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quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Sergio Moro na pasta da Justiça seria absurdo

Um acerto dificilmente pode ser melhorado. Mas um erro sempre pode ser aperfeiçoado. Jair Bolsonaro namora a ideia de colocar Sergio Moro na função de ministro da Justiça. Seria um grande equívoco. O juiz da Lava Jato cogita aceitar o convite, informa um auxiliar do capitão. Seria um gigantesco absurdo. [Bolsonaro tem o direito de convidar Moro para qualquer função em seu Governo;
mas, Moro tem a obrigação de recusar qualquer convite que tolha sua liberdade e autonomia.
Aceitar ser ministro da Justiça - cargo cujo titular é passível de demissão 'ad nutum' - é algo intolerável.
Se quiser - nada o impede, seja no aspecto ético, leal, moral, etc, etc - deve optar por ser indicado ministro do Supremo, cargo que além de honrar seus ocupantes, não limitará sua independência, em que pese que nos dias atuais o STF passa por um processo de apequenamento, cuja responsabilidade está nos atuais ministros - há exceções, poucas, mas existem.]

Uma coisa é aceitar eventual indicação de Bolsonaro para ocupar poltrona de ministro no Supremo. Todo magistrado sonha em chegar ao topo do Judiciário. Outra coisa bem diferente é trocar a prerrogativa de mandar prender poderosos pelo risco de ser mandado embora por um deles.

A seis dias do primeiro turno, Moro levantou o sigilo de um trecho da delação companheira de Antonio Palocci. Incorporada a um dos processos abertos contra Lula, a delação estimulou a suspeita de que o juiz interferiu na eleição para prejudicar o petismo.
Sergio Moro anotou em seu despacho: “…A farsa da invocação de perseguição política não tem lugar perante este juízo.” Concluído o segundo turno, se virar ministro de Bolsonaro, o juiz passará o resto da vida explicando por que ladrilhou com pedrinhas de brilhante a avenida que levou Bolsonaro ao Planalto. A Lava Jato jamais será a mesma. [a delação de Antonio Palocci se somou a muitas outras que provam, de forma indiscutível, que Lula é um bandido, um criminoso, um corrupto e merece que a pena que atualmente cumpre - com mordomias inaceitáveis e injustificáveis - seja acrescida de vários anos decorrentes de novas condenações motivadas pelos cinco processos que ainda responde.
Novas acusações contra o presidiário petista, às vésperas  das eleições, em nada alteraram a condição de Lula e do derrotado PT; curioso é que ninguém condena, ou condenou, o MP por iniciar uma investigação contra um dos principais integrantes do futuro Governo Bolsonaro, às vésperas do segundo turno.]

Blog do Josias de Souza