Nova reforma da Previdência será apresentada depois do dia 21, diz líder do governo
Devido ao feriado do dia 15 de novembro, deputados terão um ‘folgão’
[a nova geração que entrou no mercado de trabalho há cinco anos, quando não tiver aposentadoria para receber, responsabilize o Rodrigo Janot;
o ex-acusador-geral da República conseguiu sabotar a reforma da Previdência, com acusações sem provas contra o presidente da República e agora mesmo que Temer consiga o praticamente impossível - 308 votos pró-reforma na Câmara - não haverá tempo hábil para que a PEC da reforma seja votada em dois turnos na Câmara ainda este ano.
Se houver eleição será apenas o primeiro turno e por volta do dia 15 de dezembro - alguém consegue imaginar os senhores deputados votando um segundo turno de uma Reforma da Previdência, necessária, mas que cancela alguns direitos, entre o Natal e Ano-Novo?
Segundo turno, provavelmente haverá, mas para o final de janeiro/2018.]
O líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
afirmou nesta sexta-feira que a nova proposta da reforma da Previdência
só será apresentada na semana do dia 20 de novembro. Devido ao feriado do dia
15 de novembro, na próxima semana, os deputados terão um “folgão”, e as
votações só serão retomadas no dia 21.
— Parecer
só depois do feriado — disse Aguinaldo.
O líder
do governo ressaltou que o importante é “conceituar” a nova proposta de
reforma, ou seja, definir politicamente os termos e o apoio dos partidos.
Aguinaldo Ribeiro disse ainda que será preciso uma campanha melhor, porque o
projeto inicial foi entendido como “um monstrengo”.
Depois de
ouvir do Congresso que a saída para aprovar a reforma da Previdência é deixar
na proposta medidas que acabam com privilégios e preservam os trabalhadores de
baixa renda, o governo negociou nesta quinta-feira com os
parlamentares uma nova concessão: permitir o acúmulo de benefícios (pensões e
aposentadorias) acima de dois salários mínimos. Esse valor poderia
variar de três a cinco salários mínimos.
Na
proposta original, a reforma proibia o acúmulo, o que impactava diretamente os
grupos de menor renda. Por isso, na comissão especial da Câmara, o texto foi
alterado para permitir essa sobreposição num limite de até dois salários. Com a
nova mudança, os parlamentares ganham mais argumentos para defender a reforma
em suas bases às vésperas do ano eleitoral.
Também na
quinta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
disse que a reforma mais enxuta precisa preservar um ganho fiscal
substancialmente superior a 50% da proposta original. O projeto
inicial trazia medidas que dariam uma redução de gastos de R$ 800 bilhões em
dez anos. Mas, depois de a reforma passar por modificações em comissão
especial, essa economia já caiu para R$ 600 bilhões (75% do original). Agora,
de acordo com o ministro, o número precisa ficar acima de R$ 400 bilhões. De
acordo com interlocutores, a equipe econômica pretende negociar até o fim para
assegurar R$ 520 bilhões.