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quinta-feira, 16 de março de 2017

Perseguidas

Elas recusam o silêncio e transformam ameaças em força para lutar

No Dia Internacional da Mulher, flores foram substituídas por protestos no mundo inteiro. As típicas homenagens deram lugar à consciência de que falta muito a ser conquistado. Mulheres que ousam defender a igualdade de direitos e recusam o silêncio são perseguidas violentamente no Brasil. Na série de entrevistas que o Correio inicia hoje, 8 de março, você vai conhecer histórias de mulheres que resolveram não se calar. Com isso, encaram a violência diariamente, sem ver motivos para desistir.

Mulheres que lutam e não se calam

No Dia Internacional da Mulher, flores foram substituídas por protestos no mundo inteiro. As típicas homenagens deram lugar à consciência de que falta muito a ser conquistado. Mulheres que ousam defender a igualdade de direitos e recusam o silêncio são perseguidas violentamente no Brasil. Na série de entrevistas que o Correio inicia hoje, 8 de março, você vai conhecer histórias de mulheres que resolveram não se calar. Com isso, encaram a violência diariamente, sem ver motivos para desistir.

Em casa, clamar pelo direito de se separar leva a índices crescentes de feminicídio. No mercado de trabalho, salários e direitos iguais ainda são ilusão para muitas empresas. E, na internet, defender a ideia de que homens e mulheres devem ter igualdade é motivo para ataques machistas, racistas e homofóbicos. “Sofro ameaças todos os dias. Dizem que vão me torturar, me estuprar e que têm meu endereço”, diz Lola Aronovich, professora da Universidade do Ceará e autora do blog ‘Escreva Lola Escreva’.

A defesa de direitos leva a índices preocupantes em diversas áreas. Em 2016, 67 ativistas morreram no Brasil. Sete eram mulheres. O índice — 10,4% — pode parecer pequeno em uma primeira análise. No entanto, para Lúcia Bessa, subsecretária de Políticas para as Mulheres do Distrito Federal, o grupo é considerado mais vulnerável, por causa do machismo naturalizado na sociedade. “Ainda se acredita que o lugar da liderança não pertence às mulheres, porque nasceram para ficar em casa e servir ao marido. Quem não se enquadra nesse perfil, vira uma ameaça. A violência contra a mulher não escolhe situação, principalmente se for para nos calar”, justifica.

O conservadorismo crescente no país é motivo de preocupação. Ativistas reclamam que, enquanto conquistas não avançam, a participação do Estado na proteção das mulheres ainda é pífia. Diante da omissão de quem ocupa lugar de destaque no governo, as militantes precisam recorrer às organizações não governamentais. O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFemea) é uma das instituições brasileiras que promove rodas de conversa, apoio psicológico, emocional e, muitas vezes, financeiro às líderes, para que possam continuar na luta.  

Para Jelena Djordjevic, integrante do CFemea que está à frente da Campanha de Autocuidado e Cuidado entre Ativistas, a rede de apoio é uma estratégia para minimizar o impacto da violência contra mulheres ativistas e contribuir para a sustentabilidade do ativismo. “O espaço é necessário. Elas lidam com os problemas de outras mulheres e muitas vezes se esquecem dos próprios. O debate é importante”, analisa.

Matéria Completa no Correio Braziliense