Três mulheres morrem no Distrito Federal contaminadas por superbactéria
Outros oito pacientes estão internados após contaminação; Secretaria de Saúde descarta surto
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal confirmou nesta
segunda-feira que oito pacientes estão contaminados com superbactéria.
Cinco deles, estão internados no Hospital de Taguatinga (HRT) com
enterococo e outros três no Hospital Regional do Guará (HRG).
No último
domingo, três mulheres que morreram no HRT também estavam infectadas, e
em uma delas foi detectada a bactéria do tipo KPC. Os contaminados foram
isolados em uma enfermaria especial para evitar o alastramento do
contágio e o pronto-socorro do hospital, onde eles eram atendidos, foi
interditado. Todos os pacientes são idosos. A primeira vítima, de 79 anos deu
entrada no hospital por conta de uma fratura no fêmur e as complicações
da infecção da KPC contribuíram para o óbito, segundo a Secretaria de
Saúde. As outras duas mulheres, de 70 e 80 anos, estavam contaminadas
pelo enterococo, e tinham problemas cardiovasculares como hipertensão.
Outras vinte pessoas que tiveram contato com a primeira paciente a
apresentar a bactéria passaram por exames e foram liberadas depois que o
teste deu negativo.
Desde a última quinta-feira, quando um exame de sangue acusou a
presença de bactéria no sangue de uma das doentes, os atendimentos no
pronto-socorro foram suspensos. Quem procurava a emergência do HRT tinha
de buscar tratamento em hospitais de cidades próximas, já que as alas
de ortopedia, cardiologia e clínica médica também foram isoladas, pois
ficavam perto do pronto-socorro. Agora, todo o setor de emergência, que
atende a cerca de 400 pessoas por dia, passa por uma limpeza para
desinfecção e só deve ser reaberto para a população nesta terça-feira.
A coordenadora de infectologia da Secretaria de Saúde do DF, Maria de Lordes Lopes, afirma que o uso exacerbado de antibióticos favorece que as bactérias da própria flora corporal desenvolvam resistência a esses medicamentos. Os hospitais seriam os principais locais de contaminação, que ocorre por meio do contato físico. A especialista descartou a possibilidade de surto, mas reconheceu que a proliferação é endêmica.— Não estamos vivendo surto. Em todos os hospitais temos uma situação endêmica: há endemia de KPC e casos pontuais de enterococos, que adquiriu resistência aos medicamentos.
Os três pacientes internados no Hospital do Guará também estão em leitos isolados. Apesar de não terem desenvolvido a infecção, os testes mostraram que eles têm um outro tipo de superbactéria, a ahietobacterea. Ainda não há previsão de alta para nenhum dos pacientes isolados nos dois hospitais.
No ano passado, no Hospital Materno de Brasília (HMIB), três bebês foram isolados na UTI neonatal pois foi havia sido detectada a presença de KPC.
A coordenadora de infectologia da Secretaria de Saúde do DF, Maria de Lordes Lopes, afirma que o uso exacerbado de antibióticos favorece que as bactérias da própria flora corporal desenvolvam resistência a esses medicamentos. Os hospitais seriam os principais locais de contaminação, que ocorre por meio do contato físico. A especialista descartou a possibilidade de surto, mas reconheceu que a proliferação é endêmica.— Não estamos vivendo surto. Em todos os hospitais temos uma situação endêmica: há endemia de KPC e casos pontuais de enterococos, que adquiriu resistência aos medicamentos.
Os três pacientes internados no Hospital do Guará também estão em leitos isolados. Apesar de não terem desenvolvido a infecção, os testes mostraram que eles têm um outro tipo de superbactéria, a ahietobacterea. Ainda não há previsão de alta para nenhum dos pacientes isolados nos dois hospitais.
No ano passado, no Hospital Materno de Brasília (HMIB), três bebês foram isolados na UTI neonatal pois foi havia sido detectada a presença de KPC.