Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador locaute. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador locaute. Mostrar todas as postagens

sábado, 9 de junho de 2018

STF eleva de R$ 339 mi para R$ 846 mi cobrança de multas às transportadoras

O ministro Alexandre de Moraes autorizou nesta sexta-feira a cobrança de um novo lote de multas impostas a transportadoras que bloquearam rodovias e acostamentos durante a paralisação dos caminhoneiros, encerrada na semana passada. São 46 empresas. Juntas, amargaram 506,5 milhões em multas.

[perguntas? 
- essas multas serão cobradas?
- se cobradas, serão pagas?

O que mais se vê é  aplicação de multas a sindicatos, que não são pagas, ou sequer cobradas.
O sindicato dos baderneiros, epa... rodoviários do DF, toda vez que faz greve a Justiça determina a volta ao trabalho ou manutenção de um percentual mínima da frota de ônibus rodando e a determinação é ignorada.
E nunca o sindicato pagou multa.

O motivo de tanta certeza que a multa não foi paga é que o valor seria mais que suficiente para quebrar a entidade multada.
E a entidade continua funcionando.]

Na semana passada, Moraes já havia autorizado a cobrança de R$ 339,5 milhões de 96 transportadoras multadas pela mesma razão. Com isso, a conta do locaute (greve de patrões) já soma R$ 846 milhões.   As decisões do ministro decorrem de pedidos feitos pela Advocacia-Geral da União. Nos dois casos, Moraes deu prazo de 15 dias para que os multados paguem voluntariamente pelas infrações. Do contrário, arriscam-se a sofrer bloqueio de contas bancárias e penhora de bens.

Nos subterrâneos, as transportadoras pressionam o Congresso para aprovar uma anistia das multas. Relator de um projeto de lei que regulamenta o transporte de cargas, o deputado Nelson Marquezelli (PTB- SP) planejava incluir o perdão no texto. A pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ele deu meia-volta. Mas esclareceu que a ideia não morreu.  “Isso vai ser substituído por uma medida provisória mais explicativa atendendo a caminhoneiros, empresas e segmentos de cargas”, disse Marquezelli há dois dias. “O presidente da Casa acha que não é o momento agora, vamos deixar criar o problema dentro de 60, 90 dias para fazer uma medida provisória mais abrangente.” Ou seja: aguarda-se pela conversão das multas em incêndio para providenciar uma saída de emergência. [diante de um incêndio, fica mais fácil as transportadoras aumentarem o valor da 'recompensa' pela anistia. Afinal, o perdão de R$ 846 milhões vale uma boa recompensa.]
 
Ao farejar o odor de fumaça, a Advocacia-Geral da União apressou-se em avisar que as multas têm um caráter judicial. Foram aplicadas por decisão do ministro do Supremo, que estipulou o castigo em R$ 100 mil por hora de desrespeito à ordem de desobstruir vias e acostamentos. Nessa versão, o Congresso estaria invadindo as atribuições do Poder Judiciário se aprovasse o perdão das multas. 

Blog do Josias de Souza



Resposta ao MPF 3: A Operação Joesley será mesmo exemplo de imparcialidade e respeito às leis? E a militância política dos procuradores?

A nota do Ministério Público Federal no Paraná destaca o “o trabalho estritamente técnica (sic), imparcial e apartidário realizado pela Lava Jato”. É mesmo! Vimos isso naquela que acabou sendo a sequência de ventos mais rumorosa derivada da operação: o caso Joesley Batista. Ofereceu-se a impunidade a quem confessou, em companhia dos seus, 245 crimes, numa operação em que as marcas de ação indevida e ilegal do MPF são escancaradas. Houve até um procurador trabalhando, ao mesmo tempo, em favor da delação e dos Interesses pecuniários do delator.

O que se viu nesse caso, sabem todos os especialistas da área, foram flagrantes armados. Só a operação Joesley e seus terríveis desdobramentos vão gerar pelo menos 1,5 ponto a menos na expansão do PIB neste ano. Tomando como referência o Produto Interno Bruto de 2017, estamos falando de R$ 99 bilhões. Como o PIB, apesar de tudo, está em crescimento, o que o país deixará de gerar em riquezas é muito superior a isso. As safadezas contidas naquela negociação não são matéria de opinião. Há as confissões involuntárias de Joesley.

Respeito ao “sistema democrático”? Quando Deltan Dallagnol, Carlos Fernando e outros menos cotados dão plantão nas redes sociais para atacar ministros do Supremo e jornalistas que não lhes tocam flauta; quando pedem a prisão de quem ainda nem denunciado está; quando incitam a população a se manifestar contra o Congresso e os congressistas; quando jogam no lixo dispositivos do estatuto que rege a sua própria função, será mesmo em defesa da democracia que atuam?

A propósito: no recente locaute que sacudiu o país — com prejuízos que ultrapassam R$ 100 bilhões —, onde estava o Ministério Público Federal? Por que não se ouviu uma miserável manifestação? Que providências tomou o órgão, atendendo ao mandamento constitucional, em defesa da população? 

Blog do Reinaldo Azevedo 


terça-feira, 29 de maio de 2018

Megaempresário dos transportes confessa o locaute: “Se houver caminhões da Dalçóquio por aí, pode meter fogo”. Vai acontecer o quê?

Em meio à greve, que é locaute, destaca-se a figura singular de um empresário, que, consultem o Google, vive escoltando o deputado Jair Bolsonaro. Trata-se de Emílio Dalçóquio, cuja família, e ele também, é dona da transportadora Dalçóquio, uma das maiores do país, com sede em Santa Catarina. Em vídeo que circula na Internet, ele aparece falando sobre um palanque.  E diz com todas as letras:
“Se houver caminhões da Dalçóquio por aí, pode meter fogo”.


Logo, os caminhões da Dalçóquio “não estão por aí”. Parece haver a clara confissão de locaute. 

Oficialmente, ele é apenas sócio da empresa, que pertence à família. Estaria afastado da direção. O grupo emitiu uma nota, leio no NSC Total, que é estranha. Diz que a posição de Emilio é de “cunho único e exclusivamente pessoal”. No entanto, a empresa afirma entender e apoiar “o momento de União Nacional, na busca de uma nova política de preços dos combustíveis, dentre outros pleitos mais, o que se faz necessário, dada a realidade deste destacável setor da economia”. A transportadora diz ainda atender “o chamamento das autoridades públicas, objetivando o abastecimento dos órgãos vitais para a sociedade em geral”.

Como? Atender o chamamento das autoridades? Para os “órgãos vitais”? A Dalçóquio disputa mercado, certo?, não atende a chamamento. Parece que na nota em que nega vínculos com Emílio, está a confissão algo enviesada de… locaute.
Ou o governo faz valer a lei ou vira um fantoche. E é nisso que querem transformá-lo.

Blog do Reinaldo Azevedo

O É DA COISA: É um absurdo que não haja, até agora, um só baderneiro na cadeia; os governos federal e estaduais ainda existem? Então ajam!





segunda-feira, 28 de maio de 2018

Vitória total do locaute, com apoio de setores da sociedade, indica que teremos, sim, um longo período de instabilidade pela frente. Veremos!

Os ditos “caminhoneiros” levaram tudo o que queriam. Estivesse na pauta de reivindicações a reentronização da hipótese geocêntrica, e, para todos os efeitos, no Brasil ao menos, ficaria valendo que o Sol gira em torno da Terra, não o contrário. Isso a que estamos assistindo é só a manifestação concreta, monetizada, decorrente da depredação da política, dos políticos e das instituições. Trata-se de outra consequência, para ser ainda mais específico, do cerco que foi armado contra a gestão Michel Temer, que o relega a uma impopularidade absolutamente incompatível com seus feitos nestes dois anos. Se vocês pensam que bastará esse governo chegar ao fim para que se restaure a normalidade, podem tirar o cavalo da chuva. Teremos pela frente um longo ciclo de instabilidade, qualquer que seja o presidente eleito em outubro. [as indecisões de Temer apagam tudo de bom que ele fez nestes dois anos - sua indecisão é mais prejudicial ao Brasil do que as acusações de corrupção.] 
 
A esta altura, vocês já conhecem as concessões feitas pelo governo federal, já publicadas em edição extra do “Diário Oficial”, que os grevistas chamarão “conquistas”. O custo da redução R$ 0,46 no litro de diesel na bomba, o congelamento por 60 dias desse combustível e o reajuste mensal a partir de então custarão a bagatela de R$ 13 bilhões. O argumento de que R$ 4 bilhões desse total serão repostos pena reoneração da folha de pagamentos não vale porque a dita-cuja virá, quando vier, justamente para diminuir o rombo fiscal. Se a receita decorrente desse processo estava na expectativa das contas, mas a despesa extra não, então e evidente que não cabe fazer essa subtração. O custo da patuscada será de R$ 13 bilhões e pronto!

Houve hesitação do governo? A resposta óbvia é esta: houve. Quando a movimentação começou e fica uma lição para futuros governos —, as forças federais deveriam ter entrado em ação. Não se fecham estradas numa democracia e ponto final. A sociedade não pode ser chantageada por categoria nenhuma, ainda que esta tenha razão e que ela, a sociedade, apoie a chantagem. Tanto pior quando as evidências de locaute são escandalosas. Uma das ditas “conquistas” é a exclusão do setor de transporte de cargas da reoneração da folha de pagamentos. A reivindicação interessa a empresários, não a caminhoneiros. Custos adicionais ainda não estão computados, como a isenção de pedágio para caminhões sem carga, com o tal “eixo suspenso”. Nesse caso, o espeto será redistribuído também aos Estados. Como o governo não faz dinheiro e como o dito-cujo não cai do céu, a conta será paga pelo conjunto dos brasileiros, principalmente na forma de dívida pública. E, por óbvio, a elevação do frete, que, na prática, também está no pacote, irá parar nos preços.

Por que as coisas se deram desse modo? Porque é a política que está contra a parede. Além dos transtornos evidentes que o locaute criou, com a virtual paralisia do país, o governo teve de enfrentar outra urgência: a simpatia que o movimento granjeou na sociedade, embora seja ela própria a pagar o preço; embora a falta de alimentos, de ônibus, de segurança pública, de remédios seja a consequência imediata de um locaute, de uma greve de patrões.  E por que parcela expressiva da sociedade ficou com os caminhoneiros? O analista preguiçoso diria: “Porque o governo Temer é ruim demais, e tudo o que vem dele será rejeitado”. Só que isso é mentira. Bastaria listar as conquistas dessa gestão em dois anos para concluir que, dados o descalabro herdado por Temer e o ponto a que se chegou, o governo, por incrível que pareça, é bom. Mas quem se interessa por essa tal “avaliação objetiva”? A resposta: quase ninguém. [o mais assustador é se o braço sindical do PT - federação única dos petroleiros = FUP - conseguir parar a Petrobras e o Temer ficar no seu vai e vem e se ajoelhar diante dos grevista;
logo outras categorias se sentirão estimuladas a fazer o mesmo e o governo acaba.
O mais trágico, assustador mesmo, não é o governo Temer acabar e sim quem, constitucionalmente,   o substituirá: RODRIGO MAIA.]

O futuro presidente, qualquer que seja, presidirá uma nação rachada, dividida, que duvida de qualquer ação oficial, que não confia nas instituições e que acredita que só a caça aos corruptos nos conduzirá ao paraíso. Enquanto a Lava Jato não passar a ser apenas uma obrigação de entes do Estado, exercida nos limites da lei e sem alarde, estaremos sujeitos às chantagens as mais diversas.
Tudo o mais constante, aguardem para ver.

Blog do Reinaldo Azevedo

 

sábado, 26 de maio de 2018

Governo determina aplicação de multas de até R$ 100 mil para conter greve de caminhoneiros


Ministro Carlos Marun disse ainda que foram pedidas prisões de envolvidos na paralisação


 Depois de uma reunião do presidente Michel Temer com oito ministros neste sábado, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que o governo está convencido de que há um locaute (greve das empresas) e que será aplicada multa de R$ 100 mil por hora aos donos de transportadoras que não voltarem ao trabalho. Afirmou ainda que foram pedidos mandados de prisão em alguns casos onde as investigações comprovaram esse tipo de comportamento dos empresários. 

[governo Temer está acovardado e sua covardia só fortalece os promotores do locaute;

Temer conseguiu todas autorizações necessárias, também as convenientes do ponto de vista político, para adotar as medidas necessárias ao desbloqueio das estradas.

Só que fica prestando declarações e mandando seus ministros conceder entrevistas em que se repetem, pois apenas dizem que o governo vai fazer isso e aquilo e nada faz de concreto.

Alguns exemplos: prender empresários - falar em prisões de empresários dos transportes antes que os promotores da greve de patrões sejam formalmente denunciados à Justiça, é conversa para boi dormir.

Não havendo flagrante - e não houve e dificilmente haverá  - prender empresário agora é só passar pelo constrangimento de horas depois o 'preso' estar na rua concedendo entrevista = é a mesma coisa da polícia quando prende os 'di menor' sendo a única diferença que o 'di menor' mesmo preso em flagrante, raramente fica apreendido. A prisão agora, ainda que feita por um estagiário do segundo ano do curso de Direito, apresentará argumentos suficientes para  a prisão ser revogada e seu autor muito provavelmente responsabilizado.

Assim, o máximo que pode ser feito com os empresários é que na próxima semana sejam intimados a comparecer a uma delegacia da PF para prestar esclarecimentos.

Multa:  uma multa de R$ 100.000,00 por hora não é para ser paga - e ninguém tem medo de multa que não vai ser obrigado a pagar  (em qualquer negociação um dos itens a ser discutido, e atendido, é anistiar os multados.)

Ainda sobre multa: R$ 10.000,00 de multa diária para um a um caminhoreiro é multa para não ser paga - anistia na certa. (a decisão do ministro Alexandre de Moraes é liminar e quando for a Plenário será  adequada a realidade.)

Carlos Marun disse Temer está muito preocupado com a situação dos hospitais e, por isso, os caminhoneiros de insumos para a área da Saúde que não voltarem às atividades também serão multados. Mas, o governo avaliou que a situação continua grave. Depois de três horas de reunião, o Palácio do Planalto não divulgou dados atualizados sobre os desbloqueios e nem sobre os aeroportos em funcionamento, num exemplo de que os dados ainda não são positivos como o governo previa que aconteceria desde a instituição da chamada Garantia da Lei de da Ordem (GLO), após quase 24 horas do anúncio do uso das Forças Armadas. - Em função da liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o governo começa a aplicar multas no valor de R$ 100 mil por hora parada para os donos de transportadores que não voltarem ao trabalho. Temos a convicção de que existe o locaute. Os empresários suspeitos serão intimados, segundo informou diretor-geral da Polícia Federal já existem pedidos de prisão  - disse Marun.

[ O que o Governo precisa urgentemente é arrumar coragem, determinação para proceder ao desbloqueio em quatro ou cinco pontos estratégicos, de visibilidade, com prisão de caminhoneiros,   remoção de caminhões (sob direção de motoristas habilitados, alguns disponíveis nas FF AA e outros podendo ser requisitados de órgãos públicos) de modo a que os milhares de caminhoreiros em outros pontos do Brasil vejam que o Governo está usando com seriedade, sem colher de chá, a autoridade que dispõe.

Vencendo o bloqueio em frente à Reduc, no rodo anel a de São Paulo, promovendo o abastecimento em todos os aeroportos que estão parados por falta de combustível, os caminhoneiro vão recuar.]

LOCAUTE

No locaute, os patrões agem em razão dos próprios interesses e não das reivindicações dos trabalhadores e se recusam a ceder aos empregados os instrumentos para que eles desenvolvam seu trabalho, impedindo-os de exercer a atividade. Cobrado sobre os números da atuação das Forças Armadas, Marun disse apenas que um balanço será divulgado no final da tarde deste sábado. Num sinal de que a situação é grave, o ministro fez um apelo aos caminhoneiros para que voltem a trabalhar. - O acordo estabelece trégua, e renovamos o apelo aos donos de transportadores e caminhoneiros no sentido que retomem suas atividades - disse Marun, citando a palavra "apelo" várias vezes.


Marun afirmou ainda que o governo reconhece que havia justiça na pauta apresentada pelos caminhoneiros e, por isso, aprovou as reivindicações e fez o acordo. (Entenda o ponto a ponto do acordo entre governo e representantes do setor de transporte)

Segundo Marun, Temer está muito preocupado com a situação em hospitais e pediu providências especiais neste caso. Segundo o ministro, os caminhoneiros que estiverem transportando insumos da área da Saúde também serão responsabilizados se continuarem parados.  - O que preocupou sobremaneira o presidente Temer hoje é na situação da Saúde. Não obstante tenhamos os principais hospitais do país em funcionamento, os estoques são diminutos. Já foi determinada a aplicação de multa em caminhões que estejam transportando insumos na área da Saúde. O presidente está muito preocupado com a questão de vidas humanas - disse o ministro.


[ Um exemplo da omissão injustificada do governo em acabar com os desbloqueios.

A base da Petrobras em Brasília fica a uns 10 km do Aeroporto da Capital federal, sendo extremamente fácil formar um comboio de uns 30 caminhões - algo em torno de 1.200.000 litros de querosene de aviação - saindo da Petrobras no Setor de Inflamáveis de Brasília para o Aeroporto JK.
Cavalaria e choque da PM no terminal da Petrobras se incumbirão de limpar toda a área próxima de qualquer elemento que possa tentar ação hostil..

Dez viaturas e alguns batedores é efetivo mais que suficiente para fazer a escolta. 
Outras viaturas poderão se adiantar para controlar possível ação de algum grupo que tente barrar o comboio, nas vias que percorrerá.

Chegando no aeroporto, os caminhões se dirigem para os pontos de distribuição, locais em que sua passará para caminhões tanques com menor capacidade;
todo o perímetro será cercado por soldados da Infantaria da FAB com apoio da PE  do Exército e SP dos fuzileiros navais.
Essa mesma operação é de fácil realização em qualquer cidade que tenha aeroporto sem combustível  e seus efeitos, especialmente de dissuasão,  serão somados ao desbloqueio de alguns pontos estratégicos e segunda-feira os  caminhoneiros já estarão correndo atrás de carga.

Brasília, tem uma peculiaridade que está tornando a ação, melhor dizendo a inação, mais negativa: é governada por Rollemberg - o pior governador do qual a Capital foi vítima; 
a lerdeza com que o governo federal está se movendo se soma ao desinteresse do governador do DF e o povo que se f... .
Basta ter em conta que eles negociam horas e horas para conseguir a liberação de quatro caminhões tanque para abastecer o aeroporto JK, quando um simples aumento do efetivo da PM na área seria suficiente para decuplicar esse número.
Concluindo: os caminhoneiros confiam em que Temer não tem coragem para usar a força que tem e está autorizado (pela Constituição - na qualidade de comandante supremo das FF AA - e por liminar concedida por ministro do STF) e com isso apostam que a cada hora de manutenção do bloqueio, por omissão do governo, os 'grevistas' ficam mais fortes e o governo mais fraco.

Temer ordenando uso enérgico da força em alguns pontos, terá êxito  e os caminhoneiros (e seus mentores) terão a confirmação do que já sabem: havendo confronto os grevistas serão os perdedores e o Brasil o vencedor.]


Mas, o ministro não tratou do valor de multa para os caminhoneiros. Escalado para falar após a reunião, Marun deu dados genéricos sobre o que está ocorrendo. Segundo ele, as termoelétricas de Roraima e Rondônia já estão sendo abastecidas. No caso dos aeroportos, estão funcionando os de Congonhas, Guarulhos, Viracopos, Porto Alegre, Galeão, Santos Dumont. A situação é pior no Aeroporto de Brasília, que já cancelou mais de 40 voos por falta de combustível.

- Temos ainda situação graves na questão do abastecimento, que pretendemos normalizar no dia de hoje - admitiu ele.


O governo divulgou na tarde deste sábado um balanço indicando que há 596 pontos de bloqueio parciais em estradas federais no país. Os dados são da Polícia da Rodoviária Federal (PRF) é da movimentação até 11h30m. Segundo os dados, dos 1.140 pontos constatados nesta manhã, 596 pontos estão bloqueados e 544 foram liberados. Ontem, eram 519 pontos de bloqueio no final do dia.  O governo editou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em todo o território nacional, para auxiliar na liberação de rodovias ocupadas por caminhoneiros. A medida, que valerá até o dia 4 de junho, atende a um pedido feito pelo comando do Exército, conforme o GLOBO antecipou.


O Globo



sexta-feira, 25 de maio de 2018

PF investiga se há prática criminosa em paralisação de caminhoneiros

A Polícia Federal (PF) instaurou uma investigação para apurar a possível prática de locaute (do inglês lock out, designa greve de trabalhadores com apoio da classe patronal) na paralisação de milhares de caminhoneiros que, desde a última segunda-feira (21), interditam parcialmente as estradas de quase todo o país. Em nota, a PF se limitou a informar que está investigando a associação para a prática de crimes contra a organização do trabalho, a segurança dos meios de transporte e outros serviços públicos.

A mobilização dos caminhoneiros vinha sendo monitorada por um gabinete de crise coordenado pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, que disse haver indícios de locaute no movimento. Nesta sexta-feira, o presidente Michel Temer autorizou o uso de forças federais de segurança para liberar as rodovias bloqueadas caso as estradas não sejam liberadas pelos caminhoneiros. “Quero anunciar um plano de segurança imediato para acionar as forças federais de segurança para desbloquear as estradas. Estou solicitando aos governadores que façam o mesmo. Não vamos permitir que a população fique sem os gêneros de primeira necessidade, que os hospitais fiquem sem insumos para salvar vidas e que crianças fiquem sem escolas”, disse Temer durante pronunciamento no Palácio do Planalto.

Ontem (24), nove das 11 entidades representativas do setor de transporte assinaram um acordo com o governo federal para tentar pôr fim à paralisação. Em troca do compromisso da Petrobras de manter, pelos próximos 30 dias, o preço reduzido do óleo diesel nas refinarias e do governo estudar formas de baratear o preço dos combustíveis, as lideranças sindicais que assinaram o acordo prometeram suspender o movimento por 15 dias. A proposta, no entanto, foi recusada pela União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam) e pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, disse não acreditar que os caminhoneiros retornem à normalidade nos próximos dois dias. “Este final de semana vai ser para montarmos as estratégias que adotaremos a partir de segunda-feira. Na minha visão, não vamos encerrar o movimento tão cedo.”

Agência Brasil

 

Governo paga resgate, mas país continua refém



O baronato do transporte de carga sequestrou a rotina dos brasileiros sem levar o rosto à vitrine. Terceirizou o bloqueio de estradas aos caminhoneiros autônomos. No quarto dia, com o país submetido ao caos do desabastecimento, o Planalto cedeu integralmente às exigências. Em troca, obteve um armistício mixuruca de duas semanas, que não foi subscrito por todos os sequestradores da paz social. Quer dizer: o governo de Michel Temer pagou o resgate, mas o Brasil continua refém de uma ilegalidade: o locaute (pode me chamar de greve de patrões) é proibido pela legislação brasileira.

Nas palavras do negociador Eliseu Padilha, chefão da Casa Civil, o governo cedeu “tudo o que foi solicitado”. Isso inclui o tabelamento do preço do diesel por 30 dias e um subsídio para atenuar os reajustes até o final do ano. Para que a Petrobras não fique no prejuízo, o Tesouro Nacional (também conhecido como contribuinte) pagará à estatal a diferença entre o preço de mercado e o refresco servido à turma da roda presa. Coisa de R$ 5 bilhões até o final do ano, quando Temer será enviado de volta para casa. Ou para onde outro lugar.

Repetindo: armou-se algo muito parecido com uma versão envergonhada do controle de preços adotado sob Dilma Rousseff. A diferença é que, para não impor novos prejuízos à Petrobras, o custo do subsídio migrou do passivo da estatal para o bolso da plateia —que muita gente acredita ser a mesma coisa. Como dinheiro público não é gratuito, será necessário cortar os R$ 5 bilhões de outras áreas da administração pública. A última vez que o governo teve de fazer isso, transferiu verbas do seguro desemprego para cobrir o calote aplicado no BNDES pela Venezuela e por Moçambique. [nada impede que o governo transfira o que deixa de arrecadar com a benesse dada aos empresários do transporte para o contribuinte que consome gasolina - aumentando a alíquota do CIDE e PIS/COFINS que incide sobre a gasolina - algo do tipo ele faz com o IOF quando precisa aumentar a arrecadação, mediante aumento da alíquota o que pode fazer por decreto.]
Numa evidência de que o patronato utilizou os caminhoneiros como bonecos de ventríloquo, incluiu-se no acordo o compromisso do governo de não permitir que o Congresso reonere a folha salarial do setor. De novo: a folha das empresas transportadoras continuará isenta do pagamento de imposto. Tudo isso mais a redução de taxas e tributos que incidem sobre o diesel.

Admita-se que o governo não tinha outra alternativa senão negociar. Mas precisava fazer isso de joelhos? Não poderia ter condicionado as concessões à desinterdição prévia das rodovias? Era mesmo necessário passar a mão na cabeça do patronato que trafega no acostamento da legislação. Na manhã desta sexta-feira, ainda faltarão mantimentos na gôndola, combustível na bomba e remédios na prateleira. Mas nenhuma mercadoria é mais escassa no momento do que a autoridade presidencial.

Michel Temer tornou-se uma pequena criatura. Ninguém ignora que o personagem brigou para permanecer ao volante. Mas falta-lhe um itinerário. Consolidou-se como um ex-presidente no exercício da Presidência.

Blog do Josias de Souza