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comenta os melhores momentos da sessão tragicômica no Senado
O PT novamente fracassou em tirar a pá dos
coveiros de Dilma Rousseff. Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antônio Anastasia
(PSDB-MG) foram confirmados nesta terça-feira como presidente e relator da
comissão especial do impeachment no Senado.
Petistas e comunistas auxiliares
choraram o quanto puderam contra a eleição do tucano Anastasia, mas prevaleceram as regras que
eles tanto desprezam quando não lhes são favoráveis.
Comentei em tempo real
no Twitter a sessão tragicômica.
Eis
as tuitadas:
–
Raimundo Lira (PMDB-PB) indefere questão de ordem contra relator: “Não há como dar interpretação ampliativa às
hipóteses de suspeição”.
– Gleisi
Hoffmann (PT-PR) resmunga contra relatoria de Antônio Anastasia (PSDB-MG) sem
amparo no regimento. É mimimi para
retardar o processo.
– Quando petistas como Gleisi dizem que
impeachment é grave, não uma sessão deliberativa qualquer, saibam: querem barrá-lo, atropelando
a lei.
– Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM) fala “no meu
entendimento, no nosso entendimento”… Exatamente. Não é com base na
literalidade das regras.
– Grazziotin, malandramente,
cita caso de relator tido por suspeito no Conselho de Ética, como se regras para Conselho
fossem as mesmas da Comissão.
– Ronaldo Caiado (DEM-GO) diz que Raimundo Lira dá tempo demais
para governistas se repetirem e
mostra que omitiram trechos do acórdão do STF.
– Caiado refuta malandragem da
comunista Grazziotin: Relator em Conselho de Ética é sorteado. Relator em Comissão de Impeachment é
eleito. Exato. – Caiado: “Todos nós optamos pela decisão em bloco. O
bloco é que tem que indicar. Nós temos a prerrogativa de indicar o relator.”
Aceita, PT.
–
Raimundo Lira coloca em votação o indeferimento da questão de ordem e declara
aprovada a decisão da presidência (dele
mesmo). Chora,
PT.
– É patético: questão de ordem foi indeferida,
indeferimento foi votado e aprovado, e Vanessa
Grazziotin recorre… E perde na votação de novo!
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB): “Já estamos aqui a
2 horas e não conseguimos atingir o objetivo” da reunião. É “chicana” para “procrastinar”.
– Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
aponta incoerência do PT que tenta evitar tucano Anastasia como relator e aceita Raimundo
(PMDB-PB) na presidência.
– Alegação é que, se tem algum beneficiário
direito do impeachment, é o PMDB de Raimundo, mas PT só reclama do relator do PSDB. Isso é
amor…
– Cássio
Cunha sobre mimimi do PT: “Implicância
pura, birra, chicana”, tentativa de estourar o prazo de 180 dias para
conclusão do julgamento.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ): “Nós aqui somos
juízes” e “nós temos que dissecar o crime”. Finalmente, Lindbergh reconhece
a existência do crime.
– Lindbergh Farias (PT-RJ) cita
Barroso, prega seriedade que não tem, faz apelo para comissão ter relator governista… É o teatro do mimimi.
– Tom de
Lindbergh Farias (PT-RJ) já é naturalmente de apelo, de menino mimado pedindo
mais sorvete à mamãe. Quando apela de
fato, só redobra.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ) mente de novo sobre New York Times contra “golpe” e senadores reagem: mundo inteiro cita petrolão e ele, não.
Boa.
– Simone
Tebet (PMDB-MS): “Anastasia não é amigo
íntimo da presidente, nem inimigo capital.” Nega motivo de suspeição e
orienta voto a favor.
–
Humberto Costa (PT-PE) critica “quem quer
ganhar debate no grito, com arrogância”: o que PT sempre fez. Orienta vota
não ao relator. Mimimi.
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PE) lê de novo hipóteses
de suspeição previstas na lei (como
consanguinidade). Nenhuma se enquadra ao relator.
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PE): Base do governo faz apenas jogo
político para tentar construir discurso mínimo com eleitorado que lhe restou.
– PT faz teatro para enganar
trouxa com alegação de “golpe” enquanto tenta golpear leis e
regimento do Senado para impedir eleição de relator.
– “Não existe nenhum impedimento
legal nem regimental para que senador Anastasia seja relator desta comissão”, disse um senador do PSDB. Fato.
– Caiado: “Se PT e PCdoB discordam da forma como está sendo conduzido a comissão,
que apresentem candidato. O relator deve ser eleito.”
– Caiado: “Conheço bem patrulhamento do PT, convivo com isso há 30 anos. Sou
vacinado. Querem tumultuar processo e não vão conseguir.”
– Caiado: “Tentam desviar aquilo que a legislação, pela Lei do Impeachment, e o
acórdão do STF definem. O rito está sendo seguido de forma correta.”
– Caiado: “Fica claro que isso na verdade é ação procrastinatória. Tentam ganhar
tempo porque sabem que se trata de uma batalha perdida no Senado.”
– Zezé
Perrella (PTB-MG): “Se fosse eu, eles
diriam que não pode porque sou amigo do Aécio. Eles só aceitariam [o relator]
se fosse alguém deles.” Claro.
– Ronaldo Caiado (DEM-GO), Zezé Perrella (PTB-MG),
Cristovam Buarque (PPS-DF) e Magno Malta (PR-ES) orientam voto SIM para Anastasia relator.
– Magno
Malta (PR-ES) arranca risos: “PT não
precisa se preocupar porque o relatório não vai doer. Olha o nome do relator:
Antônio AnEstesia”.
– Ana
Amélia (PP-RS) diz que PT defendia impeachment em 1992 e hoje chama de “golpe”, mas todas as etapas vêm sendo
cumpridas. Sim ao relator.
– Álvaro
Dias (PV-PR) repete o que disse na sessão de segunda-feira (25) e encaminha voto sim para Anastasia relator.
– Ana Amélia
(PP-RS) diz que PT defendia impeachment em 1992 e hoje chama de “golpe”, mas todas as etapas vêm sendo
cumpridas. Sim ao relator.
–
No desespero, Lindbergh Farias (PT-RJ) acusa Aécio Neves (PSDB-MG) de ser o culpado pela crise (que Dilma provocou, claro). Senadores
riem.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ) manifesta sua inconformidade com escolha do relator
tucano e encaminha voto “não”. Mamãe
não deu mais sorvete.
–
Raimundo Lira coloca em votação e declara aprovado o nome de Antônio Anastasia,
com apenas 5 votos contra. Perdeu, PT.
Aceita que dói menos.
–
Raimundo Lira convoca Antônio Anastasia para a mesa e ele assume o posto,
agradecendo muito “a confiança dos meus
pares”. PT é ímpar.
– Antônio
Anastasia (PSDB-MG) reitera a responsabilidade com que
vai desempenhar sua função de relator da comissão do impeachment no Senado.
– Antônio
Anastasia (PSDB-MG): “Acresço tão somente
um esclarecimento ao senador Lindbergh – que não fui secretário de Miguel
Reale.” Aprende.