Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Investigação
aberta para apurar notícias falsas vem servindo como licença para
suprimir direitos civis e criar um Estado policial
O Brasil não vai ter paz enquanto não for fechado o inquérito que o Supremo Tribunal Federal, através do ministroAlexandre de Moraes,
abriu cinco anos atrás para investigar “atos antidemocráticos”.
Desde
então, vem servindo como uma licença oficial para se suprimir direitos
civis, anular qualquer lei em vigor no Brasil e criar um Estado policial
neste país.
O inquérito é uma declaração permanente de guerra.
Foi
aberto para apurar “notícias falsas” que poderiam atingir a honra e a
segurança do STF.
De lá para cá, como se diz hoje, “viralizou”.
Foi
gerando um inquérito criminal depois do outro (tantos, que não se sabe
mais ao certo quantos são no momento) e passou a incluir todos os
delitos que alguém possa praticar, inclusive os que não existem em lei
nenhuma.
É uma aberração jurídica que não existe, nem seria admitida, em
qualquer democracia séria do mundo.
É
possível, naturalmente, que a ideia de paz seja a última coisa que
passe na cabeça do ministro, do STF e da parceria que mantêm com o governo Lula. (Em cinco anos de inquérito não houve um único indiciado, nenhum, que
possa ser descrito como de “esquerda” – o que faz do Brasil o único país
do planeta em que só a direita é capaz de mentir.)
Os inquéritos,
afinal, permitem que o Supremo e seus sócios façam o que bem entendem: prisões, censura, bloqueio de contas bancárias, apreensão de
passaportes, quebra de sigilo, confisco de celulares e tudo o que possa
servir como instrumento de repressão.
É como nas leis de “segurança do
Estado” que existem em todas as ditaduras para perseguir adversários
políticos.
O inquérito perpétuo do STF (“só termina quando terminar”,
diz Moraes”) faz a mesma função, dizendo que defende a“segurança da
democracia”. Tudo bem – mas se não quiserem a paz, terão de apostar cada
vez mais na força e desrespeitar a cada vez mais a lei.
Não
há, obviamente, nenhuma ameaça à democracia que justifique nada do que o
ministro está fazendo.
Fúria e ressentimentos são continuamente atiçados e se espalham pelo mundo. A solução só virá quando se abrir uma brecha no império do rancor
DO LADO DE CÁ - Violência: soldado de Israel usa a força para reprimir manifestante palestino na Cisjordânia (Jaafar Ashtiyeh/AFP)
As guerras são a mais extrema expressão da barbárie e desgraçadamente não faltam exemplos de horrores e mortandade ao longo da história.
Mas poucas vezes a violência sem limites escalou de maneira tão vertiginosa quanto a que se observa no duelo atual entre a força militar de Israel e os militantes do Hamas, que acaba de completar um mês.
A trágica contabilidade de mortos partiu do altíssimo patamar de 1 400 pessoas massacradas no dia 7 de outubro, quando o grupo palestino cruzou os limites da Faixa de Gaza em um devastador ataque-surpresa.
A resposta israelense foi deslanchar uma ofensiva para aniquilar o inimigo que, na conta do Ministério da Saúde da superpovoada Gaza, já matou mais de 10 000 pessoas, quase metade delas crianças.
Os sangrentos trinta dias de confronto desembocaram em uma agressividade de proporção inédita no campo de batalha da opinião pública, com o disparo maciço nas redes sociais de cenas de execuções, bombardeios de escolas, colapso de hospitais e bebês sem vida.
O mundo se repartiu entre contra e a favor, sufocando o meio-termo e abrindo espaço para o mais virulento preconceito. “A mente está cheia até a borda com nossa própria dor e não sobra espaço nem para reconhecer a dor dos outros”, escreveu o historiador e filósofo israelense Yuval Harari. Pairando sobre tudo, o ódio, sentimento que cega e escraviza, vai cumprindo seu papel de aprofundar as históricas desavenças entre árabes e judeus, fazendo delas uma questão pessoal, de indivíduo contra indivíduo, com ecos em toda parte e sem solução à vista.
Nos últimos dias, tanques e tropas cercaram a cidade de Gaza, a maior do enclave, e iniciaram a incursão pela rede de túneis controlada pelo Hamas. “Estamos em uma nova etapa da guerra”, declarou o porta-voz do Exército Daniel Hagari, ao mesmo tempo em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, subia o tom, afirmando que Gaza está se tornando “um cemitério de crianças”. Discute-se a implantação de “pequenas pausas humanitárias” nos combates — as forças israelenses deram quatro horas para moradores da Cidade de Gaza deixarem o local —, e as listas para a saída de estrangeiros e feridos graves pelo Egito são divulgadas a conta-gotas (34 brasileiros estão na fila).
Não se sabe o que será de Gaza após a ofensiva militar. Negociações estão em curso para que a mais moderada Autoridade Palestina, que administra a Cisjordânia, assuma o território, mas ela terá que conviver com a presença israelense— o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu antecipou que o país “será responsável pela segurança por um período indefinido”.A marcha da insensatez se acelerou com a declaração de Amihai Eliyahu, ministro do Patrimônio — cargo criado para acomodar a extrema direita religiosa que faz parte do governo —, de que o uso de bombas nucleares em Gaza “seria uma opção”. Foi afastado e desautorizado, mas o estrago estava feito.
Nada do que se discute agora sinaliza um caminho para a paz — pelo contrário, são ações que, como já aconteceu outras vezes, cristalizam raiva e ressentimentos que se espalham pelo planeta.
Os casos de antissemitismo e de islamofobia mais do que triplicaram na Europa e nos Estados Unidos no último mês. No estado de Illinois, o menino de origem palestina Wadea Al Fayun, 6 anos, foi esfaqueado pelo dono do apartamento onde ele morava com a família, um septuagenário que, segundo sua mulher, “escuta talk shows conservadores no rádio” e andava obcecado pelo conflito no Oriente Médio.
Em Lyon, na França, uma mulher judia foi ferida a facadas por um homem que bateu à sua porta e, para não deixar dúvida quanto à motivação do crime, pichou uma suástica na entrada da casa.
Estrelas de Davi apareceram pintadas na fachada de prédios habitados por judeus em Paris.
No longínquo Daguestão, país muçulmano às margens do Mar Cáspio, uma turba invadiu o saguão de um aeroporto pretendendo linchar passageiros que desembarcavam de Tel Aviv. “No mundo conectado em que vivemos, quem já têm inclinação para a violência reforça sua visão. As pessoas estão buscando motivos para confirmar seus preconceitos”, diz Wendy Via, cofundadora do Global Project Against Hate and Extremism.
Continua após a publicidade
As expressões de ódio despertadas pelo conflito entre árabes e judeus derramaram-se, com força nunca vista, pelas universidades americanas, um terreno minado pela polarização política e pelo racha talhado pela cultura woke, que leva às últimas consequências o conceito do politicamente correto. Em Harvard, trinta organizações estudantis não só condenaram Israel como abraçaram o execrável slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre” — à primeira vista inocente, mas que embute a sumária destruição total do Estado judeu (por repetir o desatino, Rashida Tlaib, única deputada de origem palestina dos Estados Unidos, recebeu um raríssimo voto de censura da Câmara).
Em Cornell, outra instituição de elite, um aluno disparou nas redes sociais ameaças de morte a estudantes judeus. Tulane, em Nova Orleans, foi palco de agressões generalizadas entre apoiadores dos dois lados quando um manifestante tentou incendiar uma bandeira de Israel. Em Stanford, na Califórnia, a polícia investiga como crime de ódio a morte de um judeu nas proximidades de um ato pró-Palestina. “O discurso, no meio universitário, repisa que os dois povos não podem viver naquela região porque um lado representa o domínio imperialista e o outro rejeita a civilização ocidental. É a islamofobia batendo boca com o antissemitismo”, resume Michel Gherman, professor de história da UFRJ nascido em Israel e tachado de antissemita em um debate na PUC carioca.
O antissemitismo observado nos dias de hoje é uma chaga que teve origem no fim do século XIX, concentrado principalmente na Europa.
As aceleradas mudanças políticas e econômicas da época, um processo repleto de conflitos que iriam descambar em duas guerras mundiais, desagradaram a nacionalistas que, em busca de um bode expiatório, atribuíram os problemas surgidos à minoria religiosa que controlava parte das instituições financeiras — início de uma perseguição movida pela intolerância que culminou no Holocausto e nos 6 milhões de mortos pelas atrocidades nazistas.
A fogueira da islamofobia se acenderia meio século depois,quando árabes começaram a migrar para países europeus em busca de vida melhor. Ela explodiria neste século, em que as imensas levas de imigrantes ilegais, associadas à violência latente nas periferias pobres das grandes cidades, desencadearam um turbilhão antimuçulmano. “O antissemitismo e a islamofobia têm a mesma raiz ideológica e é justamente isso que impede que as duas vítimas se reconheçam em pé de igualdade e possam dialogar”, ressalta Arlene Clemesha, professora de história árabe da USP.
O clima de animosidade entre árabes e judeus se fez presente já na origem dos dois povos: como era comum na convivência das tribos naquela época, as escrituras relatam choques entre os descendentes dos dois filhos de Abraão — Ismael, que viria a formar a nação árabe, e Isaac, tronco do judaísmo.“Os dois povos semitas entraram em conflito por terras já em XVII a.C.”, relata o teólogo Jacir de Freitas, autor de A História de Israel e as Pesquisas Mais Recentes. Apesar dessas diferenças, árabes e judeus repartiram o que é hoje a Palestina com relativa civilidade durante milênios.
O conflito do qual a guerra atual é a mais recente e mais mortífera consequênciatem como ponto de partida as movimentações que resultaram na proposta, apresentada pela ONU em 1947, de divisão da Palestina para a formação do Estado de Israel.
Nacionalistas palestinos e sionistas se mobilizaram contra e a favor da partilha, a Liga Árabe tomou partido e os tiros começaram a ser disparados.
Três guerras entre israelenses e alianças militares árabes, inúmeros e horripilantes atentados terroristas e seguidas revoltas sufocadas a bala e bombas depois, judeus e palestinos vivem no mesmo espaço, mas separados por uma montanha de fúria e desconfiança. “O ódio não é a causa dos acontecimentos históricos, mas sim seu subproduto. Frequentemente políticos e ideólogos incitam esse sentimento para ganhar poder e influência”, ensina Norman Naimark, professor de história da Universidade de Stanford.
Sentimento inerente à condição humana, o ódio se situa entre a raiva e o nojo, duas das seis emoções básicas universais descritas pelo psicólogo americano Paul Ekman. Ambas têm lá sua justificativa: enquanto a raiva pressupõe ação diante de algo percebido como errado ou injusto, o nojo serve para evitar contato com perigos e ameaças — na evolução, manteve humanos longe de comidas venenosas ou estragadas. “Mas a combinação é destrutiva”, explica Robert Sternberg, professor de psicologia da Universidade Cornell. “Seu estímulo provém de narrativas falsas, que convencem as pessoas de que o outro está roubando seus recursos e seu destino.” O psicólogo social Aharon Levy completa: “Em uma situação de ódio entre grupos, cada lado acredita que está moralmente correto, ao passo que o inimigo é imoral e não pode mudar”.
A dinâmica do ódio já serviu de base para episódios estarrecedores de massacres de populações. Em 1995, 8 000 muçulmanos foram brutalmente assassinados por forças sérvias em Srebrenica, na Bósnia e Herzegovina. Um ano antes, os hútus executaram 800 000 tútsis, só por serem tútsis, em Ruanda.
No mais impactante ato de terrorismo jamais visto, dois aviões lotados derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center, em plena Nova York, matando cerca de 3 000 pessoas, todas civis.
Individualmente, o escritor indo-britânico Salman Rushdie passou anos escondido, com a cabeça posta a prêmio por citar o profeta Maomé no romance Os Versos Satânicos.
Voltou a circular e em 2022, mais de três décadas depois, um fanático o esfaqueou.
Sobreviveu, mas perdeu a visão de um olho e teve o fígado perfurado.
Por outro lado, conflitos que pareciam impossíveis de ser contornados deixaram de existir: franceses se reconciliaram com ingleses após séculos de enfrentamentos, japoneses fizeram as pazes com americanos, depois da II Guerra, alemães assumiram a responsabilidade e se penitenciaram pelos crimes nazistas. No sofrido Oriente Médio, resta torcer para que uma brecha se abra e a voz da razão possa um dia ser ouvida.
Publicado em VEJA, edição nº 2867, de 10 de novembro de 2023
O ministro foi afastado, mas sua fala redesenhou a guerra
Numa breve entrevista a uma rádio israelense, o ministro Amichai
Eliyahu, encarregado dos assuntos de Jerusalém, disse que jogar uma
bomba atômica na Faixa de Gaza
é “um caminho”.
Foi logo suspenso pelo primeiro-ministro Netanyahu, e o
líder da oposição, Yair Lapid, pediu sua demissão.
Eliyahu explicou que
falou na bomba “metaforicamente”.
Tudo bem, mas falou. Jogar uma bomba
atômica em Gaza seria maluquice, mas Eliyahu tirou do armário o poderio nuclear israelense.
Para sair da teoria e das metáforas, hoje, num cenário de envolvimento
do Irã na guerra, o quadro seria outro, e todos os envolvidos no
conflito sabem disso.
Desde as explosões de Hiroshima e Nagasaki, em 1945, militares e civis
já cogitaram o uso de artefatos nucleares em campos de batalha.
Entre
1950 e 1968, três presidentes americanos (Harry Truman, Dwight
Eisenhower e Lyndon Johnson) recusaram pelo menos uma dúzia de pedidos
para lançar bombas na Coreia, na China e no Vietnã.
Nessa época, um jovem professor americano chamado Henry Kissinger
despontava com um livro em que discutia o uso de artefatos nucleares com
baixo teor explosivo, como armas táticas.
Pelo lado de Israel,
construiu-se uma história de clarividência, tenacidade e astúcia
diplomática.
David Ben-Gurion começou a tratar da bomba em 1945, logo
depois da explosão de Hiroshima.
Ele era um líder sionista na Palestina,
e o Estado de Israel era apenas uma ideia.
Seu interlocutor era um
jovem cientista que fazia explosivos para combatentes da Haganá.
Em abril de 1948, um mês antes da criação de Israel, Ben-Gurion começou
a recrutar cientistas. Anos depois, aos 29 anos, Shimon Peres tornou-se
diretor do Ministério da Defesa. Ele começaria as conversas com a
França para a construção de um pequeno reator em Israel. Ben-Gurion
seria claro: — Eu quero a opção nuclear.
Em 1957, Peres fechou o acordo para a construção do reator em Dimona,
no Deserto do Negev. Os Estados Unidos desconfiaram desse reator desde a
primeira hora. Em segredo, Israel construiu uma usina subterrânea para o
reprocessamento do plutônio usado no reator.
Sete inspeções de
cientistas e diplomatas americanos não suspeitaram (ou não quiseram
suspeitar) de sua existência.
Em 1967, Israel já tinha dois artefatos. Hoje teria entre 60 e 400.
Seu
uso foi chamado pelo primeiro-ministro Levi Eshkol de “opção de
Sansão”, aquele que destruiu o templo dos filisteus.
Ao contrário da Índia, do Paquistão e da Coreia do Norte,
Israel nega que tenha as bombas. (Em 1969, o presidente Nixon perguntou
a Golda Meir se ela tinha “coisas perigosas”, e ela respondeu que
tinha. Quando Golda ia saindo do encontro, ele lhe disse: “Tome
cuidado”.)
Por décadas, Israel produziu e estocou artefatos nucleares. Seus
desmentidos preservam um segredo de polichinelo. Os inimigos de Israel
cultivam uma ilusão, de que um país se deixará destruir sem usar todas
as armas de que dispõe. Amichai Eliyahu pode ser um radical aloprado,
mas sua “metáfora” reflete a realidade.
Tirando as bombas do armário, ele colocou a discussão da guerra no seu devido patamar. Uma coisa são as operações contra o Hamas em Gaza. Bem outra seria uma expansão da guerra, com uma possível entrada do Irã no conflito. Nesse caso, o risco é outro.
Guerra entre Israel e Hamas é usada para legitimar ódio aos judeus, crime hoje praticado como virtude ‘progressista’
Casa de residentes judeus pichada com uma Estrela de Davi - Foto Geoffrey van Hassel/AFP
Uma loja na maior cidade da Turquia coloca o seguinte cartaz em sua fachada:“É proibida a entrada de judeus” –como se dizia “é proibida a entrada de negros” na África do Sul nos tempos do apartheid, ou nos Estados Unidos na época da segregação racial.
Na capital da Inglaterra,
onde nasceram as ideias centrais da democracia moderna, uma jovem
levanta um cartaz que afirma: “Mantenha o mundo limpo” – e mostra um
cesto de lixo com a Estrela de Davi dentro.
Em Paris a polícia anota
mais de 700 ataques contra judeus e seus símbolos nos primeiros vinte
dias da guerra de Israel contra os terroristas do Hamas e outros grupos da mesma natureza.
Na Alemanha, justo na Alemanha
onde o nazismo produziu o Holocausto, a estrela de seis pontas é
pichada nas paredes de residências e outros imóveis pertencentes a
cidadãos de origem judaica, como aviso: “Aqui tem judeu. Pode quebrar”. O
nome correto disso tudo é antissemitismo. Costumava,
até certo tempo atrás, ser uma das formas mais pervertidas de crime
contra a humanidade. Hoje é praticado como virtude “progressista” e sob o
disfarce de apoio à “causa palestina”.
Leia também: Ditadura dos grupos terroristas em Gaza só sobrevive por causa da guerra
Tão
tóxico quanto esses atos declarados de ódio aos judeus é o
antissemitismo hipócrita que se esconde nas declarações indignadas
contra a reação militar de Israel após as chacinas que sofreu no começo
de outubro.
Sentimentos humanitários são descobertos de repente,
exigindo cessar-fogo por parte do país que foi atacado e cuja única
escolha é atacar de volta para manter-se vivo.
Como na treva nazista,
falsifica-se os fatos, as palavras e os pensamentos para inventar razões
de ordem política e moral que pretendem transformar a selvageria
antissemita numa causa legítima.
Acusam Israel de genocídio, quando quem
prega o genocídio são os inimigos que se propõem abertamente, em seu
programa oficial, a eliminar o Estado de Israel e a jogar 9 milhões de
israelenses “no mar”.
Condenam, também, a reação “desproporcional”
contra os terroristas.
Mas isso só poderia ocorrer se os ataques de
Israel estivessem indo além do seu alvo militar e estratégico – a
destruição do Hamas, que anuncia publicamente o propósito de continuar
atacando o território israelense, até a “eliminação total” do Estado
judeu. O que Israel está fazendo é lutar por seu objetivo legal: a
sobrevivência.
Lamenta-se o veto dos Estados Unidos a uma resolução da ONU que
não admitia o direito de Israel agir em sua própria defesa.
Querem o
quê? Se não fosse o direito de veto, a ONU já teria aprovado uma dúzia
de vezes a extinção de Israel; na verdade, ela própria já não existiria
mais. Não é racional. Mas o antissemitismo também não é.
Os
militares israelenses afirmaram em um post no Telegram que atingiram
vários alvos e ‘operaram para preparar o campo de batalha’, sem oferecer
detalhes
Os
militares apontaram em um post no Telegram que atingiram vários alvos e
“operaram para preparar o campo de batalha”, sem oferecer detalhes. A
Rádio do Exército de Israel descreveu a ação como a maior incursão da guerra até o momento.
Um
vídeo da ação durante a noite divulgado pelo exército mostra veículos
blindados avançando por uma zona de fronteira arenosa. Um trator de
esteira é visto nivelando parte de um banco elevado, tanques disparam
projéteis e explosões são vistas perto ou no meio de uma fileira de
prédios danificados.
Discurso Em um discurso televisionado na noite de quarta-feira, Netanyahu não forneceu detalhes sobre o escopo de uma possível invasão terrestre e disse que o momento seria definido pelo gabinete de guerra do país.
Mas ele prometeu que Israel cobraria um preço pela incursão de 7 de outubro, que resultou no massacre de mais de 1.400 pessoas.
“Estamos
nos preparando para uma incursão terrestre. Não vou detalhar quando,
como ou quanto. Também não especificarei o conjunto de considerações que
levaremos em conta”, disse Netanyahu. “Quando entrarmos em Gaza,
faremos com que o Hamas pague o preço por seu ataque”.
Alguns
israelenses disseram que Netanyahu deveria renunciar por causa das
falhas de inteligência e segurança que expuseram Israel ao ataque. Em
seu discurso, Netanyahu deu a entender a questão, mas não chegou a
assumir a responsabilidade direta. “Esse
desastre será totalmente investigado”, disse ele. “Todos precisarão dar
respostas - inclusive eu mesmo. Mas tudo isso só acontecerá depois da
guerra.”
Por que Israel ainda não invadiu Gaza? Há 19 dias, as tropas terrestres e os tanques israelenses estão de prontidão, parados nos campos empoeirados ao redor de Gaza. Sua missão declarada: invadir o enclave costeiro palestino e destruir as capacidades militares do Hamas, o grupo terrorista islâmico, e sua capacidade de governar o local.
Mais
de duas semanas depois que centenas de terroristas do Hamas
atravessaram a fronteira com Israel, matando mais de 1.400 pessoas, a
maioria civis, e levando mais de 220 reféns para Gaza, israelenses se
perguntam: o que o governo está esperando?
Várias
explicações foram apresentadas. Os Estados Unidos têm pressionado
Israel a esperar para dar mais tempo às negociações com os reféns e às
entregas de ajuda humanitária, e para que mais recursos militares dos
EUA sejam enviados para a região.
A
mídia israelense está repleta de relatos de diferenças dentro do
governo e entre a liderança política e os militares. Acredita-se que o
primeiro-ministro Biniamyn Netanyahu, que há muito tempo é visto como
cauteloso em relação a aventuras militares, ainda esteja decidindo
quando - ou se - irá em frente.
O clima de brigas internas, paralisia e caos é tão generalizado queNetanyahu, seu ministro da Defesa, Yoav Gallant -
que Netanyahu tentou demitir em março - e o chefe do Estado-Maior das
Forças Armadas, o tenente-general Herzi Halevi, emitiram uma declaração
incomum em tempos de guerra na noite de segunda-feira, assegurando a um
público traumatizado que os três estavam “trabalhando em estreita e
total cooperação, 24 horas por dia, para levar o Estado de Israel a uma
vitória decisiva” e professando “confiança total e mútua” entre eles.
Em
seguida, eles apareceram juntos antes de uma reunião de segurança e
fizeram mais declarações - sem dar nenhuma pista sobre o momento de uma
invasão terrestre. A
demonstração de unidade ocorreu um dia depois que o Contra-Almirante
Daniel Hagari, o principal porta-voz militar, disse em um briefing
televisionado que o exército estava aguardando o sinal verde do escalão
político para invadir Gaza.
Com
a urgência pública inicial para uma invasão terrestre parecendo ter
diminuído, os partidários de Netanyahu iniciaram uma campanha para frear
a invasão, divulgando um vídeo produzido anonimamente nas mídias
sociais, pedindo que as vidas dos soldados sejam colocadas em primeiro
lugar, dando mais tempo para a força aérea destruir o traiçoeiro sistema
de túneis do Hamas antes que as tropas entrem em Gaza. Alguns
comentaristas disseram que isso poderia significar nunca, já que
provavelmente seria impossível destruir todos os túneis pelo ar.
Irrefutavelmente, não existe nada de bom em uma guerra, seja qual for.
No entanto, como judeu, não posso negar que o fato de as “máscaras estarem caindo”, traz-me certo lenitivo.
Mesmo em uma
era da hiprocrisia, do cinismo, da horrorosa reprovação da virtude, do
farsante grito de guerra dos direitos humanos, diria eu desumanos, e da
intransigente, mas ideologizada “defesa dos grupos minoritários” (sem
dúvida alguma exceto dos judeus), o escancaramento do antissemitismo é
avassalador e vergonhoso.
Nem mesmo durante o sanguinário período nazista, bebês, crianças e mulheres, foram assassinados de forma tão bestial.
Para o
sadismo e o delírio de verdadeiros nazistas, de sectários ideológicos da
esquerda da destruição e, claro, de uma gigantesca massa de
antissemitas enrustidos, os requintes de barbárie e de selvageria dos
terroristas do Hamas foram curtidos abissalmente. E com honras… Não importava
se bebês estivessem sendo degolados, jovens que participavam de uma
festa pela paz e o amor fossem fuzilados, e mulheres e idosas raptadas
fossem estupradas e queimadas vivas.
Triste, porém eu faço uso daquela popular expressão: “Eu já sabia!”.
É nauseante
ver e ouvir esses hipócritas e farsantes, apologistas dos direitos
(des)humanos, arrotarem mentiras, proselitismos e sentimentalismos
baratos.
Eu tenho nojo
de“bondosos vermelhos” que afirmam não estarem contra os judeus, mas
sim defendendo a causa palestina.
Que causa é essa que mata bebês,
crianças e mulheres, sanguinariamente?!
Que demanda é essa?!
Eu tenho verdadeiro asco desses impostores, pregadores do “ódio do bem”, genuínos antissemitas, declarados e/ou enrustidos.
O que eu
constato a olhos nus, num contexto de selvageria contra os judeus, é o
aumento e/ou o acordar de um antissemitismo bárbaro, ao invés da total
condenação do massacre desumano de judeus.
Realmente
tenho vivido momentos de angústia e perplexidade.
Evidente que eu sei
que há animais, em vez de seres humanos, porém, afloraram sentimentos e
percepções escondidas em gente que, anteriormente, já tinha seu lugar no
céu reservado. Isso é que é realmente um horror!
Ao invés de
solidariedade ao massacre judeu, o que se tem, factualmente, é um grito
antissemita cada vez mais estridente. Isso que estamos longe do Oriente
Médio, embora o sectarismo religioso e ideológico, lógico, ocorre no
mundo todo.
Estou em Cuba
do Sul, e por aqui tenho que ouvir bastardos estúpidos afirmarem
mentiras e asneiras do “wishful thinking” canhoto.
Claro que eu
já sabia de que lado “esse presidente brasileiro” e a trupe petista e
assemelhados, estariam posicionados: a favor do massacre de civis
inocentes, afinal, são judeus. Enquanto
isso, os israelenses fazem o impossível, em Gaza, para poupar vidas
humanas de civis palestinos. Não há retórica, são os fatos.
Sinceramente, não me impressiona o aumento do antissemitismo. Na
verdade, nem se trata de aumento, mas objetivamente, apenas de uma
revelação.
Repito, eu já sabia dos ânimos nazistas de grande parte da turma esquerdista.
O que me
causa asco, é o “silêncio dos inocentes”, verdadeiros antissemitas
enrustidos, que salivam por entre os dentes caninos a cada causa de
minorias identitárias e/ou dos direitos (des)humanos.
Evidente que os judeus estão fora “dessas”.
Nós, o povo judeu, sabemos que sentimentos e ações antissemitas sempre existiram, tentando nos destruir.
Tragédias contínuas, por décadas, seguem afligindo Israel e
suas fronteiras difíceis. Agora temos o caso do hospital atingido.
Segundo as últimas versões, satélites e drones dizem que não foi um
míssil, mas um foguete que veio da artilharia palestina. O foguete é
burro, atinge quem quer que seja; se estiver mal carregado, se a carga
propulsora tiver algum defeito, ele cai pelo caminho. Este foguete teria
caído no estacionamento de um hospital com 80 leitos, e matou muita
gente. Consta também que o hospital não foi destruído; a capela do
hospital é que teria recebido o impacto. Não se sabe até agora quantos
mortos houve. Mais uma tragédia, atingindo civis, pessoas que não
participam da guerra como soldados.
Entre as vítimas do lado israelense, agora se descobriu o caso de Celeste Fishbein,
israelense filha e neta de brasileiros. Ela tem 18 anos, mas não servia
o exército de Israel; o corpo dela estava cheio de estilhaços de
foguete, na zona de Gaza. Foi atingida no kibutz onde
trabalhava cuidando de crianças. Foi sequestrada como refém e
assassinada depois.
Não sei por quais torturas ela pode ter passado, já
vimos tantas... Não é a primeira vez que a família sofre com o
terrorismo; a tia de Celeste mostrou que, em 2001, foi vítima de um
atentado suicida numa pizzaria em Israel que matou 18 pessoas, inclusive
o marido da tia. Ela ficou 17 dias no hospital.
Câmara quer saber por que diplomacia brasileira está poupando o Hamas A Comissão de Relações Exteriores da Câmara está convidando o Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro de facto, Celso Amorim, que é o autor da política externa brasileira e assessor de Lula para assuntos internacionais, uma espécie de Marco Aurélio Garcia. A Câmara quer que eles expliquem as posições brasileiras, como o pedido de cessar-fogo, que os Estados Unidos e o Conselho de Segurança da ONU recusaram. Primeiro o Hamas ataca; quando Israel vai revidar, o Brasil pede cessar-fogo.
Relatório de Eliziane Gama na CPMI não surpreendeu ninguém Na quarta-feira, no Congresso, a principal notícia foi a aprovação do relatório da senadora Eliziane Gama,que todo mundo dizia já estar pronto desde o primeiro dia da CPI.
O texto foi aprovado por 20 votos a 11: os 20 governistas se juntaram,enquanto 11 estão votando um relatório paralelo de 400 páginas pedindo o indiciamento de Lula, de Flávio Dino e de Gonçalves Dias.
O relatório de Eliziane Gama tem 1,3 mil páginas e pede o indiciamento de pessoas que nem foram ouvidas.
Como é que alguém pode ser acusado de alguma coisa se não é sequer ouvido?
O ex-presidente Jair Bolsonaro, os generais Luiz Eduardo Ramos, Paulo Sérgio Nogueira (que foi ministro da Defesa) e Freire Gomes (que foi comandante do Exército), o almirante-de-esquadra Almir Garnier (que foi comandante da Marinha).
Não ouviram nem a deputada Carla Zambelli, que está ali na mesma casa. Não sei se tiveram medo de ela pintar e bordar, porque ela é muito eloquente, tem uma boa verve.
O general Augusto Heleno, por exemplo, saiu de lá coroado.
Tudo
isso vai agora para a Procuradoria-Geral da República decidir o que
fazer.
Eliziane Gama afirma no relatório, ao pedir o indiciamento de
Bolsonaro, que ele foi o autor moral e intelectual da depredação nas
sedes dos três poderes.
Bolsonaro foi intimado a depor na Polícia
Federal; foi até a sede da PF, mas não depôs,
explicou que os advogados apresentariam a defesa por escrito. Acharam
em celulares de apoiadores uma referência a “PR Bolsonaro 8”, que seria
uma convocação para as manifestações do dia 8. Mas como ele vai
responder pelo uso do nome dele em celulares? Bolsonaro disse aos
jornalistas: “apontem uma ação minha que tenha sido fora da
Constituição”.
Além disso, o Supremo não é o juiz natural para este
caso; é a primeira instância.
"Neste mundo eu também reparei o seguinte: no lugar onde deviam estar a
justiça e o direito, o que a gente encontra é a maldade".
A constatação
está inserida no livro de Eclesiastes, ou "o sábio".
Como se vê,
justiça e direito sempre estiveram presentes (ou ausentes) no cotidiano
dos povos, seja na vida nos antigos povos nômades (os sumérios, entre
eles), seja nas mais complexas civilizações que os sucederam pelo tempo.
Sem o mínimo de justiça e direito, o que temos é exemplo típico das
mais desaforadas e cruéis tiranias.
Onde se fizeram implantadas e
respeitadas, foram erigidas civilizações exemplares e evoluídas, em
democracia e nas liberdades individuais (a partir da Grécia antiga).
Estes povos,
no fim das contas, nos transmitiram a verdadeira forma de convivência do
Estado com o indivíduo. Neles, ao Estado coube o estrito papel de lhes
garantir unicamente o direito à vida e às liberdades.
A busca da
felicidade, a maneira de conduzir a vida é de estrita alçada de cada um
de nós. Até neste item está implícito o chamado livre arbítrio bíblico,
que nos faz criaturas únicas diante de nossos parceiros, os animais.
Tudo na vida
tem o seu tempo. De amar e de odiar; de calar ou falar. Também há o
tempo de paz e o tempo de guerra. Os exemplos históricos aí estão,
claros, evidentes, cristalinos. Nossa paz nos foi tirada, nossos sonhos
catapultados e lançados no rol das impossibilidades e nossos valores,
vilipendiados e desonrados.
Haveria
outros mais motivos para apontar que é chegado o tempo de guerra?
Que
sonhamos viver na paz, essa é a verdade, mas que isso jamais fez parte
dos planos de nossos líderes que nos querem escravizar e tornar
criaturas indignas do próprio e intransferível bem viver?
Que para eles
sequer a paz e, muito menos, as liberdades as merecemos verdadeiramente?
Vamos continuar dando chances para os inimigos nos condenarem a uma
vida de medo, total submissão e desonra?
No mesmo
livro acima referido há um versículo que bem se adapta aos Brasil de
hoje. Ei-lo: "Tenho visto escravos andando à cavalo e príncipes andando a
pé como se escravos fossem".
Até quando vamos nos conformar em ser
príncipes e escravos ao mesmo tempo?
E permitir, sem esboçar reação
digna de gente sábia e livre, que tolos continuem a comandar os destinos
de nossas vidas e de uma nação inteira?
Como em geral acontece no programa de volta ao mundo do presidente Lula e de sua mulher, algum alto assessor analfabeto em aritmética lhe passou, nesta sua última viagem para a conferência dos BRICS, mais um número assombroso para o conhecimento da humanidade. Lula, é claro, repetiu direto. “Os BRICS representam 36% do PIB mundial”, disse ele, com o orgulho de quem está revelando uma extraordinária vantagem para o Brasil –
ou como se o Brasil fosse sócio proprietário dessa dinheirama toda.
Que beleza, não é? Não, não é. Na verdade, não é nada. Os BRICS podem ter tantos por cento do PIB mundial quanto lhe dizem, e Lula pode achar que isso faz dele um grande estadista mundial, mas o Brasil não tem nada a ver com o PIB dos BRICS.
Cada um tem o seu; não pode mexer no dos outros. Também não tira proveito nenhum da soma total.
Os 36% anunciados por Lula, mesmo que a cifra esteja correta, são uma porcentagem – e uma porcentagem é algo perfeitamente inútil enquanto o sujeito não sabe quantos desses “por cento” cabem a ele.
No caso, o número que interessa é o seguinte: o PIB mundial é de 95 trilhões de dólares, e o do Brasil não passa de 2 tri - o que não chega nem perto do valor de mercado da Apple.É esse o tamanho real do país; não fica maior porque se senta, de vez em quando, na mesa da China, ou da Índia ou de quem quer que seja.
O fato é que o Brasil, em matéria de PIB per capita, está no 79º. lugar numa lista de 192 países pesquisados pelo FMI – abaixo da Guiné Equatorial, do Panamá e coisas parecidas.
O PIB da China é de 18 trilhões de dólares?Sim, mas é da China, e não do governo Lula.
Da mesma forma, o “Banco dos Brics”, do qual o presidente não para de falar, não é uma estatal brasileira. Tem mais quatro sócios, e sua função é financiar obras de infraestrutura – e não dar dinheiro para pagar a dívida da Argentina, como Lula quer.
Não adianta nada enfiar Dilma Rousseff na presidência do banco; não é assim que funciona. Enfim, os BRICS não tomam decisões econômicas em conjunto; é cada um por si. A China não tem nenhuma obrigação de adotar medidas iguais às da Rússia, ou compatíveis com elas;
a Índia não administra sua economia segundo as decisões da China, e assim por diante. Imagine-se, então, se algum dos BRICS está preocupado em se alinhar com o ministro Haddad.
É esse o tamanho real do país; não fica maior porque se senta, de vez em quando, na mesa da China, ou da Índia ou de quem quer que seja
Lula, naturalmente, aproveitou também esta viagem para engordar a sua crescente lista internacional de declarações cretinas;quase nunca vai e volta sem trazer alguma novidade. Desta vez, disse que o Conselho de Segurança da ONU, no qual o Brasil quer entrar de qualquer jeito, “não faz a paz, faz a guerra”.É falso: o CS da ONU nunca fez uma guerra.
É, também, uma maneira especialmente idiota de apresentar a candidatura do Brasil.
Lula acha que vai entrar no clube xingando a mãe da diretoria.
Com a matança, a polícia paulista se aproxima do empate com as baixas que sofreu no ano passado na guerra com o crime organizado [na luta da Polícia contra o crime o ideal é que não haja nortes - os bandidos sejam presos vivos - mas, havendo mortes, o empate é inaceitável = o número de bandidos mortos tem que ser bem superior ao de policiais feridos ou mortos = os policiais são parte da sociedade que clama por segurança.]
Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, acha que “não existe combate ao crime sem efeito colateral”. Foi como traduziu — e justificou — o banho de sangue na Baixada Santista.
São Paulo é o Estado com recorde de mortes de policiais civis e militares em situação de confronto: foram 7 vítimas em 2021 e 17 mortos no ano passado — aumento de 148%, informa o recém-lançado anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Com a matança na Baixada Santista (14 mortos na contagem até à noite desta terça-feira), a polícia paulista se aproxima do empate com as baixas que sofreu no ano passado na guerra permanente contra facções do crime organizado.
A lógica do governador aplicada à situação permite outras leituras. Uma é a da licença para matar — a revanche da matança sempre é ilegal, mas eventualmente palatável à liderança em zonas “especiais” de combate, como no Haiti, por onde o governador passou quando servia como engenheiro ao Exército brasileiro na missão da ONU.
[ Nossa Opinião: o ilustre jornalista, certamente mais um da esquerda a favor de bandidos esquece que as mortes havidas esta semana na Baixa Santista e no Rio, alcançaram bandidos perigosos e bem armados.
Alguma pessoa sensata, capaz de pensar, acha que bandidos armados com tal poder de fogo, vão se render para policiais?]
Outra interpretação possível é a da incapacidade do comando de organizar, planejar e realizar a captura dos assassinos de policiais, acusá-los com as provas necessárias e obter a condenação em julgamento. Quando acontece aumentam as chances de um “efeito colateral” mais duradouro — a afirmação do Estado, no exercício do monopólio da força, como provedor de lei e ordem na proteção comunitária.
Dá trabalho, exige sangue frio da liderança da tropa armada, civil ou militar. Mas, como Tarcísio sabe, até pelo exemplo de alguns dos seus antecessores no Palácio dos Bandeirantes, essa é a rota mais longa e acidentada para se obter reconhecimento num eleitorado fatigado pela rotina de violência do crime organizado em confronto permanente com uma polícia desregrada.
Os efeitos colaterais no campo de batalha da Baixada Santista foram uma escolha do governador paulista. Na política, a força costuma suprir a escassez de inteligência.
Enquete: você concorda com o encerramento das escolas cívico-militares?
Programa de escolas cívico-militares estava em mais de 200 escolas e era a principal aposta da gestão Bolsonaro para o ensino básico.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo Lula fechou a rede de escolas cívico-militares criada no governo anterior. Eram 200 escolas, com 190.000 alunos, que, segundo o Ministério da Educação, serão “reintegradas” à rede pública de ensino; pelo que deu para entender, os estados que quiserem manter esse modelo podem continuar com as escolas que têm hoje, desde que utilizem os seus próprios recursos financeiros para operá-las. [ATÉ ONTEM,13 estados e o DF informaram que o programa seria continuado; nos parece que mais uma vez o EXCESSO DE FALTA DE INTELIGÊNCIA do atual governo, e a sanha doentia de destruir feitos do governo Bolsonaro, faz com que cometam estupidez do tipo da sob comento.]
Não se trata dos tradicionais colégios militares, onde o programa de ensino é planejado e executado pelas Forças Armadas, e os alunos procuram qualificar-se para a carreira militar.
São escolas onde as aulas são dadas por professores da rede pública de ensino e oficiais da reserva cuidam da parte operacional.Ninguém, naturalmente, era obrigado a estudar nelas; só se matriculava quem queria ir para lá.
O governo Lula, nos seis meses de atuação que teve, tornou-se notável por sua capacidade de destruir tudo o que vem do governo passado.
Numa sociedade aleijada pela qualidade indecente do ensino publico – que funciona, basicamente, como uma imensa usina destinada a fabricar analfabetos funcionais – é realmente extraordinário que o governo feche um programa educacional.
Quais seriam os problemas concretos e objetivos que as escolas cívico-militares estariam causando para o Brasil?
Por acaso os alunos que se formam ali saem dos cursos sabendo menos que os outros?
Há alguma comprovação pedagógica, e séria, de que o programa prejudicava a aquisição de conhecimento pelos estudantes, ou lhes ensinava coisas erradas? Não há nada disso. [o mais grave é que sendo um ignorante e analfabeto funcional, o atual presidente não tem a menor condição de avaliar qualidade de ensino e seu ministro da Educação em uma das primeiras entrevistas, após ser nomeado, teve dificuldades com uma conta de somar = aritmética básica.]
É claro que foram apresentados os vereditos dos “especialistas” de sempre – esses mesmos militantes políticos que são responsáveis pelo ensino público que está aí, e que é internacionalmente avaliado como um dos piores do mundo.
Naturalmente, condenam o sistema que foi desativado.
Mas qual o valor das suas sentenças de condenação? Nenhum.
O MEC divulgou uma “nota técnica” na qual, basicamente, justifica o que fez dizendo que faltava às escolas cívico-militares “coesão” com o “modelo didático-pedagógico” em vigor hoje no ensino brasileiro.
Que raio de “modelo” é esse, que leva cerca de 40% dos universitários do Brasil a se formarem como semianalfabetos?
O governo Lula, nos seis meses de atuação que teve, tornou-se notável por sua capacidade de destruir tudo o que vem do governo passado; parece ser, até, a sua única estratégia para administrar o país. Só nesta área, a da educação pública, já está em guerra aberta contra a reforma do ensino médio, aprovada por lei do Congresso Nacional.
A lei incentiva o aprendizado da matemática e demais ciências exatas, e os sindicatos de professores, obviamente, não querem essa mudança essencial para a melhora da escola pública.
Ao mesmo tempo, o governo demonstra uma incapacidade igualmente extraordinária para construir o que quer que seja.
Não conseguiu, até agora, entregar ao pagador de impostos uma única obra – nem um abrigo de ônibus em beira de estrada.
O presidente não fica no Brasil. Seus ministros só fazem declarações – e nomeações, é claro.Num país em que o infeliz que ganha 2.000 reais por mês já tem de pagar imposto de renda, aumentam a carga tributária, em vez de reduzir.
É a democracia estilo Lula, STF, Polícia Federal, Exército, Sérgio Cabral e tudo o mais que se vê por aí.