Quem está
mais perto da Presidência do seu país, Trump ou Cunha?
Quem ainda não se recuperou da votação na
Câmara pró-impeachment da Dilma
(“Pela
minha esposa Jandira, pelos meus filhos Denise e Oscar, pelo Brasil e pela
nossa cachorrinha Jujuba...”) pode se consolar com o que está acontecendo nos
Estados Unidos, onde uma piada pode
muito bem ser o próximo presidente da República. A Câmara dos Deputados
americana não é muito menos folclórica do que a brasileira, e lá também o
processo eleitoral tem seus desvios, como o da Corte Suprema interferindo na
contagem dos votos e literalmente doando ao Bush o seu primeiro mandato.
As
longas campanhas eleitorais americanas, com as “primárias”
estaduais etc., deveriam,
teoricamente, funcionar como uma espécie de filtro contra malucos. Alguns
candidatos inconvenientes ou incapazes passaram pelo filtro e chegaram à Presidência
— Bush foi um deles —, mas em geral o
sistema funciona. No caso do Trump, não
funcionou. A piada não era para chegar tão longe.
Trump já tem assegurada a
candidatura do Partido Republicano, para horror de muitos republicanos, e há sérias dúvidas de que Hillary Clinton
saberá enfrentá-lo, frente a frente, nos debates pós convenções. Hillary é
a favorita, pela lógica, mas até agora a lógica não deteve Trump.
Fonte: Lauro Jardim