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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Trump se corrige, assume postura correta em relação aos ilegais assentamentos palestinos na Cisjordânia e declara: tais assentamentos atrapalham o processo de paz

Casa Branca afirmou na quinta-feira (2/2) que ainda não adotou uma postura oficial frente à construção de novas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada, mas sugeriu que as mesmas intensificariam o conflito entre israelenses e palestinos

"Embora não acreditemos que a existência de assentamentos seja um impedimento para a paz, a construção de novos assentamentos, ou a expansão dos existentes além de suas fronteiras atuais, não seriam de ajuda" para alcançar esse objetivo, declarou o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.

A declaração marca um distanciamento da postura prévia do presidente Donald Trump, que defendeu a construção de moradias por parte de Israel. Recentemente, o governo israelense divulgou seus planos para erguer 3.000 casas no leste da Cisjordânia, o quarto anúncio desse tipo desde que Trump assumiu o poder, em 20 de janeiro.

Os especialistas argumentam que as novas construções ameaçam uma solução entre os dois Estados - um palestino e outro israelense. [as construções realizadas por Israel em território palestino atrapalham o processo de paz e contribuem decisivamente para que a ocupação ilegal e criminosa por Israel do território palestino permaneça.
Trump certamente adotará medidas que impedirão a continuidade por Israel da ocupação criminosa.]

Os assentamentos na Cisjordânia ocupada e no leste de Jerusalém são considerados ilegais sob a lei internacional e um obstáculo para a paz, já que são territórios onde os palestinos esperam criar seu Estado.
Mudança de discurso
Antes de ser eleito, Trump criticou o governo Obama por não vetar a decisão do Conselho de Segurança da ONU de condenar os assentamentos. Em dezembro passado, o órgão exigiu que Israel parasse de construir novas colônias em territórios palestinos ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. O argumento é de que os assentamentos "colocam em risco a viabilidade da solução de dois Estados".


Informações de:
O Globo e  Correio Braziliense