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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Fachin e a 'Rússia' - J.R.Guzzo

Por que a ‘Rússia’ estaria atacando os computadores do TSE? Fachin não diz nada

Os brasileiros devem ao ministro Edson Fachin, mais que a qualquer autoridade pública deste país, uma situação que não existe em nenhuma sociedade democrática do mundo – a candidatura para a Presidência da República de um ladrão condenado pela Justiça em três instâncias sucessivas e por nove magistrados diferentes, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.  

 Fachin anulou com um único golpe de caneta, sem discutir absolutamente nada sobre culpa, provas de crime ou qualquer fato relevante, as quatro ações penais que condenaram o ex-presidente Lula à pena de prisão fechada. Pronto, eis aí o milagre: um cidadão que a Justiça brasileira declarou oficialmente corrupto, e expulsou da vida pública, é candidato ao cargo mais elevado do Brasil. 

É um portento para encher qualquer biografia, mas Fachin está longe de se mostrar satisfeito. Não basta ser o pai e a mãe da candidatura Lula. Ele também quer, na sua posição no “Tribunal Superior Eleitoral”, que Lula ganhe a eleição – e acaba de dar um passo que ele julga importante nesta direção, ao criar um tumulto inédito, deliberado e grosseiro em torno da limpeza das eleições.

Segundo Fachin, o sistema eleitoral brasileiro “pode estar”, já neste momento, sob ataque da “Rússia” – não dos russos em geral, ou de um grupo de malfeitores russos, mas da “Rússia”, assim mesmo. Por que raios a “Rússia” estaria atacando os computadores do TSE? Fachin não diz nada. O ministro não apresentou um átomo de prova para a acusação que fez em público, nem um raciocínio lógico, nada; falou apenas em “relatórios internacionais”, sem citar nenhum. A única coisa certa é que fez a sua acusação justamente durante a visita do presidente da República à Rússia.

Fachin falou também sobre hackers da “Macedônia do Norte”. E da Macedônia do Sul, o que ele acha? Não se sabe qual o grau de conhecimento do ministro sobre qualquer Macedônia, do Norte ou do Sul, e muito menos por que ele resolveu dizer o exato contrário do que seu colega Barroso vem dizendo, sem parar, com a mesma fé que o papa tem no Padre Nosso: o sistema eleitoral brasileiro é “inviolável” e, se alguém duvida disso, é acusado na hora de querer “o golpe militar”. Cada vez que o presidente cobra “mais segurança do sistema”, anota-se automaticamente que ele falou “sem apresentar provas”. E Fachin? 
Pode falar uma barbaridade dessas sem prova nenhuma, num ataque primitivo a uma nação que mantém relações perfeitamente normais com o Brasil, e pretender ser um juiz imparcial das eleições de 2022?

A acusação de Fachin não é apenas um ato de vadiagem mental. É uma convocação à desordem.

J.R. Guzzo - O Estado de S.Paulo - MATÉRIA COMPLETA


Saiba mais sobre a valentia do ministro Moraes = Bolsonaro está em flagrante impunidade; Barroso, Fachin e Moraes têm que ir para a ação, diz Josias 

Josias de Souza


domingo, 27 de outubro de 2019

Os terroristas do Foro de São Paulo devem ser recebidos com 'chumbo', não com balas de borracha - Sérgio Alves de Oliveira



Pelo que se observa  em diversos países das Américas Central, do Sul, e  Caribe,  os bandoleiros  da organização plurinacional clandestina , denominada FORO SAN PABLO, estão querendo tomar  o poder mediante uso de métodos violentos ,em todos os países que ainda resistem à sua penetração ou domínio.


Dizem as “más línguas” que    andam por aí  que a próxima “vitima” da  tentativa de tomada do poder pelo FSP seria o Brasil. E as múltiplas perturbações políticas internas da esquerda ,somadas  às posturas “jurisdicionais” suspeitas do Supremo Tribunal Federal-STF, bem como o  aparente  “nervosismo” que essa ameaça tem provocado  no povo brasileiro, levam a concluir  que essa tentativa de “invasão” realmente  estaria na iminência de acontecer, escancarando grave  ameaça à “segurança nacional”. 


Inclusive “eles” estão tão seguros da sua “força”, e  por isso,   de uma provável  vitória, que chegaram ao cúmulo da ousadia de avisar que isso aconteceria no Brasil muito em breve. No Brasil -  o pais mais visado de todos  por essa organização criminosa -  talvez por ser o maior e estrategicamente o mais importante  de todos, o objetivo último do FSP seria a retomada do  poder político perdido nas eleições de outubro de 2018, justamente para o seu “arqui-inimigo”, Jair Bolsonaro, que certamente já estaria “pressentindo” essa ameaça, inclusive à estabilidade do seu governo.


E como proceder se consumada essa ameaça?

Mesmo o mais ignorante dos ignorantes sabe, perfeitamente, que o Foro de  São Paulo, fundado por Fidel Castro e Lula, em 1990,tem atividades ilícitas objetivando conquista do poder  em muitos outros países, além do Brasil. Repetindo-se por aqui o que vem acontecendo “lá fora”, onde membros do FSP estão praticando  inúmeros atos  terroristas, depredando os  países “alvos”, é evidente que em princípio tais atos  terroristas no território brasileiro, com participação de agentes estrangeiros, estariam  configurando, de forma muito clara, INVASÃO ARMADA ESTRANGEIRA. 


E “invasão armada estrangeira”, segundo disposição do inciso II, do artigo 137, da Constituição, configura um dos motivos para decretação do ESTADO SÍTIO, oportunizando ao Governo e aos órgãos de segurança nacional, inclusive às Forças Armadas, o emprego das medidas de defesa requeridas, inclusive com emprego da força necessária  à uma situação de “guerra”.  Mas os “espertos” políticos-constituintes que escreveram a Carta de 1988, resolveram condicionar  a consumação do Estado de Sítio à PRÉVIA  aprovação do Congresso  Nacional,  o que hoje, por  inúmeras razões que aqui não caberiam  ser comentadas , DIFICILMENTE seria concedido,  pelo Congresso ,ao Presidente da República, uma vez que certamente  a maioria  dos seus componentes  tenderia a ficar na “torcida” pela vitória dos terroristas do FSP, boicotando"Presidente Bolsonaro”, e ao mesmo tempo reforçando  a vitória do FSP.  A não ser, é claro, que houvesse alguma “negociação”, ou seja, um novo  “toma lá-dá-cá”, onde Bolsonaro “pagasse” o preço de mais essa  “negociação”.


Se  porventura  estivesse “eu” no lugar de Bolsonaro, certamente não  ficaria perdendo  tempo em implorar “ajuda” desse Congresso, “comparsa” do FSP, pelas suas bancadas da “esquerda” e do  tal “centrão” ,que formam maioria, ”mendigando”  aprovação para Estado de Sítio.


Eu conversaria  primeiro com as lideranças militares, e na qualidade de Comandante Supremo das Forças Armadas, decretaria direto o “Estado de Intervenção Militar/Constitucional”, para DEFESA DA PÁTRIA, previsto no  artigo 142 ,da Constituição, ”atalhando” caminho, não só para fazer tudo o que seria permitido  pela  declaração do “Estado de Sítio”, mas também para fazer todas as outrasfaxinas” e “reformas” necessárias, inclusive “limpando a área”  política com  cassações sumárias de mandatos eletivos e cargos públicos, relativamente aos  que fossem considerados “agentes do mal”.



Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

LEIA TAMBÉM, do mesmo AutorAs Forças Armadas podem intervir


terça-feira, 30 de outubro de 2018

O valor das promessas

É politicamente perigoso supor que 57,7 milhões de brasileiros elegeram Jair Bolsonaro sem ter a mais vaga ideia do que ele vai fazer no Palácio do Planalto, a partir de 1º de janeiro. Sua vitória em todo o Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte (exceto Tocantins e Pará) não foi acaso.

Goste-se ou não, mais da metade do eleitorado deu-lhe o crédito de confiança que era reivindicado pelos adversários. E, dizia Abraham Lincoln, ninguém é suficientemente competente para governar outras pessoas sem o seu consentimento. O problema de Bolsonaro, agora, é cumprir as promessas. Quase todas, sim, podem ser qualificadas como confusas, inconsistentes, equivocadas, entre outros adjetivos. Uma exceção está no compromisso público assumido no sábado, 20 de outubro: “O que eu pretendo é fazer uma excelente reforma política para acabar com instituto da reeleição que, no caso, começa comigo, se eu for eleito.”

Não conseguiria ser mais límpido. É, portanto, legítima a expectativa de que Bolsonaro apresente ao novo Congresso, em fevereiro, um projeto de renúncia à reeleição, limitando-se aos 1.460 dias do mandato.  Faltam razões objetivas para não se acreditar ao menos nesse compromisso de um candidato que, há 72 horas, obteve maioria de votos numa dimensão só comparável ao mapa eleitoral de Lula em 2002.  Outras promessas independem da caneta presidencial, como a de enxugar “em 15% ou 20%” o número de integrantes do Legislativo.

A renúncia à reeleição, não. Ela está sujeita, única e exclusivamente, à sua vontade, já expressa em público. Bolsonaro estará ausente da disputa presidencial de 2022. Outro que abdicou, publicamente, foi Ciro Gomes (PDT), que no dia 12 de setembro, no Rio, disse o seguinte:(Se Bolsonaro ganhar) eu vou desejar boa sorte, cumprimentá-lo pelo privilégio e depois vou chorar com a minha mãe. Saio da política. A minha razão de estar na política é amor, paixão, confiança. Se nosso povo por maioria não corresponder, vou chorar.”
Não há por que não acreditar neles. [a promessa de Ciro Gomes é FAKE, como tudo nele; além do mais, todas as eleições precisam daqueles candidatos escalados para perder, e Ciro é um dos integrantes natos do grupo que tem também Marina e Alckmin;
quanto a Bolsonaro assumiu uma posição inteligente, visto que ao apresentar o projeto extinguido a reeleição cumpre sua promessa;
não sendo o mesmo aprovado, ele está livra para se candidatar e ser reeleito, confiamos que o excelente Governo que vai realizar o credencia para fechar o túmulo no qual colocou o PT -  por enquanto fechado com concreto - com uma lápide de tungstênio.
Parabéns ao jornalista José Casado pela coragem em escrever um artigo apontando pontos indiscutíveis - em qualquer matéria séria - de Bolsonaro e seu futuro Governo.
Aproveito para alertar àqueles que acreditam quando diz que Bolsonaro não é inteligente - lembro apenas que ele passou pela Aman e lá não há espaço para os desprovidos de inteligência, nem mesmo para ingressar, quanto mais para iniciar a carreira militar.] 

José Casado, jornalista - O Globo

 

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Queda de Bolsonaro reflete noticiário negativo sobre campanha do PSL e a divisão da sociedade brasileira

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira mostra distância entre Haddad e Bolsonaro diminuir 

Datafolha: votos válidos - Bolsonaro: 56% - Haddad: 44%

XP/Ipespe:votos válidos - Bolsonaro: 58% - Haddad: 42%

[temos que reconhecer uma qualidade da imprensa brasileira: coerência;

dependesse de parte da imprensa,  Bolsonaro  sequer seria candidato e dependendo de alguns não teria sobrevivido ao atentado.

Foi necessário mais de uma semana para Bolsonaro oscilar para baixo três pontos - o sistema de votos válidos, faz com que a 'queda' de um dos adversários resulte na 'elevação' do outro; o que na interpretação dos antiBolsonaro equivale a uma 'queda' de 6 pontos.

Haddad levou quase dez dias para  subir três pontos, o  que é indicativo seguro de que não subirá pouco mais de seis pontos em três dias.]

A pesquisa do instituto Datafolha divulgada ontem confirmou a tendência captada dois dias antes pelo Ibope: na reta final do segundo turno, Fernando Haddad está com viés de alta, enquanto as intenções de voto em Jair Bolsonaro , frente ao conjunto do eleitorado, estão em queda. Em uma semana, pela medição do Datafolha, a distância de Bolsonaro para Haddad caiu de 18 para 12 pontos . A três dias da eleição, ainda é uma vantagem considerável, mas que pode ser revertida. A redução da dianteira do candidato do PSL confere uma emoção adicional a essa campanha eleitoral repleta de lances imprevisíveis.  

Como acentuou o diretor do Datafolha, Mauro Paulino, ainda não é possível saber se essa tendência representa uma transferência contínua de votos para Haddad. A cada pleito, os eleitores, cada vez mais, deixam a definição do voto para o último momento, na boca de urna. Essa é uma tendência mundial intensificada pela ampla disseminação das redes sociais e pelo bombardeio de informações ao qual os eleitores passaram a ser submetidos. Um fator que tende a aumentar a volatilidade do cenário nessa reta final é a fatia do eleitorado que se declara sem candidato: segundo o Datafolha, 14% dos eleitores tendem a votar em branco ou nulo ou ainda se declaram indecisos. Em eleições anteriores, essa taxa, no segundo turno, girava em torno de 10%. 

Além do noticiário negativo a que foi exposto o candidato do PSL nos últimos dias, por causa da investigação iniciada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as suspeitas de caixa 2 na contratação de serviços de propaganda na Whatsapp, a queda de Bolsonaro reflete também a intensa divisão política da sociedade brasileira. A onda de crescimento da sua candidatura, logo após o primeiro turno, talvez tenha obscurecido o fato de que o candidato do PSL é, desde sempre, uma figura altamente divisiva.  As declarações autoritárias do filho Eduardo sobre o fechamento do Supremo Tribunal Federal e do próprio Bolsonaro sobre a prisão ou exílio dos seus adversários políticos reavivaram a alta rejeição ao capitão. Esse será um fator complicador para o seu governo, em caso de vitória no domingo.  [IMPORTANTE: Haddad envolvido em mais um caso de corrupção, conforme reportagem da IstoÉ - saiba tudo aqui.]

A luz amarela acendeu para Bolsonaro, ainda que a manutenção de sólidas vantagens nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, a mais populosa do país, sejam trunfos para a sua campanha. A subida de Haddad dá alento ao PT, que conta com uma militância aguerrida que, em outras eleições, fez a diferença. Como dizia o ex-vice-presidente Marco Maciel, em uma das várias tiradas espirituosas atribuídas a ele, resta agora saber se a curva de alta de Haddad será forte o suficiente para que ele ultrapasse Bolsonaro até que as urnas sejam abertas no domingo.  [para sorte do Brasil,  jornalista tem apenas o seu voto e capacidade ZERO de influenciar o eleitor.]

Guilherme Evelin - O Globo

domingo, 8 de fevereiro de 2015

O perigo de os rios voadores secarem

Entre 2000 e 2010, a Floresta Amazônica perdeu 240 mil quilômetros quadrados devido ao desmatamento. Isso corresponde à Grã-Bretanha

Não é por falta de aviso. O alerta de que o desmatamento da Amazônia tem impacto na chuva que cai, a três mil quilômetros, no Sudeste, é repetido há tempos em todas as instâncias em que se discutem temas correlatos. Ambientalistas e pesquisadores batem nessa tecla em congressos, conferências e encontros científicos. Políticos — ainda que por apelo eleitoral — fazem do assunto bandeira de campanha. E a imprensa lhes dá voz para que toda a sociedade se conscientize.

Conforme O GLOBO mostrou segunda-feira, chuvas e trovoadas deram um mais que bem-vindo alívio na dramática seca deste verão no Rio por causa dos chamados rios voadores formados na Amazônia a partir da umidade que a floresta "puxa” do Oceano Atlântico. A umidade cai como chuva sobre a mata e, com a “transpiração” das árvores, grande quantidade de vapor de água é jogada na atmosfera. São 20 bilhões de litros por dia. Toda essa água desce rumo ao Sul, margeando a Cordilheira dos Andes, e se dirige ao Sudeste, onde a necessidade dela é urgente. É na região que se concentram a atividade econômica, especialmente a indústria, para a qual a água é insumo fundamental; e milhões de consumidores doméstico, assustados com a perspectiva de torneiras secas sob sol forte.

A formação dos rios voadores, no entanto, encontra obstáculos. Quarenta e sete por cento (quase a metade) da Amazônia brasileira foram desmatados ou sofreram degradação. A ação de motosserras e as queimadas têm sido deletérias, e a recuperação é um processo longo. Segundo o pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe Antônio Donato Nobre, há risco de a mata virar savana.

Dados divulgados semana passada indicam que o pesquisador não exagera. Entre 2000 e 2010, a Floresta Amazônica, incluindo oito países além do Brasil, perdeu 240 mil quilômetros quadrados devido ao desmatamento. Isso corresponde ao território da Grã-Bretanha, segundo a Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciadas, da qual fazem parte 11 organizações não governamentais.

A relação entre meio ambiente e fenômenos climáticos é inegável, e é preciso agir rapidamente. Até porque tivemos exemplos de que é possível obter resultados. No caso da emissão de gases estufa no Brasil, houve redução desde 2004, motivada sobretudo pela queda no desmatamento da Amazônia, que, no entanto, voltou a subir de 2012 a 2014. 

E o ano que começou com seca e temporais esporádicos tem agenda cheia nesse sentido. A luta contra o desmatamento em florestas tropicais e a transferência de tecnologia para combate às mudanças climáticas em países em desenvolvimento foram acordadas por 196 países na Conferência do Clima, realizada em dezembro. Que não se fique só no discurso.

Fonte: