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sábado, 30 de dezembro de 2023

MP da reoneração é tapa na cara do Congresso - Alexandre Garcia

 VOZES - Gazeta do Povo

Impostos

Está nas mãos do presidente Lula sancionar um projeto de lei aprovado pela Câmara e pelo Senado que tem relação direta com o caso de Jéssica Canedo, a moça de Araguari (MG) que, pressionada por um canal de fofoca, tirou a vida
O projeto é do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e torna crime hediondo a indução, pelas redes sociais, do suicídio e da mutilação
Trata também de outros crimes que afetam adolescentes e jovens, como questões de violação sexual, cárcere privado e sequestro, mas o principal é a indução ao suicídio e à mutilação. 
O número de jovens que vão para as emergências dos hospitais hoje em dia está assustador. 
A lei foi feita antes do suicídio de Jéssica, mas o caso dela nos fez ver a necessidade da lei e da punição para quem usar as redes sociais para incentivar crianças e jovens a se mutilar ou se matar.

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Haddad desrespeita o Congresso querendo impor a reoneração da folha de pagamento

 ['tapa na cara' é uma expressão gentil e minimizadora para a OFENSA, o DESRESPEITO, o DESCASO, o DEBOCHE e outros termos que definem de forma pejorativa, o que o presidente 'Da Silva' pensa do Congresso Nacional e da Constituição - na prática, o estulto que preside o Brasil e seus asseclas, revogaram toda a legislação, e todo o sentido do PODER de derrubar  veto que o Congresso dispõe - ou dispunha? - caso o Poder Legislativo não DEVOLVA o desrespeitoso projeto de lei ao Poder Executivo ou mesmo ao cesto de lixo.
A agressão que o Poder chefiado pelo petista faz ao PODER LEGISLATIVO  - formado por Deputados e Senadores - LEGÍTIMOS representantes do POVO, escolhidos pelo VOTO - torna o Brasil um circo.
Vejamos como fica se o ato desrespeitoso praticado pelo Poder Executivo não for anulado: 
A- o Congresso Nacional, no exercício pleno  de sua competência constitucional de legislar, edita uma LEI que é encaminhada para sanção do presidente 'Da Silva';  
b - por desagradar aos interesses do atual presidente da República (interesses dele e do seu partido e não interesses do POVO)  o presidente petista veta grande parte da lei, que na forma da Constituição é devolvida ao Congresso para apreciação do VETO; 
c - o Congresso Nacional por esmagadora maioria - 438 votos pela derrubada - derruba os vetos e publica a lei; 
d - simplesmente o presidente petista, via seu poste anuncia que uma MP  substituirá a lei, em total desrespeito à vontade da maciça maioria do Congresso Nacional.
RESUMO se o Congresso não devolver, imediatamente, a MP:
- o Congresso aprova uma lei;
- o presidente da República não gosta de lei e veta;
- o Congresso Nacional para maioria superior a dois terços derruba o veto e promulga a lei; 
- o presidente 'Da Silva'  envia uma MP, anulando, derrubando, pisoteando a decisão do Congresso Nacional.
PODE???]
 
Falando em lei, uma lei foi aprovada pelo Congresso, foi para a sanção, o presidente da República vetou a maior parte, e o Congresso derrubou os vetos por 438 votos a 91, somando deputados e senadores
A lei foi promulgada no dia 27, e no dia seguinte o ministro da Fazenda anunciou que uma medida provisória vai substituir a lei, em total desrespeito à vontade da maciça maioria do Congresso Nacional.
 
É o Executivo usando um instrumento que lhe deu a Constituição de 1988, que é a medida provisória: em assuntos urgentes e emergenciais, o presidente da República baixa uma determinação com força de lei que tem prazo para ser examinada pelo Congresso, que a derruba ou não. 
Só que em algumas dessas medidas provisórias, principalmente na área econômica, não há como voltar atrás. 
Um exemplo é o desses planos econômicos de outros tempos, como na época de Sarney, com Plano Cruzado, Plano Verão, Plano Bresser, eles entravam em vigor e não tinha como voltar atrás.
 
Foi uma ousadia Fernando Haddad ter anunciado isso na quinta-feira. Parece um tapa na cara do Congresso Nacional, e certamente vai afetar as relações entre Legislativo e Executivo. 
Parece que o governo não sabe que o povo escolheu uma nova Câmara e uma parte do Senado com maioria de centro-direita. 
O governo tem de pisar em ovos em relação ao Congresso, mas parece que quebrou os ovos com essa medida provisória, querendo fazer uma omelete. 
Não sei se Haddad já tinha consultado o presidente antes de anunciar isso – como vocês sabem, eu gravo na véspera, então não sei se durante a sexta-feira vai acontecer alguma coisa.

STF vai gastar R$ 5 milhões para reforçar segurança
O Supremo Tribunal Federal vai gastar mais de R$ 5,3 milhões para mais medidas de segurança
, para os ministros ficarem seguros lá dentro. Não se trata de um fosso, mas de medidas eletrônicas de proteção. Engraçado que o ministro Luís Roberto Barroso está sempre dizendo que o Supremo é muito popular, que tem todo o entusiasmo e aprovação do povo. Mas, se é assim, o próprio povo protege a corte, não é?

O que me deixou impressionado é que, no inventário do que foi destruído ou atacado em 8 de janeiro no STF, havia quatro fotos de Sebastião Salgado no valor de R$ 784 mil. Eu espero que tenha sido um engano do inventário: quatro fotos de Sebastião Salgado por R$ 784 mil, dá R$ 196 mil por uma foto. Eu acho que é algum engano; se não for, estou abismado.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

TSE proíbe campanha de Bolsonaro de chamar Lula de ladrão

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE, determinou há pouco a suspensão imediata de veiculação da propaganda eleitoral da campanha de Jair Bolsonaro que chama Lula de “corrupto” e “ladrão”. Sanseverino acolheu argumento da defesa do petista de que se trata de “propaganda irregular”.

“Verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada é ilícita, pois atribui ao candidato à conduta de ‘corrupto’ e ‘ladrão’, não observando a legislação eleitoral regente e a regra de tratamento fundamentada na garantia constitucional da presunção de inocência ou não culpabilidade”, escreveu o ministro.

 TSE proíbe campanha de Bolsonaro de chamar Lula de ladrão

 Foto: Antonio Augusto/Secom/TSE [circulam rumores, cuja procedência não podemos assegurar, que familiares do ex-presidente José Sarney, quando perceberam entre quem ele iria se sentar, retiraram todos os pertences do ex-presidente; já o ex-presidente temer, com sua conhecida prudência, passou tudo que estava consigo e com algum valor para o lado direito.]

Segundo ele, “não poderia a Justiça especializada [que só existe no Brasil, inexistindo, por desnecessária e onerosa, nas maiores democracias e nos demais países do mundo.]permitir que os partidos políticos, coligação e candidatos participantes do pleito deixassem de observar direitos e garantias constitucionais do cidadão durante a exibição da propaganda no horário eleitoral gratuito na rádio e na televisão, utilizando-se como justificativa a liberdade de expressão para realizar imputações que, em tese, podem caracterizar crime de calúnia, injúria ou difamação ou que não observem a garantia constitucional da presunção de inocência”.

Brasil - O Antagonista/UOL


domingo, 12 de dezembro de 2021

Expectativa de confusão: STF, onde só pode entrar vacinado, se prepara para posse de Mendonça com a presença de Bolsonaro - Lauro Jardim

O Globo

Judiciário

O STF já se prepara para alguma confusão no dia da posse de André Mendonça — só não se sabe ainda o tamanho dela. E o tumulto, claro, deve ter Jair Bolsonaro como protagonista. Ao menos é esse o temor que percorre corredores importantes da Corte. [não podem esquecer que JAIR MESSIAS BOLSONARO é o Presidente da República e que, como bem disse Sarney - enquanto esperava um desenlace da doença de Tancredo Neves - o cargo tem uma 'liturgia' que deve ser seguida e respeitada, o que no caso presente  inclui, sem limitar, a obrigação de convidar seu titular.
Optando o presidente por atender ao convite e comparecer à solenidade de posse do ministro André Mendonça, ainda que não vacinado, é um DIREITO e eventual inconveniência da não vacinação pode ser contornada pelo uso obrigatório de máscara por Bolsonaro.]

O motivo é a obrigatoriedade de os convidados para a cerimônia estarem vacinados ou, se não estiverem, levarem um teste de PCR. Suspeita-se que o rebelde presidente tentará entrar na sede do Supremo sem ter feito o exame (ninguém tem a menor esperança quanto a ter se vacinado até lá).


O presidente Jair Bolsonaro e o novo ministro do STF André Mendonça

Como descascar esse abacaxi? A ideia mais aceita é que se instale um local de teste rápido contra a Covid na portaria para que Bolsonaro, enfim, comporte-se como um cidadão civilizado. Será que vai dar certo? Evidentemente, num país normal tal questão jamais existiria. 

 VEJA AINDA: A pré-sabatina a que André Mendonça foi submetido antes de ir ao Senado

Covid: 88% dos brasileiros são a favor de se proibir o carnaval


O brasileiro adora carnaval, mas... o temor à Covid é ainda mais forte do que a vontade de sair por aí se acabando nos trios elétricos e blocos.

Uma pesquisa inédita da Quaest, feita em todo o Brasil entre os dias 2 e 5 de dezembro, constatou que 88% dos entrevistados são a favor de se proibir o carnaval em 2022.

Apenas 9% querem a folia liberada (3% não responderam). Entre os evangélicos, o percentual dos 'contra' sobe para 93%

Lauro Jardim, colunista - Blog em O Globo


quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Jantar de inúteis, muitos ladrões [quase todos] = perfeitamente dispensável

O Globo - Lauro Jardim

Um jantar de Lula com Renan, Sarney, Jader, Eunício, Lobão...

Lula vai se reunir na noite de quarta-feira que vem com senadores e ex-senadores do MDB, uma turma que foi aliada aos governos dele próprio e de Dilma Rousseff.

O petista ligou dias atrás para Eunício Oliveira e pediu que o ex-presidente do Senado organizasse em sua casa em Brasília um jantar com alguns figurões do partido. Pedido feito, pedido aceito. Eunício tratou de convidar Renan Calheiros, Jader Barbalho, José Sarney, Edson Lobão e Venezianio Vital do Rego. Outros emedebistas, como o deputado Raul Henry e o governador Ibaneis Rocha, também estarão presentes. 

Alexandre Garcia e a Jovem Pan

Alexandre Garcia

Demitido na sexta-feira passada da CNN, Alexandre Garcia está negociando seu ingresso na Jovem Pan. [deixando bem claro que Alexandre Garcia não estará no jantar das nulidades.]

Lauro Jardim, colunista - O Globo

 

O jantar de 3 horas em SP entre Moro, Doria e Mandetta

[mais inúteis famintos por atenção e holofotes - pena que poluam o ambiente onde conspiram.] 

Sergio Moro se reuniu, na noite desta quarta-feira, com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM). O jantar durou cerca de três horas e aconteceu em São Paulo. Entre os temas debatidos pelo trio estava a defesa da democracia e a construção de uma alternativa a Bolsonaro e Lula na eleição de 2022.

Moro, que atualmente mora nos Estados Unidos, está no Brasil para uma série de conversas sobre seu futuro político. O ex-juiz se comprometeu com lideranças do Podemos, partido que pretende lançar sua candidatura à presidência, a responder até novembro se aceita a empreitada. Se optar por não concorrer, tem dito que ajudará na construção de uma terceira via no país.

Doria enfrenta também em novembro as prévias tucanas contra o governador gaúcho Eduardo Leite. O vencedor será o nome do PSDB que vai concorrer à presidência. Mandetta se articula para ser candidato ao Palácio do Planalto em 2022, mas tem mostrado disposição para compor com outras lideranças para fortalecer uma alternativa à polarização. 

Bela Megale, colunista - O Globo


sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Melhor deixar pra lá - Alon Feuerwerker

Análise Política
 
Ficará para a história que a revogação da Lei de Segurança Nacional foi sancionada por Jair Bolsonaro, o presidente admirador dos governos comandados por generais (1964-1985), e cujos seguidores até outro dia saíam às ruas pedindo a volta do Ato Institucional número 5. Desde a redemocratização, passaram pelo Planalto Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma e Temer. Mas quem revogou a LSN foi Bolsonaro. Assim é a vida. Nenhum dos antecessores teve a vontade, a coragem ou as condições políticas para fazer. Bolsonaro fez.
 
É provável ter influído na decisão do presidente os correligionários e admiradores dele andarem acossados pela Justiça com base no texto agora revogado. Vale aqui Ortega y Gasset: cada um é ele mesmo e suas circunstâncias. Mas o que fica é o que se faz. 
Quanto as circunstâncias influíram? Os historiadores debaterão até o fim dos tempos.
 
Cada um ser ele mesmo e suas circunstâncias ajuda a explicar também por que boa parte das vítimas da censura no período militar carreguem agora a bandeira do “combate às fake news”. Ou seja, criminalizar a mentira. Outro acerto de Bolsonaro: vetar na legislação que substitui a LSN dispositivos que poderiam abrir (mais) espaço para a censura.
Segundo o “dicionário nacional do oportunismo político” (atenção: isso foi uma ironia), “fake news” é a mentira que nosso adversário político conta, enquanto “liberdade de expressão” é o nosso direito inalienável de mentir, neste caso para a sociedade evitar o risco de ser tragada por ditaduras brutais.
 
Entre o propósito alardeado de viver num país fundado em concepções liberais e a intenção de proteger a sociedade da desinformação mora um problema insolúvel: criar uma regra justa sobre quem vai deter o poder de estabelecer o que é verdade e o que é mentira. Um exemplo singelo: se a Teoria da Evolução for definida como a verdade oficial, a que tipo de punição estarão sujeitos religiosos e religiões que defendem o universo ter sido criado por Deus em seis dias (consta que Ele descansou no sétimo)? [NENHUMA PUNIÇÃO - a teoria da evolução teve um ponto inicial e quem criou tal ponto?]
Contra esse exemplo, poder-se-á argumentar que a legislação afinal vetada pretendia punir não exatamente quem mentisse na eleição, mas quem divulgasse maciçamente informação sabidamente falsa.
 
Aí piora. Segundo a Constituição brasileira, que ainda está formalmente em vigor, só é considerado culpado quem tem sentença transitada em julgado. Detalhe facilmente verificável em cada caso, bastando consultar os anais da Justiça. Inclusive pela Internet.
Ora, mas se é assim, chamar o candidato Fulano de “corrupto” sem ele ter condenação por corrupção transitada em julgado é fake news com registro em cartório e firma reconhecida. O mesmo se dará quando alguém, inadvertidamente, acusar o candidato Beltrano de “genocida” sem ele ter sido condenado definitivamente por genocídio.
 
Exemplos abundam
Deveríamos ter punido quem garantiu que a revogação da CPMF baratearia os produtos e serviços? 
Ou punir quem assegura que a cada “reforma trabalhista” milhões de empregos serão criados por causa da redução do custo de contratar?
Melhor deixar pra lá.
 
Alon Feuerwerker, jornalista e analista político
 

sábado, 31 de julho de 2021

Um país no passado - Ascânio Seleme [Bolsonaro não sofrerá impedimento]

O Globo

O Brasil, que está parado desde janeiro de 2019, corre o risco de ver sua democracia destruída ao recuar pelo menos 30 anos em direção ao passado se o presidente não for impedido 

A imagem que a Secom escolheu para homenagear o agricultor brasileiro, a silhueta de um homem carregando uma espingarda em meio a uma plantação, remete o espectador a um passado sombrio da História do campo brasileiro. Da mesma forma, a live abusiva de Jair Bolsonaro desta quinta-feira mostra o caminho que nos joga de novo nos anos 1980. Trata-se de passos calculados para levar o Brasil de volta às trevas. A ideia absurda mas visível que está por trás de cada um desses movimentos é terminar o ciclo fechando o país, o Congresso e o Supremo, suspendendo direitos políticos, calando a imprensa, baixando o porrete.
O agricultor armado lembra os piores momentos da guerra no campo, com a criação da União Democrática Ruralista, a UDR. Formada em 1985 como grupo de lobby para defender os interesses do setor na Constituinte, a UDR acabou se transformando no principal polo de disseminação da violência. [atualizando: a violência no campo é produto nefasto de uma quadrilha de bandidos denominada mst = movimento dos "trabalhadores"sem terra (as aspas se justificam já que os marginais do mst são tudo que não presta, só não são  trabalhadores); a UDR precisa voltar com mais força, mais forte e em condições de coibir invasões de terras -  o direito à propriedade é garantido na Constituição Federal e precisa ser exercido em sua plenitude, o que impõe a necessidade dos proprietários e dos verdadeiros trabalhadores agricultores ter disponível  armamento moderno e eficiente.  
O invasor de uma propriedade deve ser preso e, se necessário, em caso de confronto e para preservação da vida dos legítimos proprietários e dos seus empregados,  a neutralização total do invasor encontra amparo nas leis vigentes. ] Jagunços armados nas fazendas do interior do país se transformaram na imagem agora revivida pela Secom. Ataques contra líderes do movimento dos sem-terra, padres e sindicalistas rurais deixaram um rastro de mortes no país cujo maior símbolo foi o seringalista Chico Mendes.

A defesa tão intransigente quanto obtusa do voto impresso feita por Bolsonaro também joga luz sobre o Brasil dos coronéis do interior, que carregavam os eleitores em caminhões para votar e depois contavam seus votos, um a um. [para mostrar aos leitores que o voto auditável, também chamado voto impresso, não acaba com a urna eletrônica e não traz de volta a cédula de papel, sugerimos o vídeo: xeque mate no TSE - voto auditável em três minutos.] E ai de quem não votasse em quem o coronel mandou. Os mais velhos vão se lembrar das apurações das eleições que antecederam o voto eletrônico. As urnas eram abertas e as cédulas espalhadas em mesas. Cada uma delas composta por mesários, os contadores oficiais de votos, e representantes de todos os partidos. Uma algazarra, um ambiente para lá de propício para a fraude. Imagine este quadro hoje, com mais de 30 partidos ao redor das mesas de apuração.

O desembarque do Centrão no governo Bolsonaro é outro elemento que manda o país de volta para o passado. Claro que agrupamentos fisiológicos ocorrem no Parlamento brasileiro desde o Império. Evidentemente eles circulam o Poder Executivo e dele muitas vezes fazem parte sempre com o objetivo de garantir brasa sob as suas sardinhas. Mas o modelo “É dando que se recebe” explícito foi concebido no governo de Fernando Collor. Já existia sob Sarney, mas cristalizou-se no processo que acabou com o primeiro impeachment de presidente no Brasil.

As pautas de costumes, que muitos enxergam como um mal menor do extremista Jair Bolsonaro, comportam outras barbaridades que podem ajudar a tornar o Brasil um país ultrapassado. Entre elas estão a ampliação do porte de armas; o homeschooling, que permite que crianças sejam educadas em casa pelos pais; a criação do estatuto da família, proibindo a união estável de casais homoafetivos; a proibição total do aborto, mesmo para gestação de fetos anencéfalos; e o endurecimento da lei de drogas. Além, claro, da redução do rigor em casos de atentados aos direitos humanos e a aprovação do infame excludente de ilicitude. [se são contra o combate ao aborto, se são contra o endurecimento do combate ao tráfico de drogas, que Brasil querem?                                  - um Brasil com as FAMÍLIAS desestruturadas?
- um Brasil com o comércio de drogas livre?
- um Brasil com bandidos armados com fuzis e pistolas x a polícia armada com revólveres e o cidadão sem armas?
- um Brasil no qual seres humanos inocentes e indefesos são mortos na barriga das próprias mães?
- um Brasil em que os bandidos - os 'manos' possuem todos os direitos e os HUMANOS DIREITOS não possuem nenhum?
- um Brasil em que o policial ao chegar ao local de uma ocorrência já chega na condição de criminoso e o bandido na condição de trabalhador, de pessoa de bem?
- um Brasil em que o artigo parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição Federal e o artigo 1° da Lei nº 9278 - ambos os dispositivos em plena vigência - são desrespeitados, ignorados, violados?
                          Redação atual  dispositivos legais citados:
"Constituição Federal:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
...§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996.                                                        Art. 1º É reconhecida como entidade familiar a convivência  duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família." ]

Nem os brasileiros que ainda insistem em apoiar Bolsonaro merecem um retrocesso desse tamanho. O país, que está parado desde janeiro de 2019, corre o risco de ver sua democracia destruída ao recuar pelo menos 30 anos em direção ao passado se o presidente não for impedido. Se não agora, pelas mãos dos congressistas confortavelmente aboletados no governo, que seja em outubro do ano que vem, pelo voto livre, soberano, secreto e eletrônico.

...

Cuba em crise
Desde o início do ano, a guarda costeira dos Estados Unidos recolheu 512 cubanos no mar da Flórida. Durante todo o ano passado, apenas 49 foram abordados.

A CPI vem aí
Na semana que vem, na medida em que Rebeca, Rayssa e Ítalo forem saindo de cena, Aziz, Randolfe e Renan voltam a ganhar os holofotes.[algum deles vai ser preso? ou todos? algemados no estilo Jader Barbalho?  A Covidão voltará mais desacreditada do que quando entrou em recesso - o que torna a volta inútil para atrair holofotes.]  A CPI está de volta para a alegria de muita gente e para o pânico do capitão. Na TV, é só subir um canal, do 539 para o 540.

Um ano de solidão
Uma pesquisa sobre o uso do tempo revelou que, em média, o norte-americano passou 57 minutos a mais sozinho a cada dia do ano passado em razão da pandemia de coronavírus. No caso dos adolescentes entre 15 e 19 anos, a solidão subiu de 4,5 horas para 6 horas diárias.
 

sábado, 18 de janeiro de 2020

SARNEY, COLLOR, FHC, LULA, DILMA,TEMER E BOLSONARO SÃO PROVAS VIVAS DE UM “BRASIL NÃO DEU CERTO” - Sérgio Alves de Oliveira



Tenho plena consciência que conseguir a publicação desse texto será muito mais difícil do que acertar na loteria.


[a norma do Ricúpero nem sempre deve, ou pode, ser seguida - algumas vezes ela cai daquela outra norma: ' toda regra tem exceção, ....]

Essa “fatalidade” se dá em virtude da quase total falta de isenção da mídia brasileira, sempre ligada a “algum” lado qualquer do poder político, que “é”, ou “poderá  ser”,e  exatamente por isso  só vai lhe interessar em divulgar o “seu lado”, “investindo” nele, seja pró-governo, seja pró-oposição, que “amanhã” poderá ser  governo, jamais contra, ou a favor, de ambos os lados.

“Mato a cobra e mostro o pau” (que matou a cobra,claro). [oportuno o lembrete, vai que algum adepto da diversidade, considera que não é o assassino da jararaca, e sim o outro, e se empolga.] Um dos articulistas que mais respeito  em toda a mídia brasileira,que nem é “profissional” dessa área, trata-se do Dr. Milton Simões Pires (médico). Milton tinha quase todo o espaço do mundo para divulgar  os seus contundentes artigos anti-PT. Mas isso foi “antes” da posse de Bolsonaro, em 1º de janeiro de 2019. Após  alguns meses do novo Governo, a honestidade  intelectual desse cidadão começou a perceber e não perdoar os inúmeros  malfeitos que todos os dias estão surgindo  em relação a esse governo. Fecharam-se-lhe,  ”automaticamente”, quase  todas as portas midiáticas, restando-lhe o seu blog particular , o excelente ”Ataque  Aberto” .

É por isso que em vista dos seus interesses, a mídia  adotará um só lado para “defender”, seja situação, seja  oposição, invariavelmente  reservando o outro lado mais para “bater”.  Ora, em virtude da tendência midiática de ficar sempre ao lado e de “bem” com os detentores das chaves dos   “cofres públicos”, de onde partem grande parte dos seus recursos, é claro que a “oposição política” ficarão reservadas todas as   críticas e denúncias  de malfeitos.

Mas a oposição política também sempre tem os seus “defensores  midiáticos”, que investem no “possível”,ou “provável”, amanhã. Falar mal do governo, condicionado  a  elogiar  e falar bem da oposição, também terá espaço. Toda essa situação se tornou mais perceptível que nunca a partir da eleição de Jair Bolsonaro, em outubro de 2018, que afastou  do poder a “dobradinha” PT/MDB, que reinava,roubava e  depredava o país desde 2003. A partir de Bolsonaro,  a “cisão” da mídia ficou mais radical que nunca. Ninguém mais  consegue  “elogiar,” no mesmo instrumento  midiático, os “dois” lados. E também não consegue “criticar”. Um lado tem que ser elogiado.  E o outro censurado. Só assim a mídia vai admitir.

O Governo Bolsonaro foi instalado  na  mais radical oposição “moralizadora” [neutralizadora e erradicadora são  aplicáveis.] ao regime político que dominou o país de 2013 [2003?] a 2018, cuja maior  característica  foi a manipulação mentirosa de índices estatísticos sociais que teriam beneficiado as classes sociais menos favorecidas, e uma corrupção de tal magnitude que jamais foi vista em  qualquer   outra parte do mundo, garantindo muitos que teria superado a cifra dos 10 trilhões de reais,superior ao PIB brasileiro. Mas após um ano do Governo Bolsonaro , já deu para perceber que paralelamente às denúncias e combate   contra os malfeitos do PT/MDB, parece que a corrupção prossegue com os novos titulares do poder, talvez em menor escala, ainda não “institucionalizada”, como antes, mas nem por isso menos imoral e ilegal.

Com esse discurso “moralista”, contrariando a sua prática, o que o novo Governo está fazendo pode ser representado pela figura daquele político cretino (moralista?)  que discursa para o povo   em praça pública completamente “pelado”. Ora, um país que não acerta  na política, também jamais poderá dar  certo. E nessas condições ,a democracia, que deveria ser um bem, a melhor forma governo, acaba se tornando um mal. A propósito, e recordando frase  genial de Nelson Rodrigues: 

”A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas,que são a maioria da humanidade”.

Reforçando  o pensamento de Nelson Rodrigues, poderíamos adicionar  palavras que acabaram imortalizadas do filósofo francês Joseph-Marie Maistre (1753-1821),ferrenho defensor do Regime Monárquico, e crítico da Revolução Francesa: “Cada Povo tem o Governo que merece”
Essas duas frases desses grandes pensadores não  estariam, porventura,  resumindo  a tragédia política acampada na tal “democracia” brasileira? [a resposta só pode ser um SIM; 
quanto as duas frases citadas ambas merecem, ainda que não necessitem, do endosso do Blog Prontidão Total.
Alguém responda se um povo que consegue reeleger duas coisas como o condenado petista e a engarrafadora de vento Dilma, merece algo melhor do que o que receberam no governo dos dois - especialmente ao final.]

Sustentei a tese que “o Brasil não deu certo” já em 1986,no livro que escrevi com o título “Independência do Sul”, onde propus a discussão sobre o possível  desmembramento do Brasil, conforme as respectivas vocações, potencialidades naturais e humanas de cada região. O resultado é que hoje estão instalados em quase  todas as regiões do Brasil núcleos  e movimentos “autodetermistas”, a axemplo do que  igualmente  ocorre no “País Basco”  e “Catalunha”  (Espanha),Québec (Canadá), e em diversas outras  “nações”,que não teria lugar para citar todas aqui, de tantas que são, ainda não reconhecidas como países independentes,e que  se encontram  pelos respectivos poderes centrais.

Mas após muitos anos de “engajamento” na luta pela autodeterminação da minha região, da minha “terra”,que é o Sul do Brasil, que até já tem proposta para denominação  de país  (União Sul Brasileira-USB), e de “solidariedade” às outras eventualmente  interessadas, acabei completamente desmotivado  e decepcionado pela covardia  do “meu” próprio povo em buscar a sua libertação dos laços malditos de Brasilia, origem de todas as desgraças políticas  do Brasil. “Meu Povo” está com a cabeça tão “lavada” por “um país  que não deu certo” quanto os povos  das outras regiões.
Agora acabo  de chegar  à conclusão que o filósofo francês “Maistrefoi  superficial,  e incompleto, na  sua conclusão ,no sentido de que “cada povo tem o governo que merece”. Deveria  ter ido mais longe. É que “cada povo (também) tem o PAÍS que merece”.  E,finalmente, “cada  PAíS (também)  tem o povo que merece”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo