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sábado, 14 de novembro de 2015

TERROR EM PARIS – Os pelo menos 140 mortos provam que é preciso tratar Estado Islâmico de outro modo

Potências ocidentais têm e conversar com Vladimir Putin e lançar ataque terrestre fulminante, com ocupação de território

O novo e espetacular atentado terrorista em solo francês demonstra que o Estado Islâmico, que nasceu debaixo do nariz das potências ocidentais, é muito mais perigoso do que se imaginava. Parece-me que é chegada a hora de as tais potências se perguntarem se bastam ataques aéreos para contornar o mal.

Sim, eu sei o que estou perguntando, aparentemente em contradição com os fatos. Afinal de contas, o atentado foi praticado em solo francês. Quando se conhecer a identidade dos terroristas, é possível que haja franceses entre elesse não forem todos nascidos na própria França.

Ocorre que esses “emissários” ou “representantes” atuam hoje em nome do que está pretendendo se estabelecer como uma pátria. Parece claro a esta altura que simples ataques aéreos são insuficientes para vencer os delinquentes.
[em nome dos inocentes que permanecem obrigados em áreas ocupadas pelo Estado Islâmico, a vingança dos franceses mortos, não pode causar a morte de milhares de civis inocentes - exatamente o que ocorrerá se for desencadeado ataques contra áreas ocupadas pelo EI e cujos nativos lá permanecem a força.
Agindo dessa forma a França, ou mesmo o mundo, estará procedendo da mesma forma covarde que Israel, quando mata milhares de civis palestinos na Faixa de Gaza, a pretexto de vingar a morte de alguns israelenses mortos por terroristas que se escondem naquela região. ]

Ainda que o terrorismo em rede prescinda de um território específicoos desta sexta, reitero, muito provavelmente são nativos da França —, o fato é que as amplas áreas ocupadas pelo Estado Islâmico dão a impressão de que existe também uma “pátria” pela qual lutar.

Por improvável e até, vá lá, exótico que pareça, chegou a hora de as potências ocidentais se sentarem à mesma mesa de Vladimir Putin e planejar uma ação terrestre e fulminante, com ocupação do território, nas áreas dominadas pelo Estado Islâmico. Talvez, por um tempo, as ações terroristas no Ocidente até se intensifiquem. Mas chegou a hora de constatar o óbvio: o que se passa por lá e os braços que essa gente mobiliza no mundo agridem a noção mais comezinha de humanidade.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo