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terça-feira, 7 de abril de 2015

Emparedado pelo PMDB e acuado pela impopularidade, PT arma golpe e acirra seus movimentos aparelhados



O Presidente do PT, Rui Falcão, voltou a deixar claro como seu partido tenta armar um golpe institucional. Falcão e seus urubus querem trocar a legitimidade de um Congresso eleito pela imposição de grupos aparelhados ideologicamente, como os tais "movimentos sociais" (apenas os controlados pelo PT e aliados, e não aqueles movimentos espontâneos que lhes passam fazer oposição legítima). A iniciativa conta com o respaldo total do líder máximo Luiz Inácio Lula da Silva. Por isso, o companheiro $talinácio convoca seus exércitos para engrossarem, hoje, as manifestações da CUT.

A cúpula nazicomunopetralha tem duas prioridades imediatas: a regulação dos meios de comunicação (forma mascarada de censura econômica para impor a posterior e seletiva censura política) e uma "reforma política" feita na base de plebiscitos (cujos temas e resultados possam ser manipulados pela fanática máquina stalinista-leninista do partido seita). Falcão deixou claro em recente entrevista à Folha de S. Paulo: “Só vamos obter reforma política através de plebiscito com essas mobilizações. Só pelo Congresso, seja com a atual configuração, seja na futura, é praticamente impossível”.

Enquanto Lula arma seu golpe, o pandemônio (previsto pelo Eduardo Cunha) se instaura. Dilma Rousseff só não se torna mais impopular (com apenas 12% de aprovação) porque a estatística não permite. A população começa a sentir os efeitos macabros da crise econômica: carestia, inflação, desemprego, e dificuldades para pagar em dia caríssimos impostos e as tarifas de água, luz, telefone. Por isso, no domingão de 12 de abril, milhões saem novamente às ruas para protestar. O desgoverno e os políticos entram em tensão máxima. O cagaço deles tende a gerar atitudes e medidas desesperadas.

Nessa conjuntura, algumas perguntas se tornam fundamentais. Cada resposta correta gera vários flashes históricos: Que interpretações se podem tirar do fato de o PMDB usar o seu poder de pressão política para definir que uma CPI pode pedir a quebra dos sigilos telefônicos do Ministro da Justiça e do Procurador Geral da República? Que significado tal postura pode ter para a construção da democracia no Brasil?

Resposta: O jogo de poder começa a ficar interessante em favor do cidadão e da cidadania. Quando a máquina de triturar carne de Eduardo Cunha e Renan Calheiros, no comando da Câmara e do Senado, ameaça tirar aquela "blindagem" de supostos intocáveis, começa a valer a regra democrática de que a lei vale (ou deve valer) para todos, igualmente. Na democracia, pau que dá em Chico também dá em Francisco. No Brasil, a coisa ainda não funciona assim. Mas tudo começa a mudar...

Mais perguntas: Que saída tem o PT, em franca perda de hegemonia e aumento quase extremo da impopularidade presidencial, apesar do aparelhamento que fez da máquina estatal? No que pode redundar a tendência clara ao enfrentamento e ao radicalismo em uma conjuntura de impasse com alto risco de redundar em ruptura institucional?

Dilma parece desesperada, mas pode não estar. Sua tensão tem mais a ver com seu DNA stalinista, autoritário, que com a pressão que vem recebendo de todos os lados, do eleitor insatisfeito até o aliado mais inconfiável do PMDB. Dilma não pede socorro a José Sarney porque é uma ingênua. Ela faz isto porque sabe que o imortal maranhense tem condições de neutralizar a dupla Cunha-Renan. O problema é que o presidente do Senado é tido como "sócio" do Sarney - o que pode tornar tal aliança perigosíssima...

O PT aposta que consegue reunir suas supostas "forças populares" (movimentos sociais ideologicamente aparelhados e financiados por grandes esquemas de lavagem de dinheiro sob investigação do Ministério Público e da Justiça) para impor seu modelo político e econômico goela abaixo de todos. Se insistir nesta linha de confronto, a ruptura institucional pode acontecer mais rápido que o previsto. Eles apostam que vencem... Por isso, vêm com tudo para cima dos adversários e inimigos...

Outra grande dúvida: O Brasil segue no inevitável rumo do precipício, ou as mudanças necessárias têm efetivas chances de ocorrer, em breve?
Resposta: A conjuntura parece horrorosa... Fica pior ou menos ruim, dependendo de como os cidadãos fizerem a leitura da realidade. O tsunami de protestos indica clara insatisfação. Se a bronca ganhar foco em soluções objetivas, setoriais e seletivas, o governo e a classe política serão obrigadas a ceder, contra a própria vontade de deixar tudo como está.

Por isso, é preciso gritar: Acorda, oposição! Ou você se torna orgânica, ou vai ficar gritando no vazio, até o golpe nazicomunopetralha te forçar a um exílio em Miami (claro, para aqueles que têm muita grana para gastar).

A regra é clara: Quem não dá conta de gatinho não pode encarar um leão.

Fonte: Blog Alerta Total – Jorge Serrão