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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Qual o motivo de tanto ódio a Bolsonaro? inconformismo diante do fato que ele vai ganhar as eleições e os que não gostam dele vão ter que aturá-lo no cargo de presidente da República?



 Lembrete: após apresentar sua sugestão Bolsonaro foi aplaudido pelo público


Jair Bolsonaro deu a sua receita para resolver a guerra da Rocinha, num grande evento promovido na semana passada pelo BTG Pactual. Uma solução simples — e idiota.

A uma plateia de mil executivos do mercado financeiro, Bolsonaro disse que mandaria um helicóptero derramar milhares de folhetos sobre a favela, avisando que daria um prazo de seis horas para os bandidos se entregarem.

Findo este tempo, se a bandidagem continuasse escondida, metralharia a Rocinha.
Sinal dos tempos, foi aplaudido pelo público.

(Atualização, às 18h34. A assessoria de Jair Bolsonaro enviou a seguinte nota: 

"O deputado esclarece que, ao mencionar a Rocinha no evento, se referiu exclusivamente à guerra travada entre traficantes, em setembro do ano passado, quando 200 marginais fugiram pela mata no alto da comunidade e se espalharam e se refugiaram em outras favelas na zona norte do Rio, levando pânico e terror à população carioca. A fuga foi acompanhada por helicópteros da polícia e de emissoras de TV, sem que os policiais os tivessem detido, pois o Estado não os permite agir, pela falta de retaguarda jurídica. 

Ao falar daquele episódio específico da Rocinha, uma vez que os marginais estavam claramente afastados da comunidade e, portanto, passíveis de sofrer efetiva ação policial para prisão, sem o risco de ferir os cidadãos de bem que moravam no local, o deputado tomou tal exemplo para se manifestar, no sentido de ser favorável a ações efetivas por parte do Estado, inclusive atirando em casos de confronto ou não rendição. 

O deputado lembra que, em episódio bastante similar, o Brasil também assistiu, estarrecido, à fuga em massa de traficantes armados da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão em novembro de 2010. O deputado afirma que tais episódios não voltarão a ocorrer caso seja eleito este ano.")

Lauro Jardim - O Globo