Ministro argumentou que partido não tem legitimidade para acusar alguém perante o Supremo
O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou nesta terça-feira o pedido do deputado Raul Jungmann (PPS-PE)
para que a presidente Dilma Rousseff fosse investigada na operação
Lava-Jato. O nome de Dilma foi citado pelo ex-diretor da Petrobras Paulo
Roberto Costa em depoimento. Segundo ele, o ex-ministro Antônio Palocci
o procurou para pedir dinheiro para a campanha da petista em 2010.
Mesmo citada em depoimento, Dilma ficou fora da lista de suspeitos elaborada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele não pediu para ela ser investigada pelo STF porque a Constituição Federal proíbe a abertura de processo contra presidente da República por fato anterior ao exercício do mandato.[INVESTIGAR é bem diferente de PROCESSAR. Arruma outra desculpa Janot para não contraria a Dilma, essa não cola.]
Segundo a petição de Jungmann, “informações repassadas por delatores da Operação Lava Jato dão conta de que Dilma sabia da corrupção na companhia e também de que sua campanha foi abastecida com dinheiro público desviado da Petrobrás em 2010”. A ação chegou ao STF na última sexta-feira.
No dia 6, Zavascki abriu 25 inquéritos contra 49 suspeitos de participar das fraudes à Petrobras. Na semana passada, Janot enviou ao STF mais um pedido de inquérito, contra o senador Fernando Bezerra (PSB-PE). O ministro abriu, então, a 26ª investigação da Lava-Jato no tribunal.
Fonte: O Globo