Total arrecadado com impostos e
contribuições federais somou R$ 617,257 bilhões no primeiro semestre, segundo a
Receita; junho registrou o pior resultado para o mês desde 2010
A arrecadação federal de impostos
e contribuições federais somou R$ 617,257 bilhões no primeiro semestre, com
queda real de 7,33% na comparação com o mesmo período do ano passado,
descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), utilizado pelo governo para estabelecer as metas.
“O resultado da arrecadação de 2016 do
primeiro semestre de 2016 foi menor do que o resultado da arrecadação
verificado no mesmo período de 2015 por causa da atividade econômica e da forte
retração da atividade econômica. Atualmente, os níveis de emprego, a queda do
consumo e a queda da produção industrial estão refletindo no resultado da
arrecadação”, disse Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários
e Aduaneiros da Receita Federal.
Em junho,
o governo
federal arrecadou R$ 98,129 bilhões em impostos e contribuições. O
total representa queda real de 7,14 % em relação
ao mesmo período de 2015. Os dados foram divulgados, hoje (28), pela Receita
Federal. Foi o pior resultado para junho desde 2010. O resultado da arrecadação
decorreu, principalmente, do desempenho da economia, evidenciado pelo
comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetaram
diretamente a arrecadação de diversos tributos, destaca a Receita Federal.
Cofins
e PIS/Pasep.
Segundo a
Receita, entre os principais fatores que influenciaram a arrecadação em junho
está a queda da Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o
PIS/Pasep, com redução real de 8,45%. PIS/Pasep é a sigla do Programa de
Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público
(Pasep), que são contribuições sociais devida pelas empresas. O resultado sofreu o efeito da diminuição
de 10,20% no volume de vendas de bens. Houve ainda redução no Imposto de
Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados vinculados à importação
com queda de
28,38% em razão da redução no valor
em dólar da importação.
No caso
das receitas previdenciárias, a arrecadação registrou queda real de 3,14% no período. A
arrecadação sofreu o efeito ainda da queda do Imposto de Renda-Pessoa Jurídica
(IRPJ), com decréscimo
de 7,58%. “A retomada da
arrecadação virá com a recuperação do nível de emprego, consequentemente com o
nível de renda das famílias e a retomada do consumo”, disse Claudemir
Malaquias. Para ele, indicadores permitem que a Receita Federal observe sinais
melhores do que os projetos inicialmente para a arrecadação. “Nós tínhamos um resultado no início do ano
previsto para o final do ano negativo [que era] maior do que os que estamos
tendo hoje”, disse.
Fonte: Agência Brasil