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segunda-feira, 29 de julho de 2019

Pensa que ninguém vê? Pesquisa mostra que sites pornô coletam e repassam dados dos visitantes - O Globo

 Fora do Tema - Utilidade Pública

Sérgio Matsura

Monitoramento ocorre até no modo anônimo. Pesquisa mostra que mais de 90% das páginas adultas coletam informações

Pesquisadores americanos descobriram que mais de 90% dos sites pornô repassam informações de seus visitantes a terceiros Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Pesquisadores americanos descobriram que mais de 90% dos sites pornô repassam informações de seus visitantes a terceiros Foto: Marcelo Theobald / Agência O Globo
Estudo realizado por pesquisadores da Microsoft e das universidades Carnegie Mellon e da Pensilvânia, nos Estados Unidos, revela que 93% dos sites pornográficos repassam dados dos seus visitantes para terceiros, incluindo preferências sexuais. E nem os navegadores anônimos servem de proteção para a privacidade desses internautas ávidos por cenas quentes.

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Os pesquisadores analisaram os 22.484 sites pornográficos listados pelo Alexa no ranking de 1 milhão de endereços mais visitados da internet. Com a ajuda de um software, eles descobriram que, em média, cada site repassa dados de navegação para sete servidores de terceiros por meio de códigos. Ao todo, os pesquisadores identificaram 230 companhias e serviços recebendo essas informações, concentrados na indústria de publicidade digital. Com isso, essas empresas conseguem formar um perfil mais completo dos internautas, com informações íntimas sobre seus interesses eróticos, para oferecer propaganda quando eles visitam outros endereços na rede.

Segundo Timothy Libert, professor de Ciência da Computação em Carnegie Mellon, os rastreadores coletam o histórico de navegação, com as URLs que são visitadas. O problema é que, em muitos casos, apenas o nome do site já revela muito sobre os gostos sexuais dos visitantes. Na análise, 44,97% dos endereços sugeriam o gênero, orientação ou preferências sexuais. Como exemplo, citam nomes como “hdgayfuck.com”, “bestialitylovers.com” e “boyfuckmomtube.com”. Ao visitar sites desse tipo, internautas têm seus registros repassados para terceiros.

Leia neste link a reportagem completa