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domingo, 14 de maio de 2017

Rollemberg vai fechar 14 postos de saúde no DF - governador acha que o 'excelente atendimento' na Saúde Pública do DF, torna os postos subutilizados

Com investimento de R$ 21 mi, reformas fecharão 14 postos de saúde no DF

O GDF investirá R$ 21 milhões para recuperar estruturas obsoletas e renovar aluguéis. Apesar de os serviços básicos mudarem de endereços durante as intervenções, a população está preocupada com o deslocamento e os possíveis atrasos nas obras

A situação precária e a estrutura obsoleta de 14 postos de saúde da capital federal obrigou a Secretaria de Saúde a traçar um plano de reformas para essas unidades. Atendimentos básicos, como consultas e exames, deverão mudar de endereço em pelo menos nove cidades. [os postos vão ser apenas oficialmente fechados; já que em termos de funcionamento já estão fechados há muito tempo, tendo em vista que muitos não marcam mais consultas, outros não tem material, outros não tem funcionários.FECHAR PARA OBRAS é apenas um pretexto para oficializar o que já acontece.] Durante as obras, os serviços serão suspensos, e os profissionais, alocados em outros locais. O temor dos pacientes é que as intervenções demorem a sair do papel. O Executivo local prevê gastar R$ 21 milhões com os reparos. Até o fim do mês, o projeto deve ser enviado à Novacap para o órgão iniciar a licitação.
O Correio acompanha a situação de centros de saúde de Ceilândia, do Gama e do Lago Sul, que fecharam para reformas e não voltaram a funcionar. Essa é justamente a preocupação da pensionista Maria de Fátima de Moraes Santos, 62 anos. A casa dela fica a menos de cinco minutos do Centro de Saúde nº 5 de Ceilândia. Lá, ela faz consultas e retira receitas médicas para o medicamento que controla a hipertensão. “Se for uma obra com começo, meio e fim, será ótimo. O prédio é antigo e nunca passou por grandes reparos. Agora, se isso significar que a unidade ficará fechada por um sem fim de tempo, é maldade com a população”, reclama a moradora da QNM 24.
Maria conhece a estrutura deficiente das unidades. A reportagem percorreu 110km entre Ceilândia, Samambaia e Recanto das Emas visitando os postos que passarão por obras. São prédios velhos, sem manutenção e com espaço inferior ao da necessidade da população. “Com o passar do tempo, é natural que as instalações percam sua capacidade de funcionamento. O problema é que o governo espera chegar a uma situação extrema de obsolescência”, critica o vigilante José Alves Ramos, 64, morador de Samambaia.

Quando José conversou com o Correio, o Centro de Saúde nº 1 de Samambaia, na QS 408, estava movimentado pela campanha de vacinação contra a gripe. Cerca de 50 pessoas esperavam pelas doses. O calor era insuportável. “A obra deve ser feita com seriedade. Imagina toda essa gente sem local de atendimento”, diz. A menos de 10km dali, a dona de casa Érica Rodrigues dos Santos, 31, fez a mesma queixa. “Há 11 anos, eu me consulto aqui. O serviço tem dificuldades, mas recebe a gente”, conta a moradora do Recanto das Emas.

Lá, o Posto de Saúde Urbano, na Quadra 307, destoa da vizinhança. Nas proximidades, há um prédio novo do 27º Batalhão de Polícia Militar. Ao lado, o quartel do Corpo de Bombeiros também é moderno. Logo em frente à unidade, a Clínica da Família nº 2 — espaço também administrado pela Secretaria de Saúde — foi inaugurada em dezembro de 2012. “Lembro quando o posto começou a funcionar neste prédio. Antes, era um barracão de madeira. Desde a construção da alvenaria, houve pouquíssimos reparos. Isso faz mais de 20 anos”, detalha a atendente Jaqueline dos Santos Nascimento, 30.

"Assistência garantida"
Apesar das dificuldades financeiras, o diretor Organizacional da Atenção Primária, Lucas Bahia, descarta que o pacote de obras se torne um problema a mais no funcionamento da rede. As mudanças, garante Lucas, não afetarão o serviço. "As equipes serão redimensionadas para locais próximos às unidades em obras. A assistência não será paralisada", esclarece. Para se ter dimensão da investida do governo, as unidades a serem reformadas e as que serão substituídas por novos contratos de aluguel representam 22% dos 172 locais de atendimento no DF.

Outra medida é a substituição de 24 unidades alugadas. Alguns desses imóveis estão há mais de 10 anos sem nenhum tipo de investimento. A situação degringolou de tal forma que os espaços não obedecem a regras básicas da Vigilância Sanitária. A reestruturação afeta uma das áreas mais críticas da saúde pública: a atenção primária. As melhorias serão capazes, acredita o governo, de atenuar o colapso do setor.

Até mesmo a concepção de postos de saúde ou unidades básicas é delicada. É que casas comuns são locadas e transformadas em locais de atendimento. Os aluguéis atuais não têm contratos. O pagamento é feito por meio de despesas indenizatórias. Anualmente, a Secretaria de Saúde desembolsa R$ 2 milhões no aluguel dessas unidades. Com a criação dos postos, o montante gasto passará para R$ 2,5 milhões.

Até junho, o Executivo local deve publicar o chamamento público para novos locatários. “Essa é uma ação inédita e passou pela Procuradoria para dar transparência ao que estamos fazendo”, explica o diretor Organizacional da Atenção Primária, Lucas Bahia. A meta é que, até o fim do ano, os postos estejam em funcionamento. São Sebastião, Planaltina e Riacho Fundo 2 serão as principais cidades beneficiadas. “Fizemos um levantamento e verificamos que necessitamos de novos pontos de atendimento. Haverá a criação de 12 unidades alugadas. Estamos num processo de chamamento público para locação de imóveis com pré-requisitos bastante severos”, detalha Lucas. No caso dos novos aluguéis, os postos antigos só serão desativados quando as estruturas estiverem prontas.
Reforço
A intenção do Executivo local é que a cobertura dos serviços básicos de saúde passe de 30,8% para 75% da população do DF até o próximo ano. O investimento em equipes do Saúde da Família ancoram as alterações na área. Na última semana, o governo convocou 50 médicos para atuarem exclusivamente no programa.

[tem muitos postos que não estão na relação abaixo e não funcionam; caso Rollemberg deseje é só solicitar e publicamos a relação de vários postos de saúde que NÃO ESTÃO EM OBRAS, MAS não funcionam; 
tem posto que não tem médico ginecologista nem de outras especialidades, a estrutura física está precária, não marca consulta (dizer que a marcação de consultas é feita por telefone é outro enganação, tendo em conta que a maior parte dos telefones do GDF estão cortados por falta de pagamento)  - consta como funcionando mas é só ir lá para ver que não funciona.] 
Em obras
Veja os 14 postos de saúde que passarão por reformas

Guará 2
Centro de Saúde nº 3, na QE 38

Riacho Fundo 1
Centro de Saúde nº 3, na QN 7

Recanto das Emas 
Posto de Saúde Urbano, na Quadra 307, Avenida Monjolo

Brazlândia
Posto de Saúde Urbano Veredas 1, no Setor Veredas
Centro de Saúde nº 1, no Setor Norte

Samambaia
Centro de Saúde nº 1, na QS 408

Ceilândia
Centro de Saúde nº 12, na EQNQ 3/4
Centro de Saúde nº 5, na QNM 16
Posto de Saúde Rural Boa  Esperança, no Núcleo Rural  Boa Esperança

Paranoá 
Centro de Saúde nº 1, na Quadra 21

Sobradinho
Centro de Saúde nº 2, na Quadra 3
Posto de Saúde Rural Catingueiro, na DF-205, Km 13

Santa Maria
Centro de Saúde nº 1, na QR 207/307
Posto de Saúde Urbano nº 2, na QR 202/303