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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Bolsonaro e Trump

Duas zebras políticas assombram esquerdistas de todos os quadrantes - desde falsos cientistas políticos passando por diplomatas ociosos, russófilos acanalhados, figuras tidas como “notáveis”, cretinos da fauna acadêmica, palpiteiros auto-intitulados “progressistas”, até ativistas digitais bem remunerados e – mais uma vez – a tropa de choque atuante no seio da mídia amestrada. As zebras que vêm levando essa gente ao pânico, mais do que isto, ao desespero paranóico, são, de forma crescente, Jair Bolsonaro e Donald Trump – os dois, respectivamente, candidatos à Presidência do Brasil e a dos Estados Unidos. 

Na América, desde que anunciou sua candidatura pelo Partido Republicano, Trump sofre campanha sistemática de jornais tendenciosos, à esquerda, como, por exemplo, os falidos New York Times e Washington Post – tudo, de resto, sem maiores consequências pois, na prática, na medida em que recebe ataques infamantes da mídia amestrada (sempre a serviço das teses dissolutas da ONU imperial), cresce a adesão dos norte-americanos pelo candidato conservador, infenso ás habituais manipulações dos jornalões esquerdistas. 

(A própria resistência da cúpula republicana, constituída por políticos profissionais e da qual Trump recebia oposição, curvou-se sem apelo diante da vontade inelutável do candidato, confirmada por mais de 1.237 delegados que abriram caminho para sua ascensão à Casa Branca. Um militante do Washington Post, stalinista enrustido tipo Arnaldo Jabor, teve de engolir aos pedaços artigo de jornal em que garantia a derrota do magnata nas primárias do Partido Republicano). 

Donald Trump não surgiu de graça na vida americana. Nem ficou famoso só porque ganhou status de celebridade num programa televisivo da NBC ou ainda por força do noticiário sensacionalista em torno dos seus casamentos com modelos de renome e beleza. Antes pelo contrário – ele tornou-se personalidade global durante os anos 1970, quando revolucionou o mercado imobiliário dos Estados Unidos, investiu forte na indústria do entretenimento e publicou vários livros ensinando às pessoas a arte de negociar e, óbvio, ganhar dinheiro. 

O que, no entanto, fez de Donald Trump um candidato praticamente imbatível, numa América destruída, materializa-se hoje na crescente confiança formada no eleitorado de que ele representa a viabilidade de uma liderança política comprometida com a ordem, a segurança, a competência e o valor individual - exatamente o inverso do encenado pelo impostor Barack Obama, eterno locutor de teleprompter, figura de passado nebuloso, filho bastardo de um incerto Frank Marshall Davis (tido pelos comparsas como comunista de fancaria). 

Detalhe importante: numa América plenamente restaurada seria factível julgar – e condenar Obama por crime de alta traição. Até agora suspeito de ter nascido no Quênia, este mulçumano enrustido abriu as portas do mundo para o terrorismo islâmico obcecado pelo projeto de um califado universal, tornou a Líbia um charco de sangue, elevando, depois, criminosamente, os irmãos Castro à categoria de “agentes do diálogo democrático”, mesmo quando os dois confessos tiranos, desmentindo-o, esfregaram na cara do mundo que jamais mudariam o regime ditatorial da Ilha Cárcere.

Por sua vez, em âmbito interno, sob o jugo do finório Obama, os Estados Unidos padecem, entre outras mazelas, com as persistentes taxas de desemprego, a violência, o medo coletivo e a insegurança ampliadas pelo livre trânsito do terror mulçumano (para não mencionar o narcotráfico correndo solto pelas fronteiras do México e o tráfico indiscriminado de centenas de pessoas que procuram diariamente cruzar as fronteiras da Califórnia pelas mãos criminosas de coiotes que vendem aos latinos um Sonho Americano que não mais existe).  

Donald Trump é um conservador que pretende restaurar para os americanos o conceito de Nação, perdido na caudal do “politicamente correto”, sinônimo da liberação da droga, da descriminalização do aborto, da pedofilia, do controle de armas, da permissividade gay, da avalanche imigratória e do multiculturalismo que aspira liquidar com os princípios da civilização ocidental e cristã e os conceitos de Deus, pátria e família. Tudo isto para impor um mundo plasmado no ódio, no terror e na esculhambação geral. 

Em âmbito interno, há um típico caso de manipulação comunista: Jair (Messias) Bolsonaro, em que pese ser o deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro – inequívoca expressão da vontade eleitoral fluminense –, vê crescer uma onda persecutória contra sua figura, considerada “polêmica” pelo ativismo vermelho.  Antes de tudo, impõe-se a pergunta: “figura polêmica” por quê? Como é fácil comprovar à luz de sucessivas pesquisas de opinião e de incontáveis referendos, todas as proposições políticas defendidas pelo deputado Bolsonaro são encampadas - em gênero, número e grau - pela maioria da população brasileira. 

Com efeito, no debate, a redução da maioridade penal, por exemplo, ou mesmo o voto em favor da livre comercialização de armas e munição (cerca de 63,94 % dos brasileiros rejeitaram sua proibição), bem como a cabal condenação do aborto, do casamento gay (e a consequente adoção de filhos por homossexuais), da liberação da droga, da pedofilia, das cotas raciais, das invasões de terras etc., são posturas políticas aclamadas pelo povo brasileiro, sabidamente de espírito cristão e natureza conservadora. 

Em assim sendo, outra pergunta se impõe: por qual razão as esquerdas, principalmente suas facções intoxicadas pelas mistificações do marxismo-leninismo e do maoísmo genocida, exatamente aquelas que levaram o País para o buraco negro da corrupção se lançam, numa caçada virulenta, contra o corajoso Bolsonaro? A resposta é elementar: porque o deputado, pré-candidato à presidência da República pelo Partido Social Cristão (PSC), contabiliza aproximados 9% nas pesquisas de intenção de votos. E, com isso, pode representar uma dura ameaça à falsa hegemonia das esquerdas nas próximas eleições. Neste diapasão, posta em marcha a campanha de 2018, restará ao leitor considerar seriamente as “propostas de direita” – que, no fundo, são suas – levantadas por Jair Bolsonaro. E, claro, elegê-lo. 

Sim, o temor da esquerda não é gratuito. Por exemplo: bem medido e pesado, entre Lula e Bolsonaro não há comparação possível. De fato, Lula não passa de um analfabeto primário, cangaceiro político de maus bofes, identificado como chefe de uma gang partidária que saqueou o Brasil por décadas, levando-o à completa falência econômica, política e moral. 

O mesmo não se pode dizer de Bolsonaro. Ele é alfabetizado, com curso superior, ex-integrante do Exército Brasileiro, parlamentar honesto, destemido e experiente. (A propósito: é bom ver na internet, em sessão da Câmara, uma lúcida intervenção de Bolsonaro. Nela, o deputado denuncia manobra clandestina feita nos porões do Planalto, em que Dilma Rousseff, acolitando comunistas da DGI cubana e membros do Foro de São Paulo, trama a expulsão do Paraguai do bloco Mercosul. Quem quiser é só ver: a denúncia, ainda no ar, é irrefutável). 

No momento, em seu fanatismo fundamentalista, os comunistas pretendem acuá-lo apelando para o Conselho de Ética da Câmara sob o pretexto de que na votação do impeachment de Dilma ele enalteceu a figura do denegrido Cel. Brilhante Ustra - que, a bem da verdade, nunca foi preso ou, em última instância, condenado.

Outra facção da esquerda demofóbica, num arroubo canalha, quer que a ala aparelhada do STF (nomeada na era petista) condene o deputado por “incitação ao estupro”. É dose. Antes, no entanto, seria de bom alvitre colocar Lula por por trás das grades. Como se sabe, o líder do PT, denunciando-se como tarado,   confessou ao companheiro César Benjamim ter tentado por várias vezes violentar na prisão um membro de organização esquerdista, a quem se referia na sua fala como o “menino do MEP”. Segundo narra César Benjamim (Folha de São Paulo, 27/11/09), Lula ficou surpreso com a resistência do “garoto”, que o enfrentou “aos socos e cotoveladas”. 

PS - Um dos fundadores da Escola de Frankfurt, Willi Muenzenberg, afirmou nos anos 1930 que o principal objetivo do marxismo cultural era fazer do Ocidente um espaço “tão corrupto quanto podre”. Se há dúvida, basta olhar a ação dessa gente para se perceber que, no Brasil, tal objetivo foi ou está para ser atingido.

(Imagem: Comunidade 'Bolsonaro no Brasil e Trump nos EUA)


Ipojuca Pontes
cineasta, jornalista, e autor de livros como 'A Era Lula', 'Cultura e Desenvolvimento' e 'Politicamente Corretíssimos', é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi Secretário Nacional da Cultura.