Para
o chefe do Banco Fator, confiança na economia só voltará com ajuste fiscal, que
exigirá sacrifícios
Sem
o resgaste da confiança, o país não conseguirá retomar o crescimento econômico,
avisa o economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima de Gonçalves. A
reconstrução da credibilidade virá, no entender dele, da entrega do superavit
primário de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). “O ajuste fiscal é importantíssimo para o país. Não podemos esquecer
que, nos últimos anos, os erros na gestão das contas públicas foram gritantes”,
diz.
Para Gonçalves, tudo indica que a situação da economia ainda vai piorar, com aumento do
desemprego e queda na renda dos trabalhadores, devido às inflação alta.
Ele ressalta que ainda não dá para projetar, de forma mais exata, qual será o
tamanho da recessão do Brasil em 2015, pois o risco de racionamento, que não
está nas contas, é premente.
Nos cálculos do economista, o PIB cairá 1,5% neste ano. Será o pior resultado da economia em pelo menos 25 anos. Ele acredita que ainda há espaço para novas altas do dólar, que, num primeiro momento, não estimulará as exportações na velocidade desejada pelo governo.
Nos cálculos do economista, o PIB cairá 1,5% neste ano. Será o pior resultado da economia em pelo menos 25 anos. Ele acredita que ainda há espaço para novas altas do dólar, que, num primeiro momento, não estimulará as exportações na velocidade desejada pelo governo.