Senador fala em perda de registro do PT por "ser reincidente", citando Delúbio Soares
A prisão do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na manhã desta quarta-feira durante a 12ª etapa da Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção e desvio de dinheiro da Petrobras, coloca o PT novamente no olho do furacão. Ele é o primeiro dirigente petista detido por envolvimento no caso. O ex-deputado André Vargas, preso na semana anterior, já não estava atrelado à legenda pois foi expulso do partido.O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula afirmou que além de "ser mencionado por ao menos cinco delatores como operador do PT no esquema", existem "provas materiais" do envolvimento de Vaccari nos crimes apurados. De acordo com o procurador do Ministério Público Federal Carlos Fernandes Santos Lima, o atual tesoureiro petista orientava os empreiteiros a pagar as propinas ligadas a contratos com a Petrobras para empresas com relações com o partido.
Em nota, o PT afirmou que Vaccari é inocente e que sua detenção “é injustificada visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades”. De acordo com o texto, os advogados do tesoureiro entrarão com pedido de habeas corpus. Apesar da defesa, o partido informou que "por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT", e foi atendido. [realmente fica complicado que um bandido encarcerado fique comandando uma organização criminosa que tem registro de partido político.]
A notícia chega em um momento delicado para o Governo, no qual os grandes partidos da oposição ainda não apoiam abertamente o discurso do impeachment que ganhou as ruas nos protestos de domingo, mas já procuram brechas para embasar a medida, aproximando-se, inclusive, dos movimentos que pedem a saída da presidenta.
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