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sábado, 9 de junho de 2018

Resposta ao MPF 3: A Operação Joesley será mesmo exemplo de imparcialidade e respeito às leis? E a militância política dos procuradores?

A nota do Ministério Público Federal no Paraná destaca o “o trabalho estritamente técnica (sic), imparcial e apartidário realizado pela Lava Jato”. É mesmo! Vimos isso naquela que acabou sendo a sequência de ventos mais rumorosa derivada da operação: o caso Joesley Batista. Ofereceu-se a impunidade a quem confessou, em companhia dos seus, 245 crimes, numa operação em que as marcas de ação indevida e ilegal do MPF são escancaradas. Houve até um procurador trabalhando, ao mesmo tempo, em favor da delação e dos Interesses pecuniários do delator.

O que se viu nesse caso, sabem todos os especialistas da área, foram flagrantes armados. Só a operação Joesley e seus terríveis desdobramentos vão gerar pelo menos 1,5 ponto a menos na expansão do PIB neste ano. Tomando como referência o Produto Interno Bruto de 2017, estamos falando de R$ 99 bilhões. Como o PIB, apesar de tudo, está em crescimento, o que o país deixará de gerar em riquezas é muito superior a isso. As safadezas contidas naquela negociação não são matéria de opinião. Há as confissões involuntárias de Joesley.

Respeito ao “sistema democrático”? Quando Deltan Dallagnol, Carlos Fernando e outros menos cotados dão plantão nas redes sociais para atacar ministros do Supremo e jornalistas que não lhes tocam flauta; quando pedem a prisão de quem ainda nem denunciado está; quando incitam a população a se manifestar contra o Congresso e os congressistas; quando jogam no lixo dispositivos do estatuto que rege a sua própria função, será mesmo em defesa da democracia que atuam?

A propósito: no recente locaute que sacudiu o país — com prejuízos que ultrapassam R$ 100 bilhões —, onde estava o Ministério Público Federal? Por que não se ouviu uma miserável manifestação? Que providências tomou o órgão, atendendo ao mandamento constitucional, em defesa da população? 

Blog do Reinaldo Azevedo