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segunda-feira, 7 de março de 2016

Enquanto Dilma vai ao brejo, rivais ficam tontos

É dura a vida do brasileiro. Faltam-lhe dinheiro e emprego. Sobram-lhe desalento e indignação. Dilma é a principal responsável. Fascinada pelo caminho do brejo, ela arruinou a economia e conviveu com os larápios que invadiram os cofres sob Lula. A oposição quer podar-lhe o mandato. Beleza. Mas se madame for embora não será por isso que o dinheiro, o emprego e a probidade reaparecerão. Embriagada com o insucesso do governo, a oposição se desobrigou de oferecer esperança.

As coisas ficaram fáceis para os antagonistas do governo. Tão fáceis que a oposição desperdiça a paciência alheia repetindo que a queda de Dilma restaurará a decência e recolocará a economia nos trilhos. Depois que a presidente se for, essas mesmas vozes se entenderão com o PMDB, cleptoaliado de todos os governos, e proporão uma gestão de união nacional no melhor estilo um por todos e todos por hummmmmm!

Em termos práticos, há dois mecanismos legais para mandar Dilma de volta para casa. O Congresso pode aprovar o impeachment. Nessa hipótese, assume o comando o vice-presidente Michel Temer, do PMDB. O encurtamento do mandato pode ser determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nesse caso, deixariam o Planalto Dilma e Temer. Se a cassação ocorrer até o final do ano, convocam-se novas eleições. Se vier a partir de 2017, o novo presidente será escolhido pelo Congresso, em eleição indireta.

O PSDB, maior partido da oposição, não sabe o que quer. Mantém um pé em cada canoa. Supondo-se que opte pelo impeachment, cabe indagar: o réu Eduardo Cunha presidirá o processo na Câmara? [claro que sim; Eduardo Cunha ACUSADO da prática de vários delitos, CONTINUA SENDO o presidente da Câmara dos Deputados e o sucessor legítimo do presidente da República, não existindo vice-presidente.
Coloquem de vez na ideia que culpado ou não culpado - se o beneficio da dúvida vale para manter Dilma na presidência da República, Lula em liberdade, tem que valer também para o Eduardo Cunha - Eduardo Cunha enquanto for presidente da Câmara é o segundo na linha sucessória da chefia do Poder Executivo.] O multi-investigado Renan Calheiros comandará o show no Senado? [vale o mesmo que vale para o Cunha; Renan sendo presidente do Senado atuará no processo de impeachment, exceto que nas ações referentes ao processo o Senado Federal será presidido pelo presidente do STF.] O que significa trocar Dilma por Temer? Cunha e Renan estarão no pacote do vice? Paulinho da Força, um prontuário aliado do tucanato, participará do governo de união nacional? São perguntas que ninguém responde.

Admitindo-se que a encrenca seja transferida para a Justiça eleitoral, manda a Constituição que, em caso de cassação da chapa presidencial, assume o governo o presidente da Câmara, para convocar novas eleições em 90 dias. Quem aceitará chamar Eduardo Cunha de presidente da República por três meses? Se o processo deslizar para 2017, como conviver com a ideia de delegar para um Congresso apodrecido a escolha de um presidente-tampão? De novo, ninguém responde. [são perguntas cujas respostas estão na Constituição vigente.]

A hipótese do impedimento pisca no horizonte desde que o delator Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, revelou ter borrifado R$ 7,5 milhões em verbas sujas nas arcas da reeleição. A prisão de João Santana, marqueteiro das campanhas petistas, fez do pisca-pisca uma lanterna. Que virou um farol com a delação de Delcídio Amaral. E tornou-se um canhão de luz com a inclusão de Lula no rol de investigados e com o cheiro de enxofre que exala das delações que estão por vir.

Graças à Lava Jato e à inépcia gerencial de Dilma, o governo derrete. E sua liquefação faz com que o aspecto mais notável da crise passe a ser a debilidade da oposição. Não se trata nem de repetir que a oposição não tem projeto. Faltam-lhe, em verdade, liderança e miolos para transformar o vapor da crise em energia transformadora. Hoje, os rivais de Dilma e Cia. limitam-se a rezar para que o asfalto pegue fogo no dia 13 de março. Para quê? [não existe oposição de verdade no Brasil; o PSDB odeia ser oposição, é um problema genético e para complicar mais ainda entregam o comando do PSDB a um Aécio Neves, murista juramentado e no que depender dele, esse assunto será resolvido após a posse do novo presidente em janeiro de 2019 - que com certeza não será o Aécio.
Essa indecisão descabida, mesmo covarde, da oposição é que torna natural que as coisas sejam decididas pelo impeachment ou pela cassação via TSE, restando o remédio mais amargo, mas, legal e mais eficiente: a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL.]

Fonte: Blog do Josias de Souza 

 

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

A maldição do marqueteiro

As lágrimas rolaram no carpete da Câmara. Na tarde de 11 de agosto de 2005, deputados da esquerda do PT choraram copiosamente no plenário. Eles estavam abalados com revelações de Duda Mendonça, marqueteiro da campanha que levou Lula à Presidência.

 Basta de ratos enriquecendo às nossas custas !  Dia 13/03 vamos às ruas protestar contra  os corruptos que estão acabando com o Brasil!!!

Naquele dia, o publicitário admitiu à CPI dos Correios ter recebido R$ 11,9 milhões do partido no exterior. “Esse dinheiro era claramente de caixa dois”, afirmou. O relato chocou petistas que ainda empunhavam a bandeira da ética na política. “Nós nos sentimos apunhalados”, disse o deputado Chico Alencar. “Entramos em parafuso”, reforçou Ivan Valente. Desiludidos com o mensalão, os dois deixaram o PT. Onze anos depois, a maldição do marqueteiro volta a assombrar o partido. 

A ordem de prisão de João Santana é mais um duro golpe no petismo. O publicitário foi responsável pelas últimas três campanhas presidenciais da sigla. Em 2014, ajudou a reeleger Dilma Rousseff com um bombardeio impiedoso aos adversários Marina Silva e Aécio Neves. Até ontem, continuava entre os únicos conselheiros ouvidos pela presidente. 

A Lava Jato rastreou depósitos de US$ 7,5 milhões (cerca de R$ 30 milhões) numa offshore atribuída ao marqueteiro. O dinheiro foi repassado pela Odebrecht e por um lobista acusado de desvios no petrolão. 

Em nota, João Santana disse que as acusações são “infundadas” e que o país vive um “clima de perseguição”. O juiz Sergio Moro viu “fundada suspeita” de que os pagamentos eram para “remunerar, com produto de acertos de propina em contratos da Petrobrás, serviços prestados ao Partido dos Trabalhadores”. 

Ainda não está claro se o caso atingirá a campanha de Dilma, mas já é possível apontar ao menos uma diferença entre os escândalos com marqueteiros do PT. Há 11 anos, muitos políticos do partido tinham motivos sinceros para se chocar. Agora, ninguém pode mais derramar lágrimas de surpresa.

Fonte: Bernardo Mello Franco -  Folha de São Paulo