Ministério
Público afirma que liderança do movimento presa constitui e integra uma
organização criminosa
Com base na Lei 12.850
que tipifica organizações criminosas, a Justiça em Goiás mandou prender quatro militantes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra
(MST). Um deles, José Valdir
Misnerovicz, que atua no movimento há 30 anos, está
preso no Núcleo de Custódia de Segurança Máxima de Aparecida de Goiânia.
Sua prisão ocorreu em maio, mas atualmente o movimento tem reforçado seu
repúdio contra a “criminalização” de
suas lideranças e pede revogação das ordens de prisão.
O uso da norma para prender os militantes do MST preocupa lideranças em Goiás. “A luta pela terra está sofrendo um novo estágio de criminalização, que passa pelos confrontos e atinge a judicialização”, afirma Luiz Zarref, da coordenação nacional do movimento. “A questão da terra não pode ser colocada como algo criminoso, especialmente quando se está diante de um dos grandes devedores da União”, disse, referindo à situação da Usina Santa Helena, que está em processo de recuperação judicial e com dívidas. [esse tal de Luiz que é na realidade chefe de uma organização criminosa – é um eufemismo chamar chefe de quadrilha de coordenador – tem que ver que invasão de propriedade privada é crime e os invasores devem ser tratados como tal.
A BEM DA VERDADE não houve o uso total da legislação antiterrorismo - que por imposição de Dilma, a Afastada, foi sancionada sem permitir sua aplicação aos ditos 'movimentos sociais'.
Mas, de qualquer forma, fica espaço para que a própria Justiça opte por aplicar a Lei que combate organizações criminosas com alguma coisa da legislação antiterrorismo e sempre será bom ter algo para apertar mais ainda os porcos que integram os chamados movimentos sociais, especialmente os bandidos do MST.]
Histórico – As terras da Santa Helena, uma usina de álcool aberta nos anos 1970, são disputadas por famílias de pequenos agricultores desde a crise que atingiu a empresa, há três anos. Uma parte da propriedade foi arrendada para plantadores de soja. Em 23 de agosto do ano passado, os sem-terra ocuparam pela primeira vez a propriedade.
Autoridades fazendárias chegaram a iniciar um acordo para repassar 5.500 hectares para a reforma agrária, com a redução da dívida da empresa. A Justiça, no entanto, suspendeu o processo, argumentando que os trabalhadores da usina, com direitos a receber, deveriam ter prioridade.
No dia 12 de abril, os sem-terra foram surpreendidos com a decisão da Justiça de prender as quatro lideranças, especialmente José Valdir Misnerovitcz que integrava o comitê montado pelo governo goiano de gerenciamento de crise no campo. Ele era um dos responsáveis em negociações para evitar confrontos e violência em reintegrações de posse e despejos. Nos argumentos da denúncia os promotores Julianna Giovanni Gonçalves e Sérgio Luis Serafim citam atos de violência praticados por Diessyka Lorena Santana Soares, Luis Batista Borges e Natalino de Jesus no município de Santa Helena. Não há referências, porém, a possíveis atos de Misnerovitcz na região. Os promotores dizem que o sem-terra constitui e integra uma organização criminosa.
Organização criminosa – A decisão de prender os sem-terra foi tomada por uma comissão formada pelos juízes Thiago Brandão Boghi, Rui Carlos de Faria e Vitor Umbelino Soares Junior. Por meio da assessoria do Tribunal de Justiça de Goiás, a juíza Aline Freitas da Silva, que responde temporariamente pelo caso, ressaltou que a prisão foi pedida pelo Ministério Público.
Os promotores argumentam que os sem-terra fizeram ameaças a funcionários da fazenda e “subtraído” uma máquina agrícola. Não há referências a uso de armas de fogo pelos sem-terra, que teriam usado apenas armas brancas, como facões. [o uso de armas brancas é considerado pela legislação federal vigente crime; portanto, os marginais ‘sem terra’ presos cometeram mais um crime que se soma ao de ameaça, invasão de propriedade, lesão corporal, furto, danos a propriedade, formação de quadrilhas, crimes cujas penas devem ser somadas e aplicadas àqueles facínoras.]
Fonte: Estadão Conteúdo