Datafolha : reprovação a Dilma cresce e passa a de Collor em 1992
Na pesquisa realizada entre terça e quarta-feira, 71% dos entrevistados avaliaram o governo da petista como ruim ou péssimo
Dilma, pronta para a execução. Falta apenas o carrasco colocar a corda no pescoço e cobrir sua cabeça com o capuz
A presidente Dilma Rousseff participou da cerimônia que marca a contagem regressiva para o inicio dos Jogos Olimpicos no Rio - Alexandre Cassiano / Agência O Globo
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira pelo jornal "Folha de
S.Paulo" mostra que a presidente Dilma Rousseff tem 71% de reprovação,
superando assim as piores taxas registradas por Fernando Collor no cargo
às vésperas de sofrer processo de impeachment.
Na pesquisa anterior, na terceira semana de junho, 65% dos entrevistados avaliaram o governo Dilma como ruim ou péssimo.
O grupo dos que consideram o desempenho da petista ótimo ou bom
variou para baixo, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
Em junho, 10% dos entrevistados mantinham essa opinião. Agora somam 8%. O quadro também piorou para a petista no que se refere a um eventual
pedido de impeachment. Perguntados se o Congresso deveria abrir um
procedimento formal de afastamento, 66% dos entrevistados disseram que
sim. Na pesquisa anterior, em abril, eram 63%.
Os números registrados pelo Datafolha na sondagem desta semana são os
piores desde que o instituto começou a série de pesquisas em âmbito
nacional, em 1992, no governo Collor. O atual senador pelo PTB-AL era até agora o recordista de
impopularidade na série do Datafolha, com 9% de aprovação e 68% de
reprovação na véspera de seu impeachment, em setembro de 1992.
Foto de Dilma sendo julgada na Auditoria Militar. Foto dois ou três dias depois dela ter sido torturada, segundo suas mentirosas palavras, por 22 dias
Dilma passa a ser assim a presidente com a pior taxa de
impopularidade entre todos os eleitos diretamente desde a
redemocratização.As pesquisas Datafolha do período do governo Sarney (1985-1990) eram
feitas em dez capitais. Nesse universo, o ex-presidente registrou 68% de
reprovação em seu pior momento, em meio à superinflação. O levantamento foi feito entre os dias 4 e 5 de agosto com 3.358
entrevistados em 201 municípios. A margem de erro é de dois pontos
percentuais para mais ou para menos
Fonte: O Globo