Marcio Pochmann,
fantasioso intelectual petista, escreve no nº 32 (janeiro a março de 2016) da
revista Interesse Nacional artigo intitulado "Virada Neoliberal?". Lá pelas tantas, afirma: "Assim como o resultado das eleições
presidenciais de 2014 não foi suficiente para viabilizar o programa econômico
vencedor nas urnas, a federação brasileira segue sem um geográfico centro
dinâmico e articulador político e econômico nacional". Não copiei errado,
não. A reflexão sobre a federação brasileira entra aqui como o garçom na
Santa Ceia.
Já
a "reflexão" sobre eleições
revela bem a esquizofrenia do lulopetismo desnorteado. Todos sabem,
inclusive eles, que o resultado das
eleições de 2014 foi um megaestelionato eleitoral. Tanto que, no dia
seguinte, o governo já estava paralisado, incapaz de viabilizar o programa do
estelionato por uma simples razão: tinham quebrado o Brasil!
Desde
então, o lulopetismo desagrega-se em
quase todas as frentes, numa abrangência correspondente à gravidade dos
crimes cometidos. Na economia simplesmente não sabem o
que fazer. Suas fabulações não resistem aos fatos. O "novo" ministro
da Fazenda, Nelson Barbosa, é uma irrelevância. Nada consegue fazer para criar qualquer alternativa à ruína causada pela desastrada gestão de
Dilma, a Exterminadora de Futuro. Mas a fantasia persiste nas
elocubrações de seus intelectuais, como Pochmann e outros. Suas viseiras, suas confortáveis posições na academia
impedem-nos de firmar um compromisso elementar com a realidade do desemprego, da paralisia, do retrocesso, da
desorganização das contas públicas e suas nefastas consequências para a vida da
população.
Sob
qualquer ângulo que se analise, vivemos dia a dia a iminência de descobrir se realmente
existe ou não um alçapão no fundo do poço. Em 2015, ano em que
amargamos uma retração
de 4% na economia, cerca de 100 mil lojas fecharam no país, 1 milhão de alunos tiveram que trocar as
escolas privadas pelas públicas e pelo menos 100 mil pessoas deixaram seus planos de saúde porque não tinham
mais condições de pagar pelos serviços. O país perdeu 1,5 milhão postos de trabalho, o
que produziu o número recorde de 9 milhões de desempregados.
A paralisia é generalizada, e o impasse a que chegamos
atinge fortemente, também, os gestores públicos do Brasil. Estão vivendo um cotidiano próximo ao pânico
diante da escassez de recursos e,
sobretudo, das incertezas quanto a cumprir suas obrigações inadiáveis nos
próximos meses. Sabem que já não podem
alimentar nem mesmo a ilusão de contar com qualquer socorro do governo federal. Este, depois de
fantasiar sobre as contas públicas deste ano, que serão fortemente
deficitárias, brinca com o fogo de um
endividamento que pode ser insustentável. A tal ponto que já começa a despertar
desconfiança quanto à capacidade do governo de, mesmo com reiteradas
pedaladas, manter o precário equilíbrio
da economia.
A melancólica comemoração do
aniversário do PT, com a ausência deliberada e
reveladora de Dilma, foi mais um ato a confirmar a desagregação política, o isolamento e o descrédito do petismo.
Destaque para a fala derrotada de Lula e a ameaça de seu quimérico retorno em
2018. Um insulto aos brasileiros empobrecidos e desiludidos por suas
transgressões sem limites.
Sabemos que Dilma está só. Mal se
movimenta. Passa o tempo tramando urdiduras palacianas para prolongar seu desmoralizado mandato e com
ele a agonia a que submete os brasileiros. Estamos retrocedendo em todas as frentes. Desafios urgentes se
agravam pela inação, descrédito e incompetência do governo. O Congresso
Nacional, aqui e ali, tenta construir caminhos alternativos. Não faltam ideias
sobre o que é preciso fazer para recuperar a economia e sanear a vida pública. Mas será tudo em vão, enquanto Dilma permanecer.
No próximo dia 13, vamos
novamente às ruas. Que as manifestações
sejam grandiosas por todo o Brasil! Quem sabe Dilma se anime a fazer
o único gesto pelo qual os brasileiros vão aplaudi-la: a renúncia pelo bem do Brasil!
Fonte: José Aníbal