Coronel da Polícia Militar pelo estado do Mato Grosso, o
atual secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), Eumar Roberto Novacki, assumirá o comando da Casa
Civil do Distrito Federal a partir do próximo ano. O paranaense foi
escolhido pelo governador eleito, Ibaneis Rocha (MDB), e, em coletiva
concedida na tarde desta segunda-feira (19/11), enfatizou que defenderá
práticas firmes na área de segurança pública e contra a corrupção. “O secretário de segurança da futura gestão (delegado da
Polícia Federal Anderson Torres) esteve comigo, conversamos longamente
sobre como vamos operacionalizar isso e vamos discutir com as
instituições. O que está claro é que bandido será tratado como bandido.
Não vamos retroceder em nenhum momento, faremos um combate muito forte e
duro contra aqueles que quiserem trazer o caos para o DF”, declarou
Novacki.
Ele ainda comentou que Ibaneis determinou a criação de um
conselho de segurança com reuniões semanais e que haverá trabalhos na
área de inteligência para evitar o crime organizado. “Queremos levar
segurança para as regionais mais distantes, mas não vamos entrar em
detalhes, pois são políticas que ainda estamos discutindo para
começarmos a implementar em janeiro”, ressaltou.
Economia
De perfil técnico e contrário à burocratização, Eumar
Novacki substituirá o brasiliense Sérgio Sampaio, que assumiu a chefia
da Casa Civil em junho de 2015. Ele espera auxiliar no desenvolvimento
de estratégias para facilitar a articulação com a Câmara Legislativa e
com os servidores públicos, além de estimular o crescimento econômico do
DF. Antes de se tornar secretário executivo no Mapa, o paranaense
assumiu a Secretaria da Casa Civil do Mato Grosso de 2003 a 2010,
durante o governo de Blairo Maggi, atual ministro da Agricultura.
Sem ações definidas para os primeiros dias à frente do
cargo no DF, Novacki afirma que propostas na área da economia estão em
fase de discussão. “Quando falei com Ibaneis, passamos por pontos
nevrálgicos para a administração do DF. Entre eles, a recomposição
salarial dos servidores públicos. Para honrá-la, precisamos ter as
contas públicas em dia. Então, faremos todo o esforço nesse sentido”,
destacou. Segundo o futuro secretário, o prazo para pagamento da
terceira parcela dos servidores ainda passa por análise.
Ele também conta que pretende buscar alternativas para a
criação de zonas de desenvolvimento tecnológico e comerciais, além de
políticas para atração de indústrias, aquecimento do setor da construção
civil e investimento na produção rural. “Estamos trabalhando uma forma
de alavancar a economia, gerar empregos e fazer com que ela cresça para
que, assim, possamos garantir recursos necessários para honrar não só a
recomposição salarial dos servidores, como também todos os outros
compromissos feitos ao longo da campanha”, disse Eumar Novacki.
Corrupção
No que diz respeito à composição das administrações das
cidades, fiscalizada pela Secretaria da Casa Civil, o secretário conta
que não vê viabilidade operacional para a criação imediata de uma lista
tríplice com possíveis candidatos a administradores, como havia sido
prometido por Ibaneis durante a campanha. “Se não conseguirmos realizar
isso durante um primeiro momento, a ideia é de que a proposta seja
encaminhada da forma mais democrática e transparente possível até o fim
da gestão”, comentou.
Novacki ainda afirmou que pretende trazer para o
Distrito Federal as experiências de combate à corrupção, por meio de um
programa de compliance, e de desburocratização aplicadas no Ministério
da Agricultura. “Trata-se de um grande projeto com foco na corrupção. Na
administração, faremos um trabalho forte para combatê-la, além de
desvios de conduta.” Uma das propostas, de acordo com o secretário, é de
que os próprios cidadãos e servidores possam atuar em conjunto com o
objetivo de monitorar e combater ações irregulares no setor público.