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domingo, 13 de novembro de 2022

Comentarista da GloboNews desperta a ira da esquerda

Eliane Cantanhêde criticou Janja

A jornalista Eliane Cantanhêde, durante crítica a Janja - 11/11/2022 | Foto: Reprodução/GloboNews
A jornalista Eliane Cantanhêde, durante crítica a Janja - 11/11/2022 -  Foto: Reprodução/GloboNews

Depois de criticar o “excesso de espaço” da futura primeira-dama, Janja, no governo de transição do presidente eleito, Lula, a comentarista de política da GloboNews Eliane Cantanhêde tornou-se alvo da fúria da esquerda nas redes.

A jornalista também interpelou por que Janja esteve sentada ao lado de Lula, o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, durante encontro com aliados na semana passada, em Brasília. “Ela estava ali sentada, mas não é presidente do PT, líder política ou presidente de partido”, observou Eliane, no programa Em Pauta, transmitido na sexta-feira 11. “Enfim, por que ela estava ali? Qual era o papel da primeira-dama?” [Ciro Gomes definiu bem o papel de uma primeira-dama quando,  em passado recente,  foi questionado: 'ela dorme comigo' - supõe-se que no sentido bíblico; 
já para a futura primeira-dama, do eleito, talvez o sentido literal seja mais provável.]

Eliane citou a socióloga Ruth Cardoso, ex-mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, como exemplo de primeira-dama. A jornalista ressaltou o “brilho próprio” de dona Ruth e que ela “não tinha voz nas decisões políticas”.

“Se tinha protagonismo, era a quatro chaves, no quarto do casal”, disse Eliane. “Já incomoda, porque Janja vai começar a participar de reunião, dar palpite e, daqui a pouco, vai dizer ‘esse aqui vai ser ministro, esse aqui não pode’. Isso dá confusão. Se é assim na transição, imagina quando virar primeira-dama.”


Nas redes sociais, a jornalista da GloboNews, que é crítica do presidente Jair Bolsonaro, foi atacada pela presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann. “Apavora-me o machismo incrustado na cabeça das mulheres ditas esclarecidas”, publicou Gleisi, no Twitter. “Desprezível, a fala de Eliane Cantanhêde. Ter opinião e participação política é direito das mulheres.”

De esquerda, o colunista do jornal Folha de S.Paulo Thiago Amparo afirmou que “a referência a quatro paredes dá uma análise de discurso sobre submissão”. No Twitter, esquerdistas fizeram subir a hashtag “Respeita a Janja, Cantanhêde”.

Leia também: “Globo inquieta”, reportagem publicada na Edição 85 da Revista Oeste