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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Os espantosos ministérios de Lula e Dilma Rousseff conseguem assustar até o de Michel Temer



Vistos de perto, os primeiros escalões petistas poderiam facilmente fazer parte de uma lista de procurados pela Justiça

Em 30 de maio, também alvejado pelo gravador de Sérgio Machado, o ministro da Transparência, Fabiano Silveira, tornou-se a a segunda baixa sofrida em menos de 20 dias pelo primeiro escalão de Michel Temer. A vítima inaugural da versão cearense de Mário Juruna fora Romero Jucá, obrigado a afastar-se do Ministério do Planejamento uma semana antes. Lula e Dilma Rousseff imediatamente tentaram transformar o duplo escorregão na prova definitiva de que o presidente interino era incapaz de montar uma equipe acima de qualquer suspeita.

Ou falta memória ou sobra cinismo, avisa a lista de delinquentes premiados nos últimos 13 anos com gabinetes na Esplanada do Ministério ou no Palácio do Planalto. A fila de prontuários é suficientemente extensa para preencher meia dúzia de cartazes com a informação no alto: PROCURADOS. Merecidamente, é puxada pelo padrinho e pela afilhada. Dilma assumiu o Ministério de Minas e Energia no mesmo dia em que Lula se instalou na Presidência da República e, em julho de 2005, substituiu José Dirceu na chefia da Casa Civil.

A retribuição viria em março deste ano, quando Lula chefiou a Casa Civil por algumas horas. A criatura queria garantir ao criador o direito ao foro privilegiado que o manteria longe da República de Curitiba. A evidente tentativa de obstrução da Justiça foi abortada pelo Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a cerimônia de posse.

Tanto o mestre quanto a discípula se apresentam como ilhas de honradez cercadas por todos os lados por bandidos de estimação. Ela fez de conta, por exemplo, que ignora a autoria do dossiê forjado para caluniar Fernando Henrique e Ruth Cardoso. Finge ter esquecido a reunião com Lina Vieira em que procurou livrar de complicações fiscais o aliado José Sarney. Até agora, não conseguiu enxergar irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, consumada quando também presidia o Conselho de Administração da Petrobras. E contemplou com cara de paisagem a roubalheira do Petrolão.

Antes de comunicar ao país que o Mensalão nunca existiu, Lula jurou de pés juntos que não viu nem ouviu o que fazia a quadrilha chefiada por José Dirceu. Tampouco suspeitou da ladroagem promovida por protegidos que infiltrou no comando da Petrobras em parceria com políticos e empreiteiros amigos, que retribuiriam os favores com cachês que o transformaram no mais próspero palestrante do mundo.

O ex-presidente tampouco desconfiou que a segunda dama Rosemary Noronha, entre uma reunião inútil e uma viagem no Aerolula, traficava influência e angariava pixulecos com a venda de empregos federais. E não viu nada de errado nas vigarices milionárias dos próprios filhos. Em maio deste ano, foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, acusado de envolvimento no Petrolão.

Para que o cortejo dos que ajudaram a quebrar o Brasil não se assemelhasse às antigas listas telefônicas, a coluna agrupou apenas as fichas resumidas dos ministros que tomaram posse horas depois do início dos quatro mandatos presidenciais. Isso explica a ausência de pesos-pesados como Erenice Guerra, Humberto Souto, Saraiva Felipe e o próprio Romero Jucá, que comandou a Previdência durante o governo Lula. Mesmo sem o reforço de gente assim, as imagens abaixo provam que o ministério de Temer é bem menos assustador que os times escalados por Lula e Dilma.

1 – José Dirceu (Casa Civil) – PT
Em janeiro de 2003, José Dirceu era considerado por aliados e desafetos como o herdeiro de Lula. Depois de promovido a “capitão do time” em 2004, viu o sonho presidencial ser pulverizado em julho de 2005. Acusado de chefiar a quadrilha do Mensalão, perdeu o comando da Casa Civil, depois o mandato parlamentar e, tempos mais tarde, a liberdade. Condenado a 7 anos e 11 meses de cadeia por corrupção ativa, cumpriu um sexto da pena. Desfrutava do regime aberto desde novembro de 2014 ao ser preso preventivamente pela Operação Lava Jato em agosto de 2015. Há 20 dias, soube na prisão que fora sentenciado a 23 anos e três meses por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

2 – Walfrido Mares Guia (Turismo) – PTB
Um dos coordenadores do valerioduto tucano, Walfrido Mares Guia se tornou réu na Justiça Estadual de Minas Gerais pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Embora comprovadas, as acusações que pesavam sobre seus ombros foram consideradas extintas em janeiro de 2014 pela juíza Neide da Silva Martins, sob a alegação de que os crimes estavam prescritos desde 2012, quando Mares Guia completou 70 anos. No segundo mandato de Lula, Mares Guia desfrutou de uma temporada no Ministério das Relações Institucionais.

3 – Dilma Rousseff (Minas e Energia) – PT
Confira o prontuário no texto de abertura.

4 – Humberto Costa (Saúde) – PT
Envolvido nas patifarias dos Sanguessugas, Humberto Costa ficou fora da lista de nomes citados na CPI instaurada para apurar o esquema de compra de ambulâncias superfaturas. O ministro da Saúde se enrolou em outro escândalo, protagonizado pela “máfia dos vampiros”. Em 2015, o atual líder do PT no Senado foi devolvido ao noticiário político policial por Carlos Alberto Ferreira, gerente aposentado da Petrobras. O denunciante afirmou que, em 2006, assinou dois cheques no valor total de R$ 14 milhões de reais destinados à campanha de Humberto Costa ao governo de Pernambuco.

5 – Benedita da Silva (Assistência e Promoção Social) – PT
Benedita da Silva foi obrigada a deixar o cargo em janeiro de 2004, depois de decolar rumo à Argentina para reunir-se com um grupo de evangélicos. Ao voltar, acabou confessando que pagara com dinheiro público as despesas da viagem que fizera para atender a um compromisso pessoal. Tentou manter o emprego alegando que também participara de “reuniões de trabalho” em Buenos Aires que nunca existiram.


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