Marcha palestina entre Gaza e Israel tem 16 mortos e mil feridos
Soldados israelenses atiram contra manifestantes, alegando que tentaram avançar sobre cerca fronteiriça
Granadas de gás caem sobre os palestinos durante protesto pelo Dia da Terra, na divisa com a Faixa de Gaza - JACK GUEZ / AFP
Milhares de palestinos marcham na fronteira entre a Faixa de Gaza e Israel, dando início a um grande protesto de seis semanas chamado de "Marcha do Retorno".
Ao menos 16 palestinos foram mortos por disparos dos soldados
israelenses e cerca de 1 mil ficaram feridos, segundo autoridades e
médicos de Gaza. Israel alega que manifestantes se aproximaram da cerca
na fronteira com o território, queimando pneus e jogando pedras e
coquetéis molotov. Enquanto sofre com uma grave crise humanitária, a
população da região protesta contra o bloqueio fronteiriço imposto há
dez anos por Israel e também contra o fechamento quase permanente da
passagem para o Egito.
No
fim do dia, Israel anunciou ter bombardeado três posições do Hamas, o
grupo islâmico que governa Gaza desde as eleições de 2006 — as últimas
realizadas nos territórios palestinos, cujo resultado não foi
reconhecido nem por Israel nem pelos Estados Unidos Unidos. Segundo os militares israelenses, desde cedo havia cerca de 20 mil
palestinos protestando a partir de cinco pontos de concentração, a cerca
de 650 metros da fronteira. Jornalistas no local reportam que os
manifestantes não estão armados, mas há lançamento de pedras e queima de
pneus por parte de alguns grupos. [o exército de Israel usa fuzis, com balas de verdade (alguns fuzis usam balas de borrachas, apenas para disfarçar, já que os mortos foram atingidos por munição de verdade; balas de borracha muito raramente matam.] Famílias inteiras, inclusive com
crianças, ocupam acampamentos, com campos de futebol, sanitários e
tendas. Ao longo do dia, no entanto, a ocupação foi ganhando tensão
enquanto grupos de jovens se aproximavam da fronteira, onde forças
militares israelenses estavam a postos desde a véspera.
"Os manifestantes estão rolando pneus queimados e lançando bombas incendiárias e pedras contra a cerca de segurança e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), que estão respondendo com meios de dispersão e disparando contra os principais instigadores", disseram os militares em sua página oficial do Twitter. "Com as tropas reforçadas, as IDF estão preparadas para responder aos protestos violentos planejados ao longo da Faixa de Gaza, se necessário." [detalhe: os manifestantes estão há 650m metros da fronteira; alguém explique como a esta distância pedras arremessadas por eles, supostos coquetéis molotov e pneus em chamas, conseguem chegar ao menos próximo dos soldados israelenses;
já os membros do exército hebreu usam fuzis e tanques armas para as quais 650m equivalem a alguns centímetros para pedras.]
A primeira pessoa morta foi o agricultor Omar Samour, de 27 anos, que estava no Sul de Gaza, atingido por disparos da artilharia israelense antes mesmo de os protestos começarem oficialmente.
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Mulher reage a tiros disparados por soldados durante manifestação na
Faixa de Gaza; Israel enviou cem franco-atiradores para a região para a
Marcha do Retorno - Khalil Hamra / AP
"Os manifestantes estão rolando pneus queimados e lançando bombas incendiárias e pedras contra a cerca de segurança e as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), que estão respondendo com meios de dispersão e disparando contra os principais instigadores", disseram os militares em sua página oficial do Twitter. "Com as tropas reforçadas, as IDF estão preparadas para responder aos protestos violentos planejados ao longo da Faixa de Gaza, se necessário." [detalhe: os manifestantes estão há 650m metros da fronteira; alguém explique como a esta distância pedras arremessadas por eles, supostos coquetéis molotov e pneus em chamas, conseguem chegar ao menos próximo dos soldados israelenses;
já os membros do exército hebreu usam fuzis e tanques armas para as quais 650m equivalem a alguns centímetros para pedras.]
A primeira pessoa morta foi o agricultor Omar Samour, de 27 anos, que estava no Sul de Gaza, atingido por disparos da artilharia israelense antes mesmo de os protestos começarem oficialmente.
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