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segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Depois de quase 10 anos, direita pode voltar ao comando da Suécia

Atualmente, país é comandado pela social-democracia

A Suécia pode ter um governo formado por partidos de direita em quase uma década. Realizada no domingo 11, a eleição nacional está próxima do fim, o que deve ocorrer até a quarta-feira desta semana. Com isso, o país terá um novo comando, depois da gestão social-democrata.

Os primeiros resultados divulgados hoje, com 90% dos votos apurados, mostram que o bloco de direita alcançou 175 cadeiras, das 349, no Riksdag, o Parlamento sueco — uma a mais que o bloco formado pela esquerda.

Em mais um sinal da guinada à direita, os Democratas Suecos anti-imigração devem ultrapassar os Moderados como o segundo maior partido do país e o maior da oposição, sugerindo uma mudança histórica.

O líder moderado Ulf Kristersson, provavelmente, será o candidato da direita ao cargo de primeiro-ministro. “Não sabemos qual será o resultado”, disse Kristersson, a apoiadores. “Mas estou pronto para fazer tudo o que puder para formar um governo novo, estável e vigoroso para toda a Suécia e todos os seus cidadãos.”

Kristersson disse que buscaria formar um governo com os pequenos democratas-cristãos e, possivelmente, os liberais, e contaria apenas com o apoio dos democratas suecos no Parlamento. Ele se apresentou como o único candidato que poderia unir a direita e derrubar a esquerda do poder.

O líder dos Democratas Suecos, Jimmie Akesson, ressaltou no Twitter que o partido teve “uma eleição fantástica”. Ele garantiu a apoiadores que o objetivo é ficar no governo. “Há 12 anos, entramos no Parlamento, quando conseguimos 5% dos votos. Agora, temos 20%”, observou.

Com os votos no exterior e alguns votos postais ainda a serem contados e a margem estreita entre os dois blocos, os resultados ainda podem mudar. A primeira-ministra social-democrata, Magdalena Andersson, ainda não admitiu a derrota, dizendo que os resultados estão muito apertados.

Leia também: “Pior que eleições é não realizar eleições”, texto publicado na edição 128 da Revista Oeste