Casa Branca afirmou na quinta-feira (2/2) que ainda não adotou uma postura oficial frente à construção de novas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada, mas sugeriu que as mesmas intensificariam o conflito entre israelenses e palestinos
"Embora não acreditemos que a existência de assentamentos seja um
impedimento para a paz, a construção de novos assentamentos, ou a
expansão dos existentes além de suas fronteiras atuais, não seriam de
ajuda" para alcançar esse objetivo, declarou o porta-voz da Casa Branca,
Sean Spicer.
A declaração marca um
distanciamento da postura prévia do presidente Donald Trump, que
defendeu a construção de moradias por parte de Israel. Recentemente,
o governo israelense divulgou seus planos para erguer 3.000 casas no
leste da Cisjordânia, o quarto anúncio desse tipo desde que Trump
assumiu o poder, em 20 de janeiro.
Os
especialistas argumentam que as novas construções ameaçam uma solução
entre os dois Estados - um palestino e outro israelense. [as construções realizadas por Israel em território palestino atrapalham o processo de paz e contribuem decisivamente para que a ocupação ilegal e criminosa por Israel do território palestino permaneça.
Trump certamente adotará medidas que impedirão a continuidade por Israel da ocupação criminosa.]
Os
assentamentos na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém são
considerados ilegais sob a lei internacional e um obstáculo para a paz,
já que são territórios onde os palestinos esperam criar seu Estado.
Cerca de 430 mil colonos israelenses vivem atualmente na Cisjordânia
ocupada e mais de 200 mil em Jerusalém Oriental, que os palestinos
querem que seja a capital do Estado ao qual aspiram.
Antes de ser eleito, Trump criticou o governo Obama por não vetar a decisão do Conselho de Segurança da ONU de condenar os assentamentos. Em dezembro passado, o órgão exigiu que Israel parasse de construir novas colônias em territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. O argumento é de que os assentamentos "colocam em risco a viabilidade da solução de dois Estados".
Com a manifestação de Donald Trump reconhecendo que os assentamentos colocam em risco o processo de paz, o ímpeto invasor do estado hebreu será contido e passará a ser mera questão de tempo que passe a retirar judeus assentamentos ilegais.
Informações de: O Globo e Correio Braziliense