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Ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que o país quer manter o controle de segurança do território palestino
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, revelou um plano na noite de quinta-feira 4 para o futuro da Faixa de Gaza após o fim da guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas, que governa o território há quase vinte anos. A medida ocorre após pressão de seu principal aliado, os Estados Unidos, por propostas concretas para a região
Entre os principais pontos do plano divulgado por Gallant estão:
O controle de segurança de Gaza ficaria nas mãos de Israel após o Hamas ser derrotado, com a presença de soldados israelenses, mas não civis, no território;
Um órgão palestino, ainda indefinido, mas guiado por Israel, seria responsável por gerir a administração diária do enclave, com funcionários públicos locais ou líderes comunitários;
Os Estados Unidos, a União Europeia e outros parceiros regionais assumiriam a responsabilidade pela reconstrução do território, hoje praticamente reduzido a ruínas.
Além disso, o plano, que não é uma política oficial e ainda não foi aprovado por outros ministros, determina que a ofensiva de Israel em Gaza continuará até que os reféns, sequestrados em 7 de outubro, sejam libertados e as “capacidades militares e governativas” do Hamas, desmanteladas. Só depois começaria uma nova fase, durante a qual “o Hamas não controlará Gaza e não representará uma ameaça à segurança dos cidadãos de Israel”.
[Comentário: iniciamos destacando que não comentamos narrativas e sim fatos.
Ao nosso entendimento os fatos da presente matéria e outros, não deixam dúvidas que a matança contínua de civis palestinos, especialmente crianças e mulheres, somada ao radicalismo israelense, não deixam dúvidas que as Forças Armadas de Israel promovem um genocídio contra o povo palestino, o que mais fortalece sua posição contrária a criação de um Estado Palestino]
Pressão americana As propostas vieram a público logo antes de uma visita do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, diplomata com duas missões no Oriente Médio:
- evitar que a guerra transborde para outros países,
- vire um conflito regional, e desenhar um futuro pós-guerra que inclua tanto os judeus quanto os palestinos.
O quadro delineado por Gallant difere totalmente das propostas dos Estados Unidos, que desejam ver uma Autoridade Palestina revitalizada – que governa a Cisjordânia,embora enfraquecida por crises de representatividade e de corrupção – no poder de Gaza.
Além disso, Washington pleiteia novas negociações para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou a proposta dos Estados Unidos.
Em visita a Tel Aviv, conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, diz que enxerga 'intenção' de Israel para evitar mortes entre a população palestina
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, afirmou nesta sexta-feira, 15, que embora os Estados Unidos enxerguem a “intenção” de Israel em proteger a população da Faixa de Gaza em meio à guerra contra o grupo terrorista palestino Hamas,ainda não viram “resultados” concretos das medidas adotadas pelo exército israelense para evitar mortes de civis.
Em visita a Tel Aviv, Sullivan reiterou o apoio americano à causa israelense durante uma coletiva de imprensa, em meio a críticas veladas. Na véspera, a autoridade da Casa Branca se encontrou com o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. “Israel seleciona seus alvos e tenta distinguir ataques que atingem o Hamas e aqueles que podem tirar a vida de civis inocentes”, afirmou a repórteres. “Israel tem a intenção de garantir que está traçando essas distinções de forma clara e sustentável. Queremos ver resultados à altura disso”, alfinetou.
Fardo e responsabilidade No sutil tom de crítica, já um pouco diferente do apoio total e completo que proferiram os Estados Unidos no início da guerra, o conselheiro de segurança nacional americano reiterou que terroristas do Hamas se escondem entre os civis, criando um “fardo incrível” para as Forças de Defesa de Israel (FDI), mas enfatizou que isso não justifica a morte de pessoas inocentes.
“Agora, esse fardo não diminui a responsabilidade das FDI de agir de uma forma que distinga alvos terroristas e pessoas inocentes, nem de tomar todas as precauções para proteger os civis e minimizar a perda de vidas”, acrescentou Sullivan.
“Também não diminui o fardo, a propósito, de garantir que assistência humanitária flua em quantidades suficientes para que o povo palestino tenha acesso a alimentos, água, medicamentos e saneamento”, disse ele, acrescentando que seu governo transmitiu essas mensagens “de forma bastante clara” a Netanyahu.
Autoridade Palestina Também nesta sexta, Sullivan viajará para a Cisjordânia, território palestino parcialmente ocupado por assentamentos judeus. Lá, deve reunir-se com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah.
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Na mesma coletiva, o conselheiro da Casa Branca afirmou que a Autoridade Palestina, responsável pela administração da Faixa de Gaza até 2006 – quando foi expulsa pelo Hamas – precisa ser “renovada e revitalizada” para que possa voltar a governar o território após o fim da guerra.
“Caberá aos líderes da Autoridade Palestina trabalhar nos tipos de medidas que precisam tomar para reformar e atualizar a autoridade para a situação que enfrentamos hoje”, disse Sullivan, acrescentando que que o controle, a administração e a segurança de Gaza deveriam passar para os palestinos, algo que vai contra declarações anteriores de Netanyahu, que defende que Israel fique responsável pelo enclave após o conflito terminar.
Fúria e ressentimentos são continuamente atiçados e se espalham pelo mundo. A solução só virá quando se abrir uma brecha no império do rancor
DO LADO DE CÁ - Violência: soldado de Israel usa a força para reprimir manifestante palestino na Cisjordânia (Jaafar Ashtiyeh/AFP)
As guerras são a mais extrema expressão da barbárie e desgraçadamente não faltam exemplos de horrores e mortandade ao longo da história.
Mas poucas vezes a violência sem limites escalou de maneira tão vertiginosa quanto a que se observa no duelo atual entre a força militar de Israel e os militantes do Hamas, que acaba de completar um mês.
A trágica contabilidade de mortos partiu do altíssimo patamar de 1 400 pessoas massacradas no dia 7 de outubro, quando o grupo palestino cruzou os limites da Faixa de Gaza em um devastador ataque-surpresa.
A resposta israelense foi deslanchar uma ofensiva para aniquilar o inimigo que, na conta do Ministério da Saúde da superpovoada Gaza, já matou mais de 10 000 pessoas, quase metade delas crianças.
Os sangrentos trinta dias de confronto desembocaram em uma agressividade de proporção inédita no campo de batalha da opinião pública, com o disparo maciço nas redes sociais de cenas de execuções, bombardeios de escolas, colapso de hospitais e bebês sem vida.
O mundo se repartiu entre contra e a favor, sufocando o meio-termo e abrindo espaço para o mais virulento preconceito. “A mente está cheia até a borda com nossa própria dor e não sobra espaço nem para reconhecer a dor dos outros”, escreveu o historiador e filósofo israelense Yuval Harari. Pairando sobre tudo, o ódio, sentimento que cega e escraviza, vai cumprindo seu papel de aprofundar as históricas desavenças entre árabes e judeus, fazendo delas uma questão pessoal, de indivíduo contra indivíduo, com ecos em toda parte e sem solução à vista.
Nos últimos dias, tanques e tropas cercaram a cidade de Gaza, a maior do enclave, e iniciaram a incursão pela rede de túneis controlada pelo Hamas. “Estamos em uma nova etapa da guerra”, declarou o porta-voz do Exército Daniel Hagari, ao mesmo tempo em que o secretário-geral da ONU, António Guterres, subia o tom, afirmando que Gaza está se tornando “um cemitério de crianças”. Discute-se a implantação de “pequenas pausas humanitárias” nos combates — as forças israelenses deram quatro horas para moradores da Cidade de Gaza deixarem o local —, e as listas para a saída de estrangeiros e feridos graves pelo Egito são divulgadas a conta-gotas (34 brasileiros estão na fila).
Não se sabe o que será de Gaza após a ofensiva militar. Negociações estão em curso para que a mais moderada Autoridade Palestina, que administra a Cisjordânia, assuma o território, mas ela terá que conviver com a presença israelense— o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu antecipou que o país “será responsável pela segurança por um período indefinido”.A marcha da insensatez se acelerou com a declaração de Amihai Eliyahu, ministro do Patrimônio — cargo criado para acomodar a extrema direita religiosa que faz parte do governo —, de que o uso de bombas nucleares em Gaza “seria uma opção”. Foi afastado e desautorizado, mas o estrago estava feito.
Nada do que se discute agora sinaliza um caminho para a paz — pelo contrário, são ações que, como já aconteceu outras vezes, cristalizam raiva e ressentimentos que se espalham pelo planeta.
Os casos de antissemitismo e de islamofobia mais do que triplicaram na Europa e nos Estados Unidos no último mês. No estado de Illinois, o menino de origem palestina Wadea Al Fayun, 6 anos, foi esfaqueado pelo dono do apartamento onde ele morava com a família, um septuagenário que, segundo sua mulher, “escuta talk shows conservadores no rádio” e andava obcecado pelo conflito no Oriente Médio.
Em Lyon, na França, uma mulher judia foi ferida a facadas por um homem que bateu à sua porta e, para não deixar dúvida quanto à motivação do crime, pichou uma suástica na entrada da casa.
Estrelas de Davi apareceram pintadas na fachada de prédios habitados por judeus em Paris.
No longínquo Daguestão, país muçulmano às margens do Mar Cáspio, uma turba invadiu o saguão de um aeroporto pretendendo linchar passageiros que desembarcavam de Tel Aviv. “No mundo conectado em que vivemos, quem já têm inclinação para a violência reforça sua visão. As pessoas estão buscando motivos para confirmar seus preconceitos”, diz Wendy Via, cofundadora do Global Project Against Hate and Extremism.
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As expressões de ódio despertadas pelo conflito entre árabes e judeus derramaram-se, com força nunca vista, pelas universidades americanas, um terreno minado pela polarização política e pelo racha talhado pela cultura woke, que leva às últimas consequências o conceito do politicamente correto. Em Harvard, trinta organizações estudantis não só condenaram Israel como abraçaram o execrável slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre” — à primeira vista inocente, mas que embute a sumária destruição total do Estado judeu (por repetir o desatino, Rashida Tlaib, única deputada de origem palestina dos Estados Unidos, recebeu um raríssimo voto de censura da Câmara).
Em Cornell, outra instituição de elite, um aluno disparou nas redes sociais ameaças de morte a estudantes judeus. Tulane, em Nova Orleans, foi palco de agressões generalizadas entre apoiadores dos dois lados quando um manifestante tentou incendiar uma bandeira de Israel. Em Stanford, na Califórnia, a polícia investiga como crime de ódio a morte de um judeu nas proximidades de um ato pró-Palestina. “O discurso, no meio universitário, repisa que os dois povos não podem viver naquela região porque um lado representa o domínio imperialista e o outro rejeita a civilização ocidental. É a islamofobia batendo boca com o antissemitismo”, resume Michel Gherman, professor de história da UFRJ nascido em Israel e tachado de antissemita em um debate na PUC carioca.
O antissemitismo observado nos dias de hoje é uma chaga que teve origem no fim do século XIX, concentrado principalmente na Europa.
As aceleradas mudanças políticas e econômicas da época, um processo repleto de conflitos que iriam descambar em duas guerras mundiais, desagradaram a nacionalistas que, em busca de um bode expiatório, atribuíram os problemas surgidos à minoria religiosa que controlava parte das instituições financeiras — início de uma perseguição movida pela intolerância que culminou no Holocausto e nos 6 milhões de mortos pelas atrocidades nazistas.
A fogueira da islamofobia se acenderia meio século depois,quando árabes começaram a migrar para países europeus em busca de vida melhor. Ela explodiria neste século, em que as imensas levas de imigrantes ilegais, associadas à violência latente nas periferias pobres das grandes cidades, desencadearam um turbilhão antimuçulmano. “O antissemitismo e a islamofobia têm a mesma raiz ideológica e é justamente isso que impede que as duas vítimas se reconheçam em pé de igualdade e possam dialogar”, ressalta Arlene Clemesha, professora de história árabe da USP.
O clima de animosidade entre árabes e judeus se fez presente já na origem dos dois povos: como era comum na convivência das tribos naquela época, as escrituras relatam choques entre os descendentes dos dois filhos de Abraão — Ismael, que viria a formar a nação árabe, e Isaac, tronco do judaísmo.“Os dois povos semitas entraram em conflito por terras já em XVII a.C.”, relata o teólogo Jacir de Freitas, autor de A História de Israel e as Pesquisas Mais Recentes. Apesar dessas diferenças, árabes e judeus repartiram o que é hoje a Palestina com relativa civilidade durante milênios.
O conflito do qual a guerra atual é a mais recente e mais mortífera consequênciatem como ponto de partida as movimentações que resultaram na proposta, apresentada pela ONU em 1947, de divisão da Palestina para a formação do Estado de Israel.
Nacionalistas palestinos e sionistas se mobilizaram contra e a favor da partilha, a Liga Árabe tomou partido e os tiros começaram a ser disparados.
Três guerras entre israelenses e alianças militares árabes, inúmeros e horripilantes atentados terroristas e seguidas revoltas sufocadas a bala e bombas depois, judeus e palestinos vivem no mesmo espaço, mas separados por uma montanha de fúria e desconfiança. “O ódio não é a causa dos acontecimentos históricos, mas sim seu subproduto. Frequentemente políticos e ideólogos incitam esse sentimento para ganhar poder e influência”, ensina Norman Naimark, professor de história da Universidade de Stanford.
Sentimento inerente à condição humana, o ódio se situa entre a raiva e o nojo, duas das seis emoções básicas universais descritas pelo psicólogo americano Paul Ekman. Ambas têm lá sua justificativa: enquanto a raiva pressupõe ação diante de algo percebido como errado ou injusto, o nojo serve para evitar contato com perigos e ameaças — na evolução, manteve humanos longe de comidas venenosas ou estragadas. “Mas a combinação é destrutiva”, explica Robert Sternberg, professor de psicologia da Universidade Cornell. “Seu estímulo provém de narrativas falsas, que convencem as pessoas de que o outro está roubando seus recursos e seu destino.” O psicólogo social Aharon Levy completa: “Em uma situação de ódio entre grupos, cada lado acredita que está moralmente correto, ao passo que o inimigo é imoral e não pode mudar”.
A dinâmica do ódio já serviu de base para episódios estarrecedores de massacres de populações. Em 1995, 8 000 muçulmanos foram brutalmente assassinados por forças sérvias em Srebrenica, na Bósnia e Herzegovina. Um ano antes, os hútus executaram 800 000 tútsis, só por serem tútsis, em Ruanda.
No mais impactante ato de terrorismo jamais visto, dois aviões lotados derrubaram as torres gêmeas do World Trade Center, em plena Nova York, matando cerca de 3 000 pessoas, todas civis.
Individualmente, o escritor indo-britânico Salman Rushdie passou anos escondido, com a cabeça posta a prêmio por citar o profeta Maomé no romance Os Versos Satânicos.
Voltou a circular e em 2022, mais de três décadas depois, um fanático o esfaqueou.
Sobreviveu, mas perdeu a visão de um olho e teve o fígado perfurado.
Por outro lado, conflitos que pareciam impossíveis de ser contornados deixaram de existir: franceses se reconciliaram com ingleses após séculos de enfrentamentos, japoneses fizeram as pazes com americanos, depois da II Guerra, alemães assumiram a responsabilidade e se penitenciaram pelos crimes nazistas. No sofrido Oriente Médio, resta torcer para que uma brecha se abra e a voz da razão possa um dia ser ouvida.
Publicado em VEJA, edição nº 2867, de 10 de novembro de 2023
É a guerra mais brutal de parte a parte, escancarando a falência de soluções que visam à eliminação pura e simples do inimigo
Uma nota de rodapé da edição brasileira de “Ellis Island” — pequena
preciosidade sobre a errância humana escrita por Georges Perec no início
dos anos 1980 — ensina que a palavra Emet, em hebraico, significa
“verdade”;contudo, se dela cortarmos a primeira vogal, ela passa a
significar “morto”.
Essa proximidade etimológica adquire sentido
redobrado nos dias atuais, em que o menor descuido com a verdade pode
significar mortandade múltipla.
Nestes tempos em que o mundo está
horrendo de feio, odiento e odioso, qualquer sinal de lucidez é
bem-vindo.
O escritor e jornalista americano Ta-Nehisi Coates, autor de aclamada
investigação sobre o que é ser negro nos Estados Unidos (“Entre o mundo e
eu”), contou em entrevista recente por que decidiu juntar sua voz à
causa palestina.
Convidado a participar de um festival literário na Cisjordânia,
ele se preparara lendo tudo o que lhe caía em mãos sobre o conflito.
Percebeu que todas as reportagens, textos de opinião ou editoriais da
mídia ocidental qualificavam o impasse como “complexo”, de alta
“complexidade”. Pensou então que levaria tempo para discernir o certo do
errado, compreender as raízes morais de cada convicção. Equivocou-se:
— O mais chocante de minha estadia lá foi constatar quanto a questão é descomplicada — contou ao programa “Democracy now!”.
A realidade da ocupação lhe gritou na cara já no segundo dia da viagem.
Ele e o grupo de escritores convidados estavam na cidade de Hebron,
ciceroneados por um guia palestino. Chegados a determinada rua, o
anfitrião esclareceu que eles poderiam prosseguir sozinhos, se quisessem
— para o guia nascido naquele chão, o trânsito estava proibido.— Tudo ficou tão claro. E tão familiar. Eu me encontrava novamente em
território onde a mobilidade é inibida, onde o direito à água é inibido,
o direito à moradia é inibido, os direitos básicos, inclusive o direito
ao voto para poder eleger a democracia, são inibidos — constatou.
Esta é a quinta guerra dos últimos 15 anos entre o grupo terrorista Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e o Estado de Israel.
É, também, a mais brutal e carniceira de parte a parte, escancarando a
falência de soluções que visam à eliminação pura e simples do inimigo.
Cada clarão lunar de bombardeio israelense sobre Gaza, cada novo avanço a
ferro e fogo para tentar aniquilar os tentáculos subterrâneos do terrorsó aumenta o apagamento da população civil desgarrada.
Até agora, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahué o único integrante do gabinete de guerra israelense a não admitir ter
falhadona proteção do Estado contra o ataque do Hamas de 7 de outubro.
Os chefes das Forças Armadas de Defesa e da Inteligência Militar, o
diretor da agência de inteligência Shin Bet, o atual ministro da Defesa e
até mesmo seu antecessor já reconheceram alguma responsabilidade na
matança de 1.400 judeus e no sequestro em mãos terroristas de outros
240.
Quando pressionado, Netanyahu responde que todos, inclusive ele,
deverão responder a uma futura investigação, mas que sua
responsabilidade é uma só: vencer a guerra.
Sem chance.Montado num poderio bélico capaz de exterminar a liderança
do Hamas e de implodir a infraestrutura terrorista no enclave, ele
talvez até consiga vencer sua guerra de terra arrasada, a qualquer
custo.Nessa eventualidade, terá perdido o principal: a paz. Tanto a paz
interna num Israel dilacerado e órfão de sua história democráticaquanto a paz externa na comunidade das nações.
A História dá voltas que
nem ela mesma consegue assimilar devidamente. Nesta semana, o governo da
Alemanha solicitou ao governo de Israel que proteja os palestinos da
Cisjordânia ocupadado surto de violência a que têm sido submetidos por
soldados e colonos judeus. Repetindo: a Alemanha saída do nazismo pede a
Israel nascido do Holocausto que não maltrate determinado povo.
Em meio a todo esse horror, a semana termina com Ta-Nehisi Coates e o secretário de Estado americano, Antony Blinken,
constatando o óbvio. A solução futura, em algum momento, enunciou
Blinken, são “dois Estados para os dois povos, o que julgamos ser a
melhor garantia — senão a única — para um Israel judeu, seguro e
democrático”. Que seja ainda neste decênio.
Lista
de estrangeiros não foi divulgada neste domingo, diz Cairo, após forças
israelenses atingirem uma ambulância no sábado; brasileiros no enclave
seguem esperando liberação [qual a explicação do 'estadista' Lula? = o boquirroto]
Homem
reage enquanto está sentado perto do portão do posto de fronteira de
Rafah com o Egito, no sul da Faixa de Gaza — Foto: SAID KHATIB / AFP
O Egito anunciou a suspensão das saídas dos moradores de Gaza feridos e portadores de passaportes estrangeiros através da passagem de Rafah,
informou o embaixador brasileiro junto à Autoridade Nacional Palestina
(ANP), na Cisjordânia, Alessandro Candeas.
Desde quarta-feira, quando a
passagem foi finalmente liberada, cerca de 2.700 estrangeiros, de um
total de 7.500, cruzaram a fronteira.
Devido à suspensão,que ocorreu após forças israelenses atingirem um comboio de ambulâncias
no sábado — deixando 15 mortos e 60 feridos —, as autoridades não
divulgaram uma nova lista de estrangeiros liberados para a saída do
território neste domingo. Do Brasil, há 34 pessoas no aguardo: 24 são
brasileiros, 7 são palestinos em processo de imigração e 3 são parentes
próximos.
A única saída viável de Gaza hoje é pela passagem de Rafah, no sul do
enclave, na fronteira com a Península do Sinai egípcia.
A passagem está
sob controle do Egito desde um acordo fechado com Israel, em 2007,
quando o Hamas tomou o poder na Faixa de Gaza e expulsou o grupo
palestino laico Fatah para a Cisjordânia, onde controla a Autoridade
Nacional Palestina (ANP), reconhecida pela ONU como legítima liderança
dos palestinos.
Nos 16 anos seguintes, Israel e Egito mantiveram um duro controle do
que (e de quem) entra e sai do território dominado pelo Hamas. Caminhões
de ajuda humanitária, entretanto, ainda podem entrar na região.
A Faixa de Gaza tem apenas outras duas passagens para saída e entrada
de pessoas e mercadorias.
Uma é a de Erez, que fica ao norte e leva ao
sul do território israelense, e foi atacada pelo Hamas na invasão do dia
7 de outubro.
A outra passagem, de Kerem Shalom, serve apenas ao
transporte de cargas e também está no sul de Gaza, na fronteira com
Israel e perto do território egípcio.
As saídas por Rafah começaram na quarta-feira como parte de um acordo
internacional mediado pelo Catar para permitir que detentores de
passaporte estrangeiro, seus dependentes e feridos de Gaza deixassem a
região e, desde então, centenas de pessoas já saíram do território,
incluindo feridos que estão recebendo tratamento em hospitais no Sinai.
Pouco depois dos ataques terroristas do Hamas, em 7 de outubro, o
governo de Israel emitiu um ultimato aos palestinos de Gaza para
esvaziarem o Norte do enclave,antes de uma invasão por terra. "Saiam
agora", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, aos
moradores da região que inclui a Cidade de Gaza, a maior e mais
importante do território. Pelo menos 1 milhão de pessoas foram obrigadas
a se retirar de uma vez só, em meio à destruição dos bombardeios.
Gaza é palco de bombardeios e combates terrestres entre tropas
israelenses e o grupo Hamas, que lançou um ataque sem precedentes contra
o Estado judeu em 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos, segundo
as autoridades israelenses. O governo do Hamas em Gaza afirma, por sua
vez, que mais de 9.770 pessoas, a maioria civis, morreram no território
devido aos bombardeios retaliatórios israelenses.
Presidente palestino afirma ser uma 'bobagem' a proposta, que retira 'direitos legítimos'da população árabe
O presidente daAutoridade Palestina, Mahmoud Abbas, rejeitou nesta terça-feira, 28, o plano de paz proposto pelo presidente americano,Donald Trump, ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, divulgado mais cedo na Casa Branca sob o título “Acordo do Século”.
“Depois dessa bobagem que escutamos hoje, nós respondemos
mil vezes não ao Acordo do Século”, disse Abbas em uma conferência de
imprensa na cidade de Ramala, na Cisjordânia. O presidente afirmou que
os palestinos estão focados em acabar com a ocupação israelense e
estabelecer um Estado soberano no qual Jerusalémserá sua capital, não em reconhece-lo como legítimo.
[correta e esperada a reação da Autoridade Palestina; o tal 'acordo do século', elaborado por Trump e Netanyahu, sem a participação dos palestinos, só agrada aos que o tramaram; Trump está feliz já que além de satisfazer seu ego imenso, ainda o ajuda na batalha que já venceu, no processo de impeachment. Já o premiê de Israel, é duplamente favorecido com o absurdo 'plano de paz'. Em primeiro plano por: - o plano consolida a soberania do Estado hebreu sobre o território invadido dos palestinos, invadido por Israel; - reconhece a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã; - cassa, de forma definitiva, a aspiração palestina de ter a cidade de Jerusalém, que sedia lugares sagrados para os palestinos, como sua capital, tornando-a de vez território israelense soberano; e, - desmilitariza totalmente a Faixa de Gaza, que já é um campo de treinamento para as chamadas Forças de Defesa dos israelenses. Em segundo, desvia o foco das acusações de corrupção contra o primeiro-ministro de Israel, realçando eventuais méritos e minimizando as sérias acusações contra Netanyahu.]
Representantes de todos os grupos palestinos, incluindo o Hamas, se
reuniram com Abbas nesta terça-feira. “Nós não nos ajoelharemos e nem
nos renderemos”, disse adicionando que os palestinos devem resistir ao
plano com o recurso de “meios pacíficos e populares”. Em paralelo, protestos de palestinos surgiram nas proximidades de
Israel e na Faixa de Gaza. Segundo a imprensa israelense, duas pessoas
foram presas durante as manifestações.
Mais cedo, o líder do Hamas,
Ismail Haniyeh, telefonou a Abbas para discutir sobre como confrontar o
plano de paz. Na ligação, Abbas defendeu que a união é a “pedra
angular” para derrotar o acordo que, segundo ele, elimina “direitos
legítimos” dos palestinos. Haniyeh concordou que a unidade será o fator
essencial e disse que o movimento está pronto para trabalhar ao lado do
Fatah, partido de Abbas. Chamado de “Acordo do Século”
por Trump e Netanyahu, o texto mantém a solução de dois Estados para a
Palestina e Israel, aceito há anos pela comunidade internacional. Mas
prevê que Jerusalém ficará sob domínio israelense, e a capital da nova
nação árabe será nos arredores ao leste da cidade santa.
Outros pontos do acordo são
o reconhecimento da soberania israelense pelos árabes, que não poderão
reivindicar o território ocupado pelos judeus na Cisjordânia. Também
está prevista a desmilitarização do Hamas e da Jihad Islâmica, que atuam
na Faixa de Gaza. Em troca, o Estado palestino seria reconhecido
internacionalmente e receberia um fundo de 50 bilhões de dólares para
reestruturar o país, além da promessa de ganho territorial. As negociações não tiveram a participação de nenhum representante
palestino. A Autoridade Palestina rompeu os vínculos diplomáticos com
Washington após a transferência da embaixada de Tel Aviv para Jerusalém,
em 2017.
Trump se diz o presidente americano mais pró-Israel que os Estados
Unidos já elegeu. Durante sua gestão, apoiou por diversas vezes o Estado
israelense, na contra-mão do consenso internacional quanto ao conflito
com os árabes. Além de ter transferido a embaixada, ele reconheceu a
soberania de Israel nas Colinas de Golã, território ocupado da Síria, e
foi até homenageado com o seu nome para um assentamento no local.
A reeleição de um líder político deve, normalmente, ser examinada sob o
registro da continuidade. A regra não se aplica ao triunfo de Binyamin
Netanyahu nas eleições gerais israelenses. Na campanha, o
primeiro-ministro prometeu anexar as colônias israelenses na Cisjordânia
e declarou que"Israel não é um Estado de todos os seus cidadãos". À luz do "Deus de Trump" (apud Ernesto Araújo),Netanyahu avançou os
sinais vermelhos sempre respeitados pela corrente principal do sionismo.
Nesse passo, ameaça levantar a âncora que prende Israel à rocha da
democracia.
A maior vitória militar de Israel trouxe com ela um desafio de natureza
existencial. Depois da Guerra dos Seis Dias (1967), o Estado judeu
converteu-se em potência ocupante dos territórios palestinos (Jerusalém
Oriental, Cisjordânia, faixa de Gaza).O rápido crescimento demográfico palestino descortinou a perspectiva de
configuração de uma maioria populacional árabe no conjunto geopolítico
Israel/Palestina. O exercício da soberania sobre uma maioria destituída
de direitos políticos terminaria por corroer os fundamentos democráticos
de Israel. O Estado judeu teria que escolher entre a democracia e a
ocupação.
Os Acordos de Oslo (1993) surgiram como solução para o dilema. A paz
pela partilha da Terra Santa em dois Estados não só atenderia à demanda
nacional palestina como protegeria o caráter judeu e democrático de
Israel. O fracasso dos acordos de paz recolocou o dilema. Netanyahu
oferece, agora, sua própria solução: a ocupação permanente, a renúncia à
democracia, a refundação de Israel como Estado baseado na discriminação
étnica oficial. A falência dos Acordos de Oslo foi obra conjunta dos fundamentalistas
palestinos do Hamas e da direita israelense polarizada pelo Likud. Mas
Ariel Sharon, o "falcão" do Likud, conservou a porta aberta para a
solução dos dois Estados ao promover a retirada israelense da faixa de
Gaza (2005).
Sharon reconhecia, por meio do desengajamento, que só um Estado, uma
nacionalidade e uma cidadania para os palestinosassegurariam a
sobrevivência do Israel democrático fundado em 1948. Netanyahu rompe, hoje, com o consenso sionista que se estendia da
esquerda à direita. Depois de anos de sabotagem tácita da retomada de
negociações de paz, a prometida anexação de extensas áreas da
Cisjordânia equivale a uma sentença de morte para a solução dos dois
Estados. Sob o amparo de Trump, que acaba de reconhecer a soberania israelense
sobre o território sírio das colinas de Golã,o chefe de governo de
Israel ameaça inviabilizar um futuro Estado palestino.
Israel não é um, mas dois. Historicamente, é o Estado-nação do povo
judeu. Legalmente, é um Estado de todos os seus cidadãos. A alma
histórica expressa-se na Lei do Retorno: a concessão de cidadania a
qualquer judeu que imigrar para Israel. A alma legal exprime-se na Corte
Suprema, que não distingue os direitos de cidadãos judeus dos direitos
de cidadãos não judeus. As duas almas convivem em perene tensão,
formando as faces paradoxais do Estado judeu. Netanyahu almeja eliminar a
tensão pela supressão do princípio da igualdade perante a lei.
O conceito de que "Israel não é um Estado de todos os seus cidadãos"
abre a fresta por onde podem passar iniciativas já em curso legislativo
como a remoção da cidadania de não judeus "desleais" ao Estado. No limite, a ruptura do princípio da igualdade legal propiciaria a
retirada em massa da cidadania dos árabes israelenses,uma violação
flagrante dos direitos humanos. A ideia escandalosa circula entre
correntes supremacistas judaicas, como o Otzma Yehudit (Poder Judaico),
que transitam dos subterrâneos para as cercanias do governo israelense.
Netanyahu é um refundador pós-sionista. O Israel que ele pretende
reinventar renega os valores básicos do Estado proclamado por Ben Gurion
em 1948.
Por: Demétrio Magnoli, sociólogo, autor de diversas obras e doutor pela USP - Folha de S. Paulo
Soldados usam munição real para dispersar manifestantes; em um ano de marchas, 271 foram mortos e 30.000 sofreram ferimentos
Protesto na fronteira de Gaza com Israel: confrontos e negociações de paz - (Ibraheem Abu Mustafa/Reuters)
Estilingue: arma mais poderosa disponível aos civis palestinos para enfrentar os aviões da Força Aérea de Israel e os tanques do Exército israelense
Pelo menos 70 pessoas foram feridas por disparos de soldados israelenses na Grande Marcha do Retorno desta sexta-feira, 5, informaram fontes do Ministério de Saúde do território palestino.
O ato semanal acontece há pouco mais de um ano na fronteira entreIsrael e a Faixa de Gazae reivindica o regresso dos refugiados palestinos a seus locais de
origem, hoje parte de Israel, e o fim do bloqueio israelense a Gaza,
imposto desde 2007. “Os hospitais continuam recebendo feridos atingidos por tiros de
munição real das forças de ocupação israelense”,informou o comunicado
do ministério. Ainda segundo testemunhas, as forças israelenses também
usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os
manifestantes.
Os organizadores da Grande Marcha do Retorno pediram nesta sexta para
que os palestinos continuem se engajando nos protestos, e o chefe
político do grupo jihadista Hamas,
Ismail Haniye, afirmou durante um rito muçulmano desta sexta-feira, na
grande mesquita de Gaza, que o povo não deixará de ir às marchas até que
Israel ceda os direitos reivindicados.
Haniye também contou que há “avanços positivos” nos esforços
realizados com a mediação egípcia para um acordo entre o Hamas e Israel.
Ele defendeu que a causa palestina “não é humanitária, e sim uma
questão de libertação nacional.” A autoridade também mencionou a disputa entre grupos palestinos pelo poder. O Fatah,
liderado pelo presidente Mahmoud Abas, governa na Cisjordânia mas é o
Hamas quem controla de fato a região de Gaza. Haniye afirmou que a
formação de um governo que inclua todas as facções, em uma
“reconciliação nacional”, é um “dever” de ambos os lados.
As Grandes Marchas do Retorno começaram em 30 de março de 2018. Os
confrontos entre os soldados israelenses e os manifestantes já deixaram
271 palestinos mortos, entre eles 57 menores, e outras 30.000 pessoas
feridas, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Ao lado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o presidente dosEstados Unidos, Donald Trump, reconheceu nesta segunda-feira, 25 as Colinas do Golan como território israelense, na contramão da política externa americana para a questão nas últimas décadas.
[atualizando: antes mesmo do reconhecimento efetuado por Trump, Israel já estava bombardeando com dezenas de foguetes a Faixa de Gaza em resposta a um alegado ataque com UM foguete feito contra território ocupado por aquele País; como consequência do ataque israelense dezenas de civis palestinos, desarmados, serão atingidos, com mortes e feridos.] O anúncio foi feito em meio a um ataque com foguetes contraIsraelatribuído ao Hamas, que
obrigou Netanyahu a encurtar a visita aos EUA e às vésperas das
eleições gerais em Israel. O movimento islâmico nega a autoria do
lançamento.
As Colinas do Golan pertencem à Síria e foram ocupadas pelos israelenses na Guerra dos Seis Dias, em 1967, juntamente com a Península do Sinai, que seria devolvida ao Egito, nos anos 70, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, a última desocupada em 2005. O Golan foi formalmente anexado a Israel em 1981. No entanto, a ONU diz que Israel deve se retirar dos territórios.
"Isso estava sendo preparado há muito tempo", afirmou Trump, ao lado
de Netanyahu na Casa Branca."Isso deveria ter acontecido há décadas." "Sua
proclamação vem no momento em que Golã é mais importante do que nunca
para nossa segurança", respondeu o premiê israelense. Síria e
Rússia reagiram. Enquanto Damasco acusou os Estados Unidos de atacarem
sua soberania, Moscou disse temer "uma nova onda de tensões" no Oriente
Médio.
Histórico do status das Colinas do Golan
Historicamente, o governo americano e as Nações Unidas dizem que o território israelense e as fronteiras de um futuroEstado palestino devem ser definidas por meio de negociações. Após os Acordos de Oslo, de 1992, que instituíram a Autoridade Palestina sobre áreas da Cisjordânia, no entanto, o processo não avançou.
No governo do presidente Barack Obama,
as negociações fracassaram de vez, após anos de idas e vindas. Com um
discurso agressivo, Trump pretende reiniciar as negociações e encarregou
seu genro, Jared Kushner, de iniciar o processo, até agora sem avanços práticos. Desde
a anexação do Golan, aumentou a instalação de colonos israelenses no
território, o que tem provocado o protesto da Síria, de líderes
palestinos e de países árabes em fóruns internacionais. “O que o amanhã trará? Instabilidade e mais derramamento de sangue”, disse na semana passada o secretário-geral da Organização para Libertação da Palestina (OLP), Saeb Erekat, veterano negociador de um acordo de paz com os israelenses.