Dez trabalhadores foram resgatados vivendo em condições análogas à escravidão em minas de caulim nos municípios de Junco do Seridó, na Paraíba, e Equador, no Rio Grande do Norte.
As operações começaram no dia 6 de junho.
Homens-tatu" trabalhavam em condições análogas à escravidão na extração artesanal de minério. (Foto: Getty Images)
Segundo o Ministério do Trabalho, os "homens-tatu" - como são conhecidos os que atuam na extração artesanal desse mineral na região - foram flagrados em condições perigosas, com risco de morte e soterramento, trabalhando em um ambiente com pouco ar, sem equipamentos de proteção e sem instalações sanitárias e água potável.
De acordo com ela, os casos submetem o trabalhador a uma situação abaixo da linha de dignidade, colocam em risco sua saúde, segurança e vida, por isso é considerado escravidão contemporânea, conforme o artigo 149 do Código Penal. Ainda de acordo com a publicação, o Ministério Público do Trabalho deve convocar as empresas compradoras dessas beneficiadoras para firmar um termo de ajustamento de (TAC) para evitar que a matéria prima continue sendo produzida nessas condições.
Em 19 anos, mais de 53 mil pessoas foram encontradas pelo governo federal em condição de escravidão contemporânea.
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