PT faz o jogo de Bolsonaro
Haveria melhor
notícia para o presidente Jair Bolsonaro do que a intenção anunciada por
líderes do PT de pegarem carona nas manifestações estudantis contra o
"corte" de verbas na Educação para retomarem a campanha por “Lula, livre”?
Foi a presidente do PT, a
deputada Gleisi Hoffmann, que deu a notícia, ontem, nos bastidores do
palco montado na Praça da República, em São Paulo, onde artistas se
apresentaram para pedir a libertação de Lula, condenado e preso desde
abril do ano passado. “Lula e educação são
inseparáveis. Essa moçada está indo às ruas pelo legado que Lula deixou
nesse país”, disse Gleisi. E completou Paulo Okamoto, presidente do
Instituto Lula: “A campanha do Lula Livre se junta à pauta da educação”.
Oportunismo puro.
Condenado, por sinal, pelo ex-candidato a presidente da República
Fernando Haddad (PT): “O movimento da educação é um movimento da
sociedade, independentemente da posição que a pessoa tenha em relação ao
PT e ao Lula”.
Haddad teme, e com razão,
que a tentativa do PT de tutelar a iniciativa de estudantes, professores
e pais de alunos acabe por esvaziar o movimento. Isso é tudo que o
governo quer. De longe, Bolsonaro agradece e torce pelo sucesso da nova
iniciativa do PT.