Tragédias contínuas, por décadas, seguem afligindo Israel e
suas fronteiras difíceis. Agora temos o caso do hospital atingido.
Segundo as últimas versões, satélites e drones dizem que não foi um
míssil, mas um foguete que veio da artilharia palestina. O foguete é
burro, atinge quem quer que seja; se estiver mal carregado, se a carga
propulsora tiver algum defeito, ele cai pelo caminho. Este foguete teria
caído no estacionamento de um hospital com 80 leitos, e matou muita
gente. Consta também que o hospital não foi destruído; a capela do
hospital é que teria recebido o impacto. Não se sabe até agora quantos
mortos houve. Mais uma tragédia, atingindo civis, pessoas que não
participam da guerra como soldados.
Entre as vítimas do lado israelense, agora se descobriu o caso de
Celeste Fishbein,
israelense filha e neta de brasileiros. Ela tem 18 anos, mas não servia
o exército de Israel; o corpo dela estava cheio de estilhaços de
foguete, na zona de Gaza. Foi atingida no
kibutz onde
trabalhava cuidando de crianças. Foi sequestrada como refém e
assassinada depois.
Não sei por quais torturas ela pode ter passado, já
vimos tantas... Não é a primeira vez que a família sofre com o
terrorismo; a tia de Celeste mostrou que, em 2001, foi vítima de um
atentado suicida numa pizzaria em Israel que matou 18 pessoas, inclusive
o marido da tia. Ela ficou 17 dias no hospital.
WhatsApp: entre no grupo e receba as colunas do Alexandre Garcia
Câmara quer saber por que diplomacia brasileira está poupando o HamasA Comissão de Relações Exteriores da Câmara está convidando o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro de facto, Celso Amorim, que é o autor da política externa brasileira e assessor de
Lula para assuntos internacionais, uma espécie de Marco Aurélio Garcia.
A Câmara quer que eles expliquem as posições brasileiras, como o pedido de cessar-fogo, que os
Estados Unidos e o Conselho de Segurança da
ONU recusaram. Primeiro o
Hamas ataca;
quando Israel vai revidar, o Brasil pede cessar-fogo.Relatório de Eliziane Gama na CPMI não surpreendeu ninguém Na quarta-feira, no Congresso
, a principal notícia foi a aprovação do relatório da senadora Eliziane Gama, que todo mundo dizia já estar pronto desde o primeiro dia da CPI. O texto foi aprovado por 20 votos a 11: o
s 20 governistas se juntaram, enquanto 11 estão votando um relatório paralelo de 400 páginas pedindo o indiciamento de Lula, de Flávio Dino e de Gonçalves Dias.
O relatório de Eliziane Gama tem 1,3 mil páginas e pede o indiciamento de pessoas que nem foram ouvidas.
Como é que alguém pode ser acusado de alguma coisa se não é sequer ouvido?
O ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira (que foi ministro da Defesa) e Freire Gomes (que foi comandante do Exército), o almirante-de-esquadra Almir Garnier (que foi comandante da Marinha). Não ouviram nem a deputada
Carla Zambelli, que está ali na mesma casa.
Não sei se tiveram medo de ela pintar e bordar, porque ela é muito eloquente, tem uma boa verve. Tudo
isso vai agora para a Procuradoria-Geral da República decidir o que
fazer.
Eliziane Gama afirma no relatório, ao pedir o indiciamento de
Bolsonaro, que ele foi o autor moral e intelectual da depredação nas
sedes dos três poderes.
Bolsonaro foi intimado a depor na Polícia
Federal; foi até a sede da PF,
mas não depôs,
explicou que os advogados apresentariam a defesa por escrito. Acharam
em celulares de apoiadores uma referência a
“PR Bolsonaro 8”, que seria
uma convocação para as manifestações do dia 8.
Mas como ele vai
responder pelo uso do nome dele em celulares? Bolsonaro disse aos
jornalistas:
“apontem uma ação minha que tenha sido fora da
Constituição”. Além disso, o Supremo não é o juiz natural para este
caso; é a primeira instância.
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos