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domingo, 24 de julho de 2022

Coleção de gafes de Biden coloca idade do presidente dos EUA em discussão - Folha de S. Pauloo/UOL

 Nas últimas semanas, democrata caiu de bicicleta, errou leitura de teleprompter e disse ter câncer 

"É por isso que eu e muitas pessoas com quem cresci tem câncer", disse o presidente Joe Biden, no meio de um discurso sobre a crise climática, na quarta (20). Pouco depois, já havia questionamentos nas redes: o presidente admitiu que está com câncer? Foi um ato falho? Ou só mais uma confusão feita por ele? 
 A Casa Branca logo esclareceu que o democrata falava sobre o passado: ele teve câncer de pele há alguns anos, já curado, e não está mais com a doença. Mas a história viralizou e chegou aos programas de TV. "Joe Biden chocou o mundo ao anunciar, sem aviso algum, que tem uma doença potencialmente fatal", disse Tucker Carlson, no canal Fox News, na quinta (21). "Tem sido uma semana difícil. Na quarta, câncer. Na quinta, coronavírus. Amanhã será a varíola dos macacos", ironizou o apresentador conservador, misturando as informações reais --o presidente americano contraiu Covid-- com o falso alerta de câncer.

Desde a campanha de 2020, republicanos puxados por Donald Trump caracterizam Biden, 79, como senil e confuso, ou seja, inapto ao cargo. Assim, gafes e falhas do democrata viram munição para reforçar essa narrativa, num ambiente de desinformação no qual a distância entre fatos e distorções é cada vez menor.

Nas últimas semanas, Biden registrou escorregões em ao menos outras duas oportunidades. No dia 18 de junho, um sábado ensolarado, o presidente saiu para pedalar. Ao ver um grupo de pessoas, desacelerou e, ao tentar parar a bicicleta de vez para falar com elas, desequilibrou-se e caiu em frente às câmeras. A queda fez muitas pessoas postarem fotos e vídeos caindo de forma parecida, com a hashtag #Bidening.

Em 8 de julho, Biden fez um discurso na Casa Branca sobre o direito ao aborto. Ao ler um teleprompter, disse: "Fim da frase. Repita a linha", uma orientação que obviamente não era para ser dita em voz alta. 

Assim como no caso do câncer já curado, a Casa Branca teve de correr para corrigir declarações fortes do presidente, como quando foi à Polônia e disse que o líder russo, Vladimir Putin, "não pode continuar no poder". No Japão, prometeu uma resposta militar à China no caso de uma invasão à ilha de Taiwan.

Há também situações deturpadas. Em um vídeo, o presidente aparece, após um discurso, estendendo a mão para cumprimentar uma pessoa --mas não há alguém ali. A gravação, na verdade, é fruto de edição de um registro do democrata na Carolina do Norte, num palco com apoiadores. Vídeos de outros ângulos mostram Biden estendendo a mão para saudar a plateia --ele repetiu o gesto em outras direções.

Durante a viagem a Israel, há duas semanas, a situação se repetiu: ele termina o discurso e aponta para a cadeira onde iria se sentar, mas um corte rápido gera a impressão de que ele tenta cumprimentar o vazio.Em outro vídeo, nem edição há. Capturada a certa distância, a cena exibe Biden homenageando um veterano de guerra com a Medalha de Honra. Na narrativa falsa, em vez de o presidente colocar a láurea no peito do ex-militar, ele teria colocado ao contrário, nas costas. Fotos desmentem o suposto erro.

A oposição busca associar as falhas à idade de Biden, o presidente mais velho a assumir o país em um primeiro mandato. Ele fará 80 anos em novembro e não descarta concorrer à reeleição em 2024. Caso reeleito, pode terminar o segundo mandato aos 86. Pesquisa publicada no início de julho pelo New York Times com o Siena College mostra que, para 33% dos eleitores democratas, a idade é a principal razão para preferir um outro candidato daqui a dois anos. O desempenho no cargo vem em seguida, com 32%. 

 Pior: 94% dos democratas com menos de 30 anos dizem querer outro nome para disputar a Presidência, sinal de que a preocupação não está só no campo da saúde, mas abarca também a renovação do partido.

Defensores também lembram que ele foi gago quando jovem, o que o faz cometer alguns erros ao falar, e que, ao longo da carreira política, o líder americano ganhou fama de cometer gafes por dizer coisas sem pensar. Em um comício em 2008, por exemplo, pediu a um senador cadeirante que se levantasse.

José Eduardo Pompeu, doutor em neurologia e professor da USP, lembra que a perda de agilidade e de capacidades físicas é natural conforme a pessoa envelhece. "Não há fórmula mágica para impedir essas perdas, mas elas podem ser reduzidas. E cada pessoa envelhece de um jeito. Tem idosos de 60 anos já muito debilitados, e outros perto dos cem que continuam bastante ativos", afirma. "Isso depende de muitos fatores: genética, alimentação e como a pessoa se comportou ao longo de toda a vida."

Ele explica que uma das formas de avaliar se a velhice está comprometendo as atividades é a ocorrência de problemas frequentes: caso as quedas, falhas de memória ou de fala se tornarem corriqueiras, é um sinal de alerta. "Também é importante analisar o contexto das falhas. Biden estava pedalando, algo que exige grande coordenação motora, e de repente parou para falar com as pessoas e responder perguntas. Isso pode ter gerado uma sobrecarga cognitiva naquele momento, que levou à queda", diz Pompeu. 

Embora a agenda cheia e o excesso de tarefas possam gerar estresse e mais falhas, as atividades da Presidência podem ajudar a retardar o envelhecimento. "A maior proteção contra as perdas relacionadas ao envelhecimento é o engajamento ativo com a vida, como o envolvimento social e a atividade física."

A Casa Branca divulga os resultados dos exames anuais do presidente. O último relatório, de novembro, aponta que o democrata "permanece apto para o dever, plenamente capaz de executar todas as suas responsabilidades sem qualquer exceção ou adaptação". O documento registra que Biden tem uma tosse seca corriqueira ao falar por longos períodos e que isso ocorre há anos e deve ser consequência de refluxo gástrico. O democrata faz tratamento para arritmia cardíaca, controle do colesterol, artrite e alergias. Segundo o documento, Biden não bebe nem fuma e se exercita ao menos cinco vezes por semana.

Seja como for, a coleção de gafes acaba imprimindo ao democrata a imagem de homem velho. Pesquisa de junho realizada pelo Centro de Estudos da Política Americana, ligado à Universidade Harvard, mostrou que 60% dos americanos têm dúvidas sobre a aptidão de Biden para o cargo. Na outra ponta, 40% afirmam acreditar que ele está mentalmente apto para servir como presidente dos EUA. Em maio, eram 48%.

Em outro tópico, 64% responderam que Biden está mostrando que é muito velho para ser presidente, contra 36% que o enxergam como apto para o cargo. Nos dois casos, cerca de um terço dos democratas entrevistados concorda com a opção desabonadora para Biden, prenunciando um caminho difícil para a reeleição e, mais urgente, o risco de que sua imagem seja um fardo nas eleições de novembro.

Para coroar a semana em que disse por engano ter câncer, Biden recebeu o diagnóstico de Covid na última quinta (21). Já vacinado com duas doses de reforço, o presidente teve apenas sintomas leves da doença e, no último boletim, neste domingo, apresentava dor de garganta como incômodo principal. 

Gafes recentes de Biden

18.jun
Queda de bicicleta
O presidente caiu de bicicleta ao tentar parar para falar com um grupo de pessoas. Mas seu pé ficou preso no pedal, e ele caiu para o lado junto. Não foi preciso ir ao médico depois da queda. 
 
8.jul
'Repita a linha'
Ao discursar sobre o direito ao aborto com ajuda de um teleprompter, Biden leu: "Fim da frase. Repita a linha", trecho que na verdade era uma orientação, não parte do texto para ser lido em voz alta. 
 
20.jul
Câncer
Em um discurso sobre a crise climática, Biden disse que cresceu em uma área onde havia poluição. "É por isso que eu e muitas pessoas com quem cresci tem câncer", afirmou. A Casa Branca disse depois que o comentário se referia a um câncer de pele ocorrido no passado e que o presidente não tem a doença hoje.
 

 Mundo - Folha de S. Paulo/UOL

 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Bolsonaro e Trump

Duas zebras políticas assombram esquerdistas de todos os quadrantes - desde falsos cientistas políticos passando por diplomatas ociosos, russófilos acanalhados, figuras tidas como “notáveis”, cretinos da fauna acadêmica, palpiteiros auto-intitulados “progressistas”, até ativistas digitais bem remunerados e – mais uma vez – a tropa de choque atuante no seio da mídia amestrada. As zebras que vêm levando essa gente ao pânico, mais do que isto, ao desespero paranóico, são, de forma crescente, Jair Bolsonaro e Donald Trump – os dois, respectivamente, candidatos à Presidência do Brasil e a dos Estados Unidos. 

Na América, desde que anunciou sua candidatura pelo Partido Republicano, Trump sofre campanha sistemática de jornais tendenciosos, à esquerda, como, por exemplo, os falidos New York Times e Washington Post – tudo, de resto, sem maiores consequências pois, na prática, na medida em que recebe ataques infamantes da mídia amestrada (sempre a serviço das teses dissolutas da ONU imperial), cresce a adesão dos norte-americanos pelo candidato conservador, infenso ás habituais manipulações dos jornalões esquerdistas. 

(A própria resistência da cúpula republicana, constituída por políticos profissionais e da qual Trump recebia oposição, curvou-se sem apelo diante da vontade inelutável do candidato, confirmada por mais de 1.237 delegados que abriram caminho para sua ascensão à Casa Branca. Um militante do Washington Post, stalinista enrustido tipo Arnaldo Jabor, teve de engolir aos pedaços artigo de jornal em que garantia a derrota do magnata nas primárias do Partido Republicano). 

Donald Trump não surgiu de graça na vida americana. Nem ficou famoso só porque ganhou status de celebridade num programa televisivo da NBC ou ainda por força do noticiário sensacionalista em torno dos seus casamentos com modelos de renome e beleza. Antes pelo contrário – ele tornou-se personalidade global durante os anos 1970, quando revolucionou o mercado imobiliário dos Estados Unidos, investiu forte na indústria do entretenimento e publicou vários livros ensinando às pessoas a arte de negociar e, óbvio, ganhar dinheiro. 

O que, no entanto, fez de Donald Trump um candidato praticamente imbatível, numa América destruída, materializa-se hoje na crescente confiança formada no eleitorado de que ele representa a viabilidade de uma liderança política comprometida com a ordem, a segurança, a competência e o valor individual - exatamente o inverso do encenado pelo impostor Barack Obama, eterno locutor de teleprompter, figura de passado nebuloso, filho bastardo de um incerto Frank Marshall Davis (tido pelos comparsas como comunista de fancaria). 

Detalhe importante: numa América plenamente restaurada seria factível julgar – e condenar Obama por crime de alta traição. Até agora suspeito de ter nascido no Quênia, este mulçumano enrustido abriu as portas do mundo para o terrorismo islâmico obcecado pelo projeto de um califado universal, tornou a Líbia um charco de sangue, elevando, depois, criminosamente, os irmãos Castro à categoria de “agentes do diálogo democrático”, mesmo quando os dois confessos tiranos, desmentindo-o, esfregaram na cara do mundo que jamais mudariam o regime ditatorial da Ilha Cárcere.

Por sua vez, em âmbito interno, sob o jugo do finório Obama, os Estados Unidos padecem, entre outras mazelas, com as persistentes taxas de desemprego, a violência, o medo coletivo e a insegurança ampliadas pelo livre trânsito do terror mulçumano (para não mencionar o narcotráfico correndo solto pelas fronteiras do México e o tráfico indiscriminado de centenas de pessoas que procuram diariamente cruzar as fronteiras da Califórnia pelas mãos criminosas de coiotes que vendem aos latinos um Sonho Americano que não mais existe).  

Donald Trump é um conservador que pretende restaurar para os americanos o conceito de Nação, perdido na caudal do “politicamente correto”, sinônimo da liberação da droga, da descriminalização do aborto, da pedofilia, do controle de armas, da permissividade gay, da avalanche imigratória e do multiculturalismo que aspira liquidar com os princípios da civilização ocidental e cristã e os conceitos de Deus, pátria e família. Tudo isto para impor um mundo plasmado no ódio, no terror e na esculhambação geral. 

Em âmbito interno, há um típico caso de manipulação comunista: Jair (Messias) Bolsonaro, em que pese ser o deputado federal mais bem votado do Rio de Janeiro – inequívoca expressão da vontade eleitoral fluminense –, vê crescer uma onda persecutória contra sua figura, considerada “polêmica” pelo ativismo vermelho.  Antes de tudo, impõe-se a pergunta: “figura polêmica” por quê? Como é fácil comprovar à luz de sucessivas pesquisas de opinião e de incontáveis referendos, todas as proposições políticas defendidas pelo deputado Bolsonaro são encampadas - em gênero, número e grau - pela maioria da população brasileira. 

Com efeito, no debate, a redução da maioridade penal, por exemplo, ou mesmo o voto em favor da livre comercialização de armas e munição (cerca de 63,94 % dos brasileiros rejeitaram sua proibição), bem como a cabal condenação do aborto, do casamento gay (e a consequente adoção de filhos por homossexuais), da liberação da droga, da pedofilia, das cotas raciais, das invasões de terras etc., são posturas políticas aclamadas pelo povo brasileiro, sabidamente de espírito cristão e natureza conservadora. 

Em assim sendo, outra pergunta se impõe: por qual razão as esquerdas, principalmente suas facções intoxicadas pelas mistificações do marxismo-leninismo e do maoísmo genocida, exatamente aquelas que levaram o País para o buraco negro da corrupção se lançam, numa caçada virulenta, contra o corajoso Bolsonaro? A resposta é elementar: porque o deputado, pré-candidato à presidência da República pelo Partido Social Cristão (PSC), contabiliza aproximados 9% nas pesquisas de intenção de votos. E, com isso, pode representar uma dura ameaça à falsa hegemonia das esquerdas nas próximas eleições. Neste diapasão, posta em marcha a campanha de 2018, restará ao leitor considerar seriamente as “propostas de direita” – que, no fundo, são suas – levantadas por Jair Bolsonaro. E, claro, elegê-lo. 

Sim, o temor da esquerda não é gratuito. Por exemplo: bem medido e pesado, entre Lula e Bolsonaro não há comparação possível. De fato, Lula não passa de um analfabeto primário, cangaceiro político de maus bofes, identificado como chefe de uma gang partidária que saqueou o Brasil por décadas, levando-o à completa falência econômica, política e moral. 

O mesmo não se pode dizer de Bolsonaro. Ele é alfabetizado, com curso superior, ex-integrante do Exército Brasileiro, parlamentar honesto, destemido e experiente. (A propósito: é bom ver na internet, em sessão da Câmara, uma lúcida intervenção de Bolsonaro. Nela, o deputado denuncia manobra clandestina feita nos porões do Planalto, em que Dilma Rousseff, acolitando comunistas da DGI cubana e membros do Foro de São Paulo, trama a expulsão do Paraguai do bloco Mercosul. Quem quiser é só ver: a denúncia, ainda no ar, é irrefutável). 

No momento, em seu fanatismo fundamentalista, os comunistas pretendem acuá-lo apelando para o Conselho de Ética da Câmara sob o pretexto de que na votação do impeachment de Dilma ele enalteceu a figura do denegrido Cel. Brilhante Ustra - que, a bem da verdade, nunca foi preso ou, em última instância, condenado.

Outra facção da esquerda demofóbica, num arroubo canalha, quer que a ala aparelhada do STF (nomeada na era petista) condene o deputado por “incitação ao estupro”. É dose. Antes, no entanto, seria de bom alvitre colocar Lula por por trás das grades. Como se sabe, o líder do PT, denunciando-se como tarado,   confessou ao companheiro César Benjamim ter tentado por várias vezes violentar na prisão um membro de organização esquerdista, a quem se referia na sua fala como o “menino do MEP”. Segundo narra César Benjamim (Folha de São Paulo, 27/11/09), Lula ficou surpreso com a resistência do “garoto”, que o enfrentou “aos socos e cotoveladas”. 

PS - Um dos fundadores da Escola de Frankfurt, Willi Muenzenberg, afirmou nos anos 1930 que o principal objetivo do marxismo cultural era fazer do Ocidente um espaço “tão corrupto quanto podre”. Se há dúvida, basta olhar a ação dessa gente para se perceber que, no Brasil, tal objetivo foi ou está para ser atingido.

(Imagem: Comunidade 'Bolsonaro no Brasil e Trump nos EUA)


Ipojuca Pontes
cineasta, jornalista, e autor de livros como 'A Era Lula', 'Cultura e Desenvolvimento' e 'Politicamente Corretíssimos', é um dos mais antigos colunistas do Mídia Sem Máscara. Também é conferencista e foi Secretário Nacional da Cultura.




quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Apertem os cintos, o Teleprompter travou. Dilma não consegue falar de improviso, tem que ler.



Sinais de angústia tomaram a presidente, enquanto o discurso se enchia de pausas
Com todas as tormentas que rodeiam o governo Dilma, nada poderia ser mais grave e ameaçador do que o que se passou na primeira reunião ministerial do segundo mandato. Pior que a inflação, a recessão, o apagão e o petrolão: o teleprompter travou. E, sem Teleprompter, a República prendeu a respiração.

O Brasil é um país irresponsável. Está cansado de saber que, quando Dilma começa a mentir muito, ela trava. Foi assim na campanha eleitoral, quando após um debate na TV ela teve de ser socorrida. Numa entrevista ao vivo, a mente presidencial mergulhara numa tal ciranda desconexa que o equipamento enguiçou. Nem João Santana, com uma junta de mecânicos e eletricistas de última geração, poderia evitar que aquele fusível queimasse

Daí a importância vital do TelePrompTer para o­­s rumos da nação. É a segurança dos brasileiros que está em jogo. Ainda assim, não obstante todos os a­lertas e advertências, o pior aconteceu. Dilma abria solenemente a primeira reunião com seu novo ministério de notáveis, no clima de esperança e euforia que cerca seu segundo mandato, quando tudo ruiu. O TelePrompTer, pilar da democracia companheira, que garante que a presidente diga coisa com coisa, começou a ralentar. Sinais de angústia tomaram as feições presidenciais, enquanto o discurso ia se enchendo de pausas, numa tentativa de adaptação ao ritmo defeituoso do equipamento golpista. Mas não adiantou.

O TelePrompTer foi então abandonado pela chefe da nação. Ela ainda tentara fazê-lo pegar no tranco, esculhambando ao vivo seu operador em mais uma cena típica do instinto maternal da “presidenta” mulher. O teor de mentira do discurso de Dilma estava altíssimo naquele momento, e quem sabe pode ter sido essa a causa do apagão no TelePrompTer, porque as máquinas também têm lá sua dignidade. Nem é preciso entrar muito em detalhes sobre o que Dilma estava pregando diante de seu novo e virtuo­so ministério. Basta dizer que ela estava defendendo a... Petrobras. E o nacionalismo. Quando se deu o apagão, a presidente estava dizendo algo como “toda vez que tentaram desprestigiar o capital nacional, estavam tentando na verdade...” Aí travou. Nem o TelePrompTer aguenta mais tamanha carga de cara de pau. Só o cidadão brasileiro ainda tem estômago para isso.

Quase ao mesmo tempo que Dilma denunciava os que tentam desprestigiar o capital nacional, a Operação Lava Jato comprovava como o PT fez para prestigiar o assalto à Petrobras. O consultor Julio Camargo confirmou à Justiça que o pagamento de propinas a Renato Duque, fantoche da turminha de Dilma na Diretoria de Serviços da estatal, era a “regra do jogo”. Em seguida, a informação que num país com um pouco de juízo teria derrubado imediatamente o governo: o empresário Augusto Ribeiro Mendonça Neto, do grupo Toyo Setal, confirmou ter sido orientado a pagar parte da propina por negócios com a Petrobras em forma de doação oficial ao PT.

É preciso repetir, porque muitos leitores a esta altura estão certos de que houve erro de redação na frase acima. O que está escrito lá não faz o menor sentido. Vamos à repetição: está confirmado que o PT inventou a propina legal. Para ganhar contrato com a Petrobras, o fornecedor não tinha de pagar “um por fora” ao diretor da estatal, mas “um por dentro” ao PT. Corrupção transformada em doação oficial ao Partido dos Trabalhadores. Aquele do mensalão, sabe?

O que mais o Brasil quer ver? O que mais você está esperando, prezado cidadão brasileiro, para sair às ruas e enxotar esses cordeirinhos socialistas que estão arrancando as calças da nação? Está esperando a quadrilha dizer a você que só chegará luz a sua casa se você der “um por dentro” ao PT?

Contando, ninguém acredita. Numa tarde quente de domingo, a base parlamentar irrigada pelo petrolão tomava posse alegremente no Congresso Nacional, com direito a selfies sorridentes com seus familiares. Assistindo na TV ao domingo feliz no jardim zoológico, o brasileiro comum bancava a farra com o aumento de impostos decretado pelo governo popular. Pelo visto, essa é a regra do jogo.

Você acha que não? Então mova-se, prezado contribuinte. Até o TelePrompTer do Palácio já se rebelou contra a farsa companheira.

 
Fonte: Guilherme Fiúza – Revista Época

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Maior rombo de Dilma: recuperar a credibilidade

Dilma se trumbica

Tantas foram as mentiras de Dilma sobre a Petrobras que o maior rombo a cobrir agora é o da credibilidade

Quem não conheceu Chacrinha, o Velho Guerreiro, talvez nunca tenha ouvido seu mote mais popular: “Quem não se comunica se trumbica”. Era um visionário. Ele só não previa que pessoas como a nossa presidente, Dilma Rousseff, usassem a comunicação contra si mesmas. Quanto mais a “guerreira” Dilma se comunica, mais se trumbica. Porque a mentira, repetida ad eternum, é uma péssima arma de comunicação, um suicídio político. Não compensa a longo prazo.

“Você pode enganar todo mundo por algum tempo; pode enganar alguns por todo o tempo; mas não pode enganar todo mundo o tempo todo.”
A citação é atribuída a Abraham Lincoln, ex-presidente dos EUA. Dilma descobriu isso a duras penas. Na Base do Planalto, a guerreira foi treinada por Lula a enganar, a gritar bravatas, a prometer fantasias. Mas a longa permanência do PT no Poder, aliada à determinação de alguns juízes, no Supremo Tribunal Federal e no Ministério Público, fez ruir o castelo de cartas marcadas. “Reajam aos boatos, travem a batalha da comunicação”, disse Dilma a seus 39 ministros. “Não permitam que a falsa versão se crie e se alastre”, exigiu Dilma. “Sejam claros. Sejam precisos e se façam entender” – tudo o que Dilma nunca faz. A presidente se enfureceu com a comunicação dos R$ 88,6 bilhões em “ativos inflados” da Petrobras. Uma expressão em economês que nada significa para a maioria da população. Os discursos do governo têm estado coalhados de “tolicês compliquês”, dialeto criado para despistar a verdade.

Pesquisa rápida revela tantas mentiras de Dilma sobre a Petrobras e sobre as contas públicas que lhe falta credibilidade até junto a seus aliados. Eles vivem levando bronca. Não sei quanto tempo Graça Foster suportará servir de para-­raios para Dilma.  Eis algumas falas da presidente “estarrecida” com a “difamação” contra a Petrobras.

“Estão querendo entregar aos estrangeiros e privatizar o filé-mignon do país, o que havia antes era carne de pescoço”, sobre a história da Petrobras, em debate eleitoral em 2010.

“Está errado quando alguns dizem que a Petrobras está perdendo valor e importância no Brasil. Manipulam os dados, distorcem análises”, em abril de 2014, em Pernambuco.

“A refinaria Abreu e Lima é um investimento extraordinário”, em abril de 2014. (A construção da Abreu e Lima acaba de ser suspensa, assim como as obras das duas refinarias Premium idealizadas por Lula no Ceará e no Maranhão.)

“Mais que uma empresa, a Petrobras é um símbolo da afirmação do nosso país, e um dos maiores patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros. Por isso, a Petrobras jamais se confundirá com qualquer malfeito, corrupção ou qualquer ação indevida de quaisquer pessoas, das mais às menos graduadas. Acreditamos na Petrobras, acreditamos na Petrobras mil vezes”, em abril de 2014.

“A Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo. (...) As vozes dos que querem diminuir a importância da Petrobras se perderão mais uma vez no deserto. Serão enterradas na imensidão dos mares”,
em julho de 2014.

“Utilizar qualquer factoide político para comprometer uma grande empresa e sua direção é muito perigoso”, em agosto de 2014.

“Eu farei todo o meu possível para ressarcir o país. Se houve desvio de dinheiro público, nós queremos ele de volta. Se houve, não: houve, viu?”, em outubro de 2014.

“Não dá para demonizar todas as empreiteiras deste país. São grandes empresas e se a, b, c ou d praticaram malfeitos, atos de corrupção, ou de corromper, eles pagarão por isso”,
em Brisbane, Austrália, novembro de 2014.

“A Petrobras já vinha passando por um vigoroso processo de aprimoramento de gestão. A realidade atual só faz reforçar nossa determinação de implantar, na Petrobras, a mais eficiente e rigorosa estrutura de governança e controle que uma empresa já teve no Brasil”,
na posse em janeiro de 2015.

“Temos muitos motivos para preservar e defender a Petrobras de predadores internos e de seus inimigos externos”,
na posse.

“Temos de reconhecer que a Petrobras é a empresa mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país”
, na semana passada, em reunião com o megaministério.

Dilma acreditava que “uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade”, frase atribuída a Joseph Goebbels, o ministro de Propaganda de Adolf Hitler.

Hoje, o desmoronamento da economia, os bilhões desviados da Petrobras, as mãos sujas de corrupção de gente de seu partido, servidores, executivos e empreiteiros, tudo isso sugere que a Propaganda de Dilma foi para o brejo, junto com o lento operador do teleprompter e com a vaca que se engasgou de tanto tossir.  Quem viu a vaca engasgada foi a ex-companheira Marta Suplicy. Ela e Dilma só compartilham hoje dermatologista e cabeleireiro.

Fonte: Ruth de Aquino - Revista Época

 

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

PETROBRAS DESMENTE DILMA



Assim como a bronca que a presidente Dilma deu no operador do teleprompter revelou aos mais desavisados que aquela fala coloquial na reunião ministerial nada tinha de espontânea, estava toda escrita por ghost writer com viés de marqueteiro, também a revelação do balanço incompleto da Petrobras demonstrou o que provavelmente a maioria já suspeitava: a situação da maior estatal brasileira é caótica, e ninguém sabe qual é o número verdadeiro do rombo que o petrolão causou.
A própria Graça Foster, presidente da empresa, admitiu por escrito "ser impraticável" a quantificação destes valores "indevidamente reconhecidos" (uma variação do famoso "dinheiro não contabilizado" eternizado pelo tesoureiro do PT Delúbio Soares no mensalão). Sem uma avaliação de auditores independentes, que se recusaram a endossar os números, o balanço do 3º trimestre fez virar pó toda a propaganda lida por Dilma sobre a Petrobras que, segundo ela, "já vinha passando por um rigoroso processo de aprimoramento de gestão" antes do escândalo, e no entanto não foi capaz de dimensionar o verdadeiro buraco nas contas da empresa.
Há informações de que na reunião do Conselho de Administração que aprovou o balanço divulgado, houve pressão de ministros da antiga administração que se opuseram à adoção de critérios para definir as perdas, por considerarem que nem tudo nos 31 projetos que tiveram redução no valor do ativo estava relacionado com perdas por corrupção, mas havia também outros fatores como ineficiência dos projetos ou até atrasos por causa de problemas climáticos.
Como se vê, está longe o dia em que a Petrobras terá, como prometeu a presidente Dilma em seu discurso na reunião ministerial, "a mais eficiente estrutura de governança e controle que uma empresa estatal, ou privada já teve no Brasil". O que impressiona é que o balanço da Petrobras tenha sido divulgado na mesma noite em que a presidente fez seu discurso na reunião ministerial.
Não apenas por que a divulgação foi à noite, quase às escondidas, mas principalmente por que revela um desencontro inacreditável entre o que a presidente disse e o que a estatal mostrou no seu balanço. Um mínimo de coordenação no governo impediria que a Petrobras desmentisse a presidente tão diretamente.  A presidente Dilma também saiu da realidade quando disse que a Petrobras, "a mais estratégica para o Brasil e a que mais contrata e investe no país", teria que continuar a apostar no modelo de partilha para o pré-sal, e dar continuidade à vitoriosa política de conteúdo local.
O problema é que, horas depois, o balanço da empresa, mesmo feito de maneira incorreta, mostrou que a Petrobras terminou o trimestre com um endividamento líquido de R$ 261,4 bilhões, um aumento de 18% (ou R$ 40 bilhões) em relação ao fechamento de 2013, a maior parte dessa dívida em dólar.
Do investimento total, apenas R$ 62 bilhões foram próprios, o restante veio de investidores externos. Isso demonstra que a aposta no sistema de partilha, que obriga a Petrobras a bancar pelo menos 30% de todos os investimentos no pré-sal, é simplesmente inviável, além do fato de que a política de conteúdo nacional nada tem de vitoriosa.
Ela obriga a estatal a comprar equipamentos muito mais caros, além de bancar a ineficiência de empresas criadas para fabricar equipamentos de conteúdo nacional, como a Sete Brasil criada em 2011 para a contratação de sondas marítimas. A Petrobras indicou o comando executivo da empresa, e Pedro Barusco, o executivo que se comprometeu a devolver U$ 100 milhões na Operação Lava-Jato, foi colocado lá.
Agora, a empresa, uma união da Petrobras com bancos como o Pactual BTG e fundos de pensão, está quebrada e teve que ser socorrida pelo BNDES. O desencontro entre as promessas presidenciais e a realidade está cada vez maior, e isso é preocupante.


Fonte: Merval Pereira – O Globo