Carmen Lúcia revogou a invencionice arrogante de Dilma
A ministra que comandará o STF rejeitou publicamente o tratamento de “presidenta”
“Então eu concedo a palavra à eminente ministra Carmen Lúcia, nossa
presidenta eleita…”, disse Ricardo Lewandowski na sessão do Supremo
Tribunal Federal desta quarta-feira. A pausa ligeiríssima informou que
Lewandowski estacionara numa dúvida. “Ou presidente?”, quis saber.
Resposta de Carmen Lúcia: “Eu fui estudante e eu sou amante da língua
portuguesa. Acho que o cargo é de presidente, não é não?”.
Claro que sim. Quem se curvou ao surto de arrogância de Dilma Rousseff, um poste que exigiu o tratamento de “presidenta” depois de instalado no Planalto por Lula, é gente vocacionada para o servilismo, a subordinação medrosa, a vassalagem. Ao revogar o exotismo inventado pela presidente a caminho do desemprego, Carmen Lúcia confirmou que o STF, a partir de setembro, será comandado por uma grande ministra.
“É bom esclarecer desde logo, não é?”, conformou-se Lewandowski. Fez bem. Ficou muito claro que, além de restabelecer o uso das palavras certas, Carmen Lúcia vai restaurar a dignidade, a independência e a altivez que sempre orientaram sua trajetória ─ e que deveriam também balizar permanentemente o comportamento de quem preside a Corte Suprema.