Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador revólver calibre .38. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador revólver calibre .38. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Cabo Sastre = Personagem da semana



Em cinco segundos, a cabo da PM reagiu e matou um assaltante armado na porta da escola da filha em São Paulo 

No começo de abril, os 320 policiais do 4° Batalhão de Ações Especiais, na Zona Leste de São Paulo, participaram de um treinamento específico para enfrentar situações de risco em momentos de folga. Durante três dias, a tropa se revezou em grupos para práticas de duas horas com simulações de abordagens de criminosos em saída de bancos, na chegada a casa de carro ou caminhando em uma calçada. Embora trabalhe há pelo menos cinco anos em atividades administrativas, a cabo Kátia da Silva Sastre de Toledo, de 42 anos, participou do treino para manter em dia a habilidade técnica e o equilíbrio emocional diante de adversidades.
 A policial imobiliza o bandido após alvejá-lo. Em cinco segundos, ela decidiu o que fazer e acertou três tiros (Foto: Reprodução)

Para se assemelhar ao máximo a uma circunstância real, a farda foi dispensada no exercício. De calça jeans e camiseta, a cabo Sastre, como é chamada, ensaiou como tirar sua arma da bolsa a tiracolo e reagir. A orientação dos treinadores era que a pistola calibre .40 ficasse sempre no mesmo local para ser sacada com mais facilidade e segurança diante de um risco iminente. Esse treinamento é conhecido como método Giraldi, criado pelo coronel Nelson Giraldi, que condiciona o policial a atirar somente em “última circunstância, para preservar a vida do PM e das pessoas ao redor”.

No sábado dia 12, cerca de um mês após o treinamento, Kátia estava de folga. Os cabelos compridos, sempre presos em coque embaixo da boina durante o serviço, estavam soltos para a festa de Dia das Mães na escola da filha de 7 anos em Suzano, na Região Metropolitana de São Paulo. Na porta da escola, alunos do 1º e 2º anos, com idades entre 6 e 7 anos, estavam ansiosos para apresentar às mães as obrigatórias músicas de declaração de amor que haviam ensaiado com as professoras. À espera do início da cerimônia, às 7h55, crianças brincavam e as mulheres conversavam amenidades quando uma mãe, assustada, chegou avisando que um homem a havia abordado e exigido a chave de seu carro.

O criminoso a seguiu e deparou com o grupo de mulheres e crianças. Imagens de uma câmera de segurança mostram que, nervoso, com uma arma na mão, ele mirou em um funcionário do colégio. Cinco segundos depois que o bandido sacou o revólver calibre .38, a cabo Sastre reagiu. Recuou em busca da melhor posição, puxou a pistola, gritou “Polícia!” e acertou três tiros um no peito, um no abdômen e um na perna em Elivelton Neves Moreira, de 20 anos. Ele havia disparado duas vezes antes.

Ao ver que o assaltante estava neutralizado, chorando de dor, a cabo Sastre deu ordem de prisão, aproximou-se e chutou o revólver para fora do alcance de Moreira, antes de pegá-lo. Depois, com o pé, virou o bandido de bruços e o manteve na mira. “A atuação dela foi correta e adequada. Ela teve um treinamento muito apurado, o que deu agilidade para tomar a decisão. Ela ainda teve a preocupação de imobilizá-lo”, analisou o coronel da reserva da PM José Vicente, ex- secretário nacional de Segurança Pública. Moreira morreu no hospital. A investigação identificou que um suspeito dava cobertura a ele em um carro. De acordo com a Polícia Civil, ele estava no grupo que roubou, matou e queimou um aposentado em 2017.  “A preocupação foi que minha intervenção fosse mais próxima a ele. Cessar a agressão dele de forma que não machucasse ninguém”, disse a cabo Sastre no dia seguinte. “Ela saiu de uma situação de tranquilidade para o estresse em segundos”, elogiou o major Dimas Mecca, coordenador operacional do 4º Batalhão de Ações Especiais. “Teve precisão e não comprometeu a vida de ninguém.” Casada com um tenente da PM e há 20 anos na corporação, antes de passar a gestora fiscal, Sastre atuava nas ruas no patrulhamento e na força tática. Com a repercussão do caso, ela não deu mais declarações e não levou mais a filha às aulas.

Um mês antes de matar o assaltante, a cabo Sastre participou de um treinamento específico para policiais reagirem a situações de  perigo em momentos de folga. O vídeo da ação se popularizou. Como era previsto para um ano eleitoral, no dia seguinte, um domingo, o governador de São Paulo, Márcio França, foi ao batalhão e entregou um vaso de orquídeas a cabo Sastre. Foi criticado pela fanfarronice de fazer uso político de uma ação técnica e eficaz. “Não fazemos crítica à policial, mas ao estímulo dessas situações”, disse Rafael Custódio, coordenador da Conectas, ONG que atua em defesa dos direitos humanos. “Ele (Márcio França) está tentando dialogar com o eleitorado conservador.” [se dependesse do Rafael a cabo Sastre não teria reagido e aguardado que quando o bandido fosse revistá-la e encontrasse a arma e distintivo, atirasse nela matando-a.
esse pessoal dos 'direitos humanos' consideram um desastre quando um policial mata um bandido no estrito cumprimento do dever legal - para eles o policial tem que morrer e o bandido permanecer vivo, de preferência solto, e matando mais policiais e civis inocentes.]
 
O ato do governador, aliás, contrariou orientação dada pelo coronel Marcelo Vieira Salles, novo comandante-geral da PM, de evitar exaltar casos de mortes causadas por PMs, como forma de reduzir essas ocorrências.  No primeiro trimestre de 2018, policiais militares em folga mataram 35 pessoas; na mesma situação, nove foram mortos por bandidos. Trata-se de escolher um lado. O de uma mãe e policial, que reage com perícia e coragem em defesa de outras mães e crianças ameaçadas por um assaltante armado. Ou levar o caso para outra esfera, a do conforto de teorias políticas e debates”, disse o governo, em nota. [depender da turma dos 'direitos humanos' e de parte da imprensa que mães e crianças morram e bandidos permaneçam vivos.]

Época