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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Testemunha diz que menino atirou contra PM durante perseguição em SP



Advogado dará depoimento nesta quarta à Corregedoria da Polícia Militar.
Versão dele reforça hipótese de que PM matou garoto em legítima defesa.
Uma testemunha alega ter visto um tiro ser dado de dentro do carro furtado pelos dois menores na última quinta-feira (2) na Zona Sul de São Paulo. De acordo com a GloboNews, essa pessoa é um advogado que presenciou a perseguição da Polícia Militar (PM) ao veículo. Nesta quarta-feira (8), ele confirmou a informação ao G1 antes de ir depor na Corregedoria da Polícia Militar (PM). [finalmente surge uma testemunha idônea que apresenta um depoimento válido e não mais um ‘di menor’,  na verdade uma criança já envolvida na criminalidade, cujo depoimento foi direcionado pela turma dos direitos humanos que sempre procuram  proteger bandidos.]

Na ação policial, um garoto de 10 anos foi morto com um tiro na cabeça e seu amigo, um menino de 11 foi apreendido. Os policiais militares envolvidos alegaram que o menor mais novo atirou três vezes na direção deles. A última foi após bater o veículo. Segundo os agentes, eles revidaram e um dos dois tiros atingiu a criança, que morreu no local.

A versão do advogado confirma o que os policiais disseram. O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Condepe) contesta essa versão de que os PMs agiram em legítima defesa. Para o órgão a Polícia Civil precisa investigar o caso com rigor porque há indícios de que possa ter ocorrido uma execução. [convenhamos se um ‘di menor’ com 10, 11 anos já rouba, dirige veículos e efetua disparos contra policiais que sentido tem tentar recuperar?]

A Ouvidoria da Polícia e o Ministério Público (MP) também acompanham as investigações que estão sendo feitas. Nesta manhã, o ouvidor Julio Cesar Neves afirmou a GloboNews que pediu à Corregedoria cópia da entrevista que a psicóloga da Corregedoria da PM fez com o menino mais velho. O ouvidor quer que o menor seja ouvido novamente pela polícia. "Estamos requerendo que o menor seja ouvido novamente. É indispensável que a autoridade policial ouça novamente esse menor", diz o ouvidor.

A Corregedoria apura, no âmbito administrativo, se houve excesso ou abuso na conduta dos agentes. O Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) investiga, na esfera criminal, para saber se os policiais atiraram para se defender ou se cometeram um assassinato.

Os policiais envolvidos na ação foram afastados temporariamente das ruas. Suas armas e o revólver que estaria com o menor foram apreendidos e passarão por exames de balística.  Em nota, a Secretaria de Segurança Pública afirma que os inquéritos policiais militar e civil que apuram o caso estão em andamento. "Todas as versões apresentadas serão analisadas e as testemunhas do caso, ouvidas. Provas técnicas estão sendo produzidas por meio de laudos. É necessário aguardar o término das investigações", diz a nota.

Três versões
O amigo do menino morto já deu três versões diferentes para o caso. A primeira, no boletim de ocorrência, mantém a versão da PM. A segunda, ao DHPP, nega que seu colega tenha atirado após o automóvel furtado bater. E a terceira, na Corregedoria da PM, nega que eles estivessem armados e que tenha ocorrido troca de tiros. O garoto afirmou ainda que a arma que estava com seu amigo foi plantada pelos policiais. [é preciso ter cuidado com depoimentos de 'di menor' que mudam de versão;
foi devido aos depoimentos de um 'di menor' que trocava de ver~sao a cada depoimento que o goleiro Bruno, do Flamengo, teve sua vida estragada ao ser condenado pelo suposto assassinato da 'maria chuteira' Elisa Samudio.
Havia por parte do delegado que comandou as investigações conseguir projeção conseguindo a condenação do Bruno - o delegado conseguiu  graças à condenação do goleiro do Mengão um mandato de deputado.
Da Justiça de mostrar serviço.
Bruno está preso, vai ficar preso mais alguns anos e quando a 'maria chuteira' aparecer topdos vão lamentar um erro judiciário.]

O DHPP já ouviu os depoimentos da mãe e do tio do menino morto. Na terça-feira (7), eles negaram que o garoto andasse armado. Um funcionário do prédio invadido pelos menores também afirmou não ter visto os menores armados. Os policiais militares envolvidos na ação serão os últimos a serem ouvidos pelo Departamento.

A Polícia Civil ainda aguarda os laudos necroscópicos, toxicológicos, de local da cena da morte do menino e outros depoimentos para saber se irá pedir ou não uma reconstituição. Também foi solicitada à PM a gravação entre os policiais e o central de operações da corporação a respeito da ocorrência do dia 2.

Dois policiais das Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas (Rocam) teriam atirado cada um uma vez. Já a arma que teria sido usada pelo menino disparou três vezes. A polícia já sabe que essa arma foi levada de um vigilante durante um crime ocorrido no ano passado. Ele também será chamado para depor.

Mãe de menino morto diz que ele não tinha arma e nem sabia dirigir
Amigo de 11 anos que estava no carro com Ítalo muda versão pela terceira vez
Após pouco mais de duas horas de depoimento, a mãe do menino Ítalo Ferreira de Jesus, morto pela PM após um confronto na última quinta-feira, disse à delegada que investiga o caso que desconhecia que o menino soubesse dirigir. Acompanhada de um cunhado, tio da criança, Alex Jesus Siqueira, ela afirmou ainda não ter conhecimento de que o menino alguma vez pegou numa arma ou mesmo de algum delito que ele tivesse cometido. 

Cíntia Ferreira Francelino, de 29 anos, foi ouvida pela primeira vez nesta terça-feira em São Paulo.  — Ela não tinha muito a acrescentar porque ela não viu os fatos. O principal foi afirmar que o filho não tinha arma de fogo e jamais manuseou qualquer tipo de armamento e que jamais havia dirigido — contou o advogado Ariel de Castro, que representa o Conselho Estadual de Direitos Humanos, que acompanhou o depoimento, colhido no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), região central de São Paulo.

O tio, que morou com a criança, disse que a família nunca foi procurada pelo Conselho Tutelar. — O que nos estranhou bastante é que em nenhum momento em que essa criança passou por delegacias a família tomou conhecimento — disse o advogado.

Segundo Ariel, dois porteiros que trabalham no prédio onde o carro foi furtado, no Morumbi, também estão prestando depoimento. Muito nervosa e segurando a filha caçula de cinco meses no colo, Cíntia lamentou que não terá mais o filho de volta mas que “a verdade está aparecendo”. No dia do ocorrido, ela disse achar que a polícia havia plantado a arma calibre 38 no carro. 

Testemunha da morte do garoto Ítalo, de 10 anos, na semana passada, durante perseguição policial na Zona Sul de São Paulo, o menino de 11 anos, amigo dele que o acompanhava na tentativa de assalto que, segundo a polícia acabou na morte de Ítalo, apresentou uma terceira versão sobre o caso. Segundo o advogado Ariel de Castro, o novo depoimento aconteceu no último domingo, na Corregedoria da Polícia Militar, acompanhado de sua mãe e de uma psicóloga da corregedoria.

Por causa desta nova versão, o advogado pedirá que a criança retorne à DHPP para esclarecimentos. O menino diz agora que apenas os policiais atiraram e que nem Ítalo nem ele estavam armados.  Castro relatou que o menino não foi interrogado, mas entrevistado por uma psicóloga, fator que determinou para que ele desse uma versão, na sua opinião, mais verdadeira dos fatos. — Achamos importante essa entrevista com uma psicóloga, porque ela se deu em meio a brinquedos, num espaço lúdico. Ela foi ganhando a confiança dele, que acabou passando essas informações. Ariel confirmou a entrevista com a Corregedoria da Polícia e a mãe do menino. Segundo ele, os policiais foram a sua casa buscá-lo. A Corregedoria está investigando a conduta dos policiais envolvidos no caso. — Podemos dizer que foi a primeira vez em que ele foi ouvido sem ser questionado por autoridade policial — lembrou.

Sobre as mudanças no depoimento, o advogado aponta que a testemunha estava se sentindo ameaçada pelos policiais envolvidos na ação e que por isso havia afirmado que houve troca de tiros. — A mãe falou que o menino tinha sido antes pressionado, e que estava bastante amedrontado e constrangido com a situação. Ele tinha sido inclusive ameaçado e que por isso tivemos essas versões conflitantes.

PROGRAMA DE PROTEÇÃO
O advogado informou que quer conversar com delegados da DHPP para que a criança seja ouvida no departamento. Ele também quer que a testemunha seja incluída no Programa de Proteção à Criança e Adolescente. Segundo ele, o novo testemunho “reforça indícios de possível execução”. — Custo a acreditar que uma criança teria condições de estar dirigindo, atirando e abrindo e fechando um vidro. Achamos que é muito mais provável que essa versão seja mais verdadeira - opina ele sobre a terceira narrativa do garoto.

Por se tratar, explica Ariel, de um crime envolvendo policiais, o advogado afirma considerar importante que o menino possa ser “devidamente protegido”. — É um crime envolvendo policiais militares e sabemos do risco que essa criança corre. [são pessoas como esse advogado que dificultam o trabalho da polícia e estimulam os delinquentes, já que sabem que sempre terão um advogado pronto a por em dúvida a palavra da autoridade policial. Para esse tipo de advogado o bandido é sempre a vítima.]
Ainda segundo o advogado, uma delegada esteve no local dos fatos na segunda-feira para colher novas informações e procurar testemunha.

Fonte: G 1