularem, nas redes sociais, informações de que a Mesa Diretora planejava mudanças no Pró-Saúde.

Conforme apurou o Correio, Eduardo Cunha chegou a pensar em substituir os reembolsos de despesas médicas feitos aos deputados pela contratação de planos de saúde. A ideia foi descartada depois do corpo técnico da Casa calcular que os custos subiriam dos atuais R$ 2 milhões para algo entre R$ 17 e 22 milhões. No fim da semana passada, Cunha disse que “não se pode viver de fofocas” e que não agiria para prejudicar os trabalhadores da Câmara. “O que eu não posso é onerar o contribuinte mais que o necessário. Ninguém vai alterar uma vírgula do plano existente, e nem onerar o servidor”, disse ele.

Fonte: Correio Braziliense