Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador transferência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador transferência. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Queda de Bolsonaro reflete noticiário negativo sobre campanha do PSL e a divisão da sociedade brasileira

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostra distância entre Haddad e Bolsonaro diminuir 

Datafolha: votos válidos - Bolsonaro: 56% - Haddad: 44%

XP/Ipespe:votos válidos - Bolsonaro: 58% - Haddad: 42%

[temos que reconhecer uma qualidade da imprensa brasileira: coerência;

dependesse de parte da imprensa,  Bolsonaro  sequer seria candidato e dependendo de alguns não teria sobrevivido ao atentado.

Foi necessário mais de uma semana para Bolsonaro oscilar para baixo três pontos - o sistema de votos válidos, faz com que a 'queda' de um dos adversários resulte na 'elevação' do outro; o que na interpretação dos antiBolsonaro equivale a uma 'queda' de 6 pontos.

Haddad levou quase dez dias para  subir três pontos, o  que é indicativo seguro de que não subirá pouco mais de seis pontos em três dias.]

A pesquisa do instituto Datafolha divulgada ontem confirmou a tendência captada dois dias antes pelo Ibope: na reta final do segundo turno, Fernando Haddad está com viés de alta, enquanto as intenções de voto em Jair Bolsonaro , frente ao conjunto do eleitorado, estão em queda. Em uma semana, pela medição do Datafolha, a distância de Bolsonaro para Haddad caiu de 18 para 12 pontos . A três dias da eleição, ainda é uma vantagem considerável, mas que pode ser revertida. A redução da dianteira do candidato do PSL confere uma emoção adicional a essa campanha eleitoral repleta de lances imprevisíveis.  

Como acentuou o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, ainda não é possível saber se essa tendência representa uma transferência contínua de votos para Haddad. A cada pleito, os eleitores, cada vez mais, deixam a definição do voto para o último momento, na boca de urna. Essa é uma tendência mundial intensificada pela ampla disseminação das redes sociais e pelo bombardeio de informações ao qual os eleitores passaram a ser submetidos. Um fator que tende a aumentar a volatilidade do cenário nessa reta final é a fatia do eleitorado que se declara sem candidato: segundo o Datafolha, 14% dos eleitores tendem a votar em branco ou nulo ou ainda se declaram indecisos. Em eleições anteriores, essa taxa, no segundo turno, girava em torno de 10%. 

Além do noticiário negativo a que foi exposto o candidato do PSL nos últimos dias, por causa da investigação iniciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as suspeitas de caixa 2 na contratação de serviços de propaganda na Whatsapp, a queda de Bolsonaro reflete também a intensa divisão política da sociedade brasileira. A onda de crescimento da sua candidatura, logo após o primeiro turno, talvez tenha obscurecido o fato de que o candidato do PSL é, desde sempre, uma figura altamente divisiva.  As declarações autoritárias do filho Eduardo sobre o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do próprio Bolsonaro sobre a prisão ou exílio dos seus adversários políticos reavivaram a alta rejeição ao capitão. Esse será um fator complicador para o seu governo, em caso de vitória no domingo.  [IMPORTANTE: Haddad envolvido em mais um caso de corrupção, conforme reportagem da IstoÉ - saiba tudo aqui.]

A luz amarela acendeu para Bolsonaro, ainda que a manutenção de sólidas vantagens nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, a mais populosa do país, sejam trunfos para a sua campanha. A subida de Haddad dá alento ao PT, que conta com uma militância aguerrida que, em outras eleições, fez a diferença. Como dizia o ex-vice-presidente Marco Maciel, em uma das várias tiradas espirituosas atribuídas a ele, resta agora saber se a curva de alta de Haddad será forte o suficiente para que ele ultrapasse Bolsonaro até que as urnas sejam abertas no domingo.  [para sorte do Brasil,  jornalista tem apenas o seu voto e capacidade ZERO de influenciar o eleitor.]

Guilherme Evelin - O Globo