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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Juíza manda para regime domiciliar um dos principais chefes do tráfico do Rio

  Cristyan Costa

'Não há como prolongar injustificadamente a permanência do condenado na cadeia', sustentou a magistrada

Isaia do Borel, ao ser solto - 16/08/2022 | Foto: Reprodução
Isaias do Borel, ao ser solto - 16/08/2022 | Foto: Reprodução

A juíza Beatriz de Oliveira Monteiro, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, concedeu prisão domiciliar a Isaías da Costa Rodrigues, conhecido como “Isaias do Borel”, um dos principais chefes do tráfico do Rio. Borel foi condenado a 30 anos de cadeia.

Segundo a magistrada, não há como “prolongar injustificadamente” a permanência do condenado na penitenciária. “Não há amparo constitucional para, em sede de execução penal, prolongar injustificadamente o cumprimento de pena em regime mais gravoso como forma de punição ou como recurso de segurança pública”, argumentou a magistrada.

Em outro trecho da decisão, a juíza reconheceu o “extenso histórico penal” de Isaías. De acordo com ela, isso evidencia “intensa participação em atividade criminosa” e rendeu a Isaías oito condenações e mais de três décadas na prisão.

Beatriz também ordenou que seja feito o monitoramento com tornozeleira eletrônica de Isaías, advertindo que, caso haja irregularidades, pode ser determinada a volta dele para a prisão.

“A prisão domiciliar é cumprida sob monitoração eletrônica, de modo que eventual informação incorreta será identificada pelo setor de fiscalização, sujeitando o apenado à regressão de regime com consequente recolhimento à unidade prisional”, sustentou a juíza.

Na década de 1980, Isaías aterrorizou o Morro do Borel, na Tijuca, zona norte, de onde “herdou” o apelido Isaías do Borel. Naquele ano, tornou-se um dos principais chefes do tráfico do Rio. Em novembro de 2015, foi novamente preso.

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Revista Oeste